Análise da constitucionalidade da incidência do IRPF sobre ganho de capital em doação a título de adiantamento de legítima e reconhecimento da repercussão geral pelo STF para uniformização jurisprudencial

Documento que discute a controvérsia jurídica sobre a constitucionalidade da tributação do IRPF sobre ganho de capital em doações adiantamento de legítima, destacando a ausência de jurisprudência pacificada no STF e a importância da repercussão geral para a uniformização do entendimento e segurança jurídica, com base nos artigos constitucionais e legais aplicáveis.


TESE DOUTRINÁRIA EXTRAÍDA DO ACÓRDÃO:

O exame da constitucionalidade da incidência do IRPF sobre o ganho de capital na doação a título de adiantamento de legítima não possui jurisprudência pacificada no âmbito do Supremo Tribunal Federal, havendo decisões tanto pela constitucionalidade quanto pela inconstitucionalidade da exação, o que justifica a submissão do tema ao regime da repercussão geral.

COMENTÁRIO EXPLICATIVO

A decisão reconhece que a matéria apresenta controvérsia relevante e ausência de uniformidade jurisprudencial no STF. O acórdão destaca precedentes que sustentam a constitucionalidade da tributação, sob o argumento de que a legislação ordinária apenas explicita o momento de apuração do acréscimo patrimonial, bem como decisões em sentido oposto, que afastam a incidência do IRPF por ausência de acréscimo patrimonial e risco de bitributação. Tal cenário demonstra a necessidade de fixação de entendimento vinculante pelo Plenário do STF, com vistas à estabilidade, integridade e coerência do sistema jurídico.

FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL

FUNDAMENTO LEGAL

SÚMULAS APLICÁVEIS

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A admissão da repercussão geral pelo STF é de extrema relevância, pois propicia a uniformização de entendimento sobre matéria de alta complexidade e impacto prático, envolvendo planejamento sucessório, arrecadação tributária e repartição de competências. O posicionamento futuro da Corte terá efeito vinculante para todos os órgãos do Poder Judiciário e para a Administração Pública, trazendo maior segurança jurídica para contribuintes e Fisco. A análise crítica reforça a importância da clareza na definição dos critérios de incidência do IRPF, bem como da observância dos princípios constitucionais da capacidade contributiva e da legalidade tributária, evitando-se soluções casuísticas e insegurança jurídica generalizada.

A fixação de tese pelo STF poderá, ainda, influenciar o desenho de futuras reformas tributárias e a elaboração de políticas públicas no âmbito do direito sucessório e da tributação de transferências patrimoniais.