Modelo de Resposta à Acusação em Ação Penal por Extorsão Mediante Restrição de Liberdade com Pedido de Absolvição Sumária

Publicado em: 31/03/2025 Direito Penal Processo Penal
Documento de defesa apresentado em ação penal na ___ Vara Criminal da Comarca de [Cidade/Estado], em que a ré, acusada de participação em crime de extorsão mediante restrição de liberdade (CP, art. 158, § 3º, c/c CP, art. 29), busca demonstrar sua inocência. A peça fundamenta-se na ausência de dolo, na insuficiência de provas e no princípio do in dubio pro reo, requerendo a absolvição sumária nos termos do CPP, art. 397, III, ou, subsidiariamente, a produção de provas e audiência de instrução e julgamento.

RESPOSTA À ACUSAÇÃO

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE [CIDADE/ESTADO]

Processo nº: [número do processo]

Ré: [Nome completo da ré, qualificação completa, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência]

Autor: Ministério Público

Advogado: [Nome completo do advogado, OAB/UF, endereço eletrônico, endereço profissional]

Nos termos do CPP, art. 396-A, a ré, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência apresentar a presente:

RESPOSTA À ACUSAÇÃO

Em face da denúncia que lhe imputa a prática do crime previsto no CP, art. 158, § 3º, na forma do CP, art. 29, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

PREÂMBULO

A presente resposta à acusação é apresentada com o objetivo de demonstrar a inocência da ré, que foi indevidamente envolvida em um crime de extorsão mediante restrição de liberdade, por ter sua conta bancária utilizada por terceiro, sem qualquer ciência ou participação nos atos criminosos.

DOS FATOS

Conforme narrado na denúncia, a ré teria participado de um crime de extorsão mediante restrição de liberdade da vítima, previsto no CP, art. 158, § 3º, na forma do CP, art. 29, ao permitir que sua conta bancária fosse utilizada para receber valores oriundos da prática criminosa.

No entanto, a ré, pessoa de boa-fé e sem antecedentes criminais, foi vítima de um abuso de confiança. Um primo da ré solicitou o número de sua chave PIX, alegando que estava com problemas em sua conta bancária e precisava realizar um depósito temporário. A ré, sem desconfiar de qualquer má intenção, forneceu o número de sua conta, acreditando estar ajudando um familiar em dificuldade.

Posteriormente, a ré foi surpreendida com a acusação de que sua conta bancária teria sido utilizada para receber valores provenientes de um crime, sem que tivesse qualquer ciência ou participação nos atos criminosos.

DO DIREITO

A denúncia apresentada pelo Ministério Público não encontra respaldo nos elementos probatórios constantes nos autos, sendo imperioso o reconhecimento da ausência de justa causa para a continuidade da ação penal.

O CP, art. 29 dispõe que:

"Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade."

Para que se configure a coautoria ou participação no crime, é imprescindível a demonstração de dolo, ou seja, a vontade livre e consciente de contribuir para a prática delitiva. No caso em tela, não há qualquer elemento que comprove a intenção da ré em colaborar com o crime descrito na denúncia.

Ademais, o CPP, art. 386, VII, prevê que"'>...

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RELATÓRIO

Trata-se de ação penal movida pelo Ministério Público em face da ré, acusada da prática do crime de extorsão mediante restrição de liberdade, previsto no CP, art. 158, § 3º, na forma do CP, art. 29.

Consta nos autos que a ré teria permitido o uso de sua conta bancária para o recebimento de valores oriundos de atividade criminosa, sob a alegação de que agiu de boa-fé e sem conhecimento das intenções delituosas do terceiro envolvido.

A defesa apresentou resposta à acusação, requerendo a absolvição sumária da ré, sob a alegação de ausência de dolo e de provas suficientes para caracterizar sua participação no crime.

FUNDAMENTAÇÃO

1. Da Competência do Magistrado

Nos termos da CF/88, art. 93, IX, todas as decisões judiciais devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade. Assim, passo à análise dos fatos e fundamentos apresentados pelas partes.

2. Dos Fatos

Conforme narrado na denúncia, a ré teria concorrido para a prática do crime de extorsão ao permitir que sua conta bancária fosse utilizada para o depósito de valores provenientes da prática criminosa. No entanto, a defesa alega que a ré foi vítima de abuso de confiança por parte de um parente, que teria solicitado sua chave PIX sob a justificativa de um problema bancário.

3. Do Direito

A legislação penal brasileira, em seu CP, art. 29, exige a demonstração de dolo para que se configure a coautoria ou participação em um crime. O dolo, por sua vez, é caracterizado pela vontade livre e consciente de contribuir para a prática delitiva.

No caso em análise, os autos não apresentam prova robusta que demonstre a intenção dolosa da ré em colaborar com o crime. Ademais, o princípio do in dubio pro reo determina que, na ausência de provas cabais, deve-se decidir em favor do acusado.

Segundo o CPP, art. 386, VII, o réu deve ser absolvido quando não houver prova suficiente para a condenação. A análise dos elementos probatórios apresentados revela a inexistência de indícios que possam confirmar, de forma inequívoca, a participação dolosa da ré no crime descrito na denúncia.

4. Da Jurisprudência Aplicável

O entendimento jurisprudencial reforça a necessidade de provas concretas para a condenação, especialmente em casos que envolvem a participação em crimes. Cito os seguintes precedentes:

PROCESSO PENAL. FALTA DE PROVAS SUFICIENTES.

\"Conjunto probatório que não se mostra suficiente para sustentar o decreto condenatório. Situação que atrai a aplicação do princípio in dubio pro reo. Recurso conhecido e desprovido.\"

TJRJ - APELAÇÃO Acórdão/TJRJ - Rel.: Des. Pedro Freire Raguenet - J. em 21/05/2024

DISPOSITIVO

Diante do exposto e considerando os fundamentos fáticos e jurídicos apresentados, voto no sentido de julgar procedente o pedido da defesa para absolver a ré, com fundamento no CPP, art. 386, VII, por ausência de provas suficientes para a condenação.

Determino, ainda, o arquivamento do processo, ressalvando-se a possibilidade de reabertura caso surjam novos elementos probatórios que indiquem a participação dolosa da ré no crime.

CONCLUSÃO

Por fim, encaminho os autos ao Ministério Público para as providências cabíveis, caso entenda necessário, e determino que seja dada ciência às partes.

É como voto.

[Local], [Data].

[Nome do Magistrado]

Juiz(a) de Direito


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