Modelo de Réplica das rés em ação indenizatória por descumprimento contratual imobiliário pleiteando extinção do feito por incompetência do Juizado Especial, prescrição e improcedência dos pedidos

Publicado em: 19/05/2025 CivelProcesso Civil
Modelo de réplica apresentada pelas rés em ação indenizatória ajuizada no Juizado Especial Cível, contestando alegações de descumprimento contratual na compra de imóvel, impugnando preliminares de incompetência e prescrição, e defendendo a improcedência dos pedidos com base na ausência de ato ilícito, dano e nexo causal, fundamentada na Lei 9.099/1995 e no Código Civil.
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TRÉPLICA

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito do Juizado Especial Cível da Comarca de [inserir cidade/UF].

2. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES E DOS AUTOS

Processo nº: [inserir número]
RÉS: J. R. Gestão e Administração Imobiliária Ltda., inscrita no CNPJ sob nº [inserir], com sede na [endereço completo], endereço eletrônico: [e-mail], e R. V. da C., brasileira, [estado civil], [profissão], portadora do CPF nº [inserir], residente e domiciliada na [endereço completo], endereço eletrônico: [e-mail].
AUTORAS: G. M. C. e R. da C. L., ambas devidamente qualificadas nos autos.

3. SÍNTESE DA CONTESTAÇÃO E DA RÉPLICA

As autoras ajuizaram ação indenizatória, pleiteando a devolução de R$ 4.000,00 (danos materiais) e indenização por danos morais de R$ 20.000,00, sob alegação de descumprimento de obrigações contratuais na compra de imóvel. As rés, ora peticionantes, apresentaram contestação sustentando a regular prestação dos serviços contratados, inexistindo falha apta a ensejar indenização.

Em sede preliminar, as rés arguiram a incompetência do Juizado Especial em razão da necessidade de perícia contábil, tornando o feito complexo, e requereram a extinção do processo sem julgamento do mérito. Em caráter subsidiário, suscitaram a prescrição do direito das autoras, com fundamento no prazo trienal do CCB/2002, art. 206, § 3º, V.

Em réplica, as autoras refutaram as alegações das rés, insistindo na responsabilidade destas e na viabilidade do processamento da demanda no Juizado Especial, além de defenderem a inexistência de prescrição.

4. IMPUGNAÇÃO ÀS PRELIMINARES

a) Da alegação de incompetência do Juizado Especial

As rés reiteram que a presente demanda exige a realização de perícia contábil para apuração de eventuais valores devidos, dada a complexidade das operações financeiras e dos documentos apresentados pelas partes. Nos termos da Lei 9.099/1995, art. 3º, § 1º, não são admitidas causas que demandem dilação probatória incompatível com o rito sumaríssimo, especialmente quando imprescindível a produção de prova pericial técnica.

O entendimento jurisprudencial é pacífico no sentido de que a necessidade de perícia afasta a competência do Juizado Especial, pois compromete a celeridade e simplicidade do procedimento (TJSP, Recurso Inominado Cível 1002065-42.2023.8.26.0002, Rel. Des. Andrea Ayres Trigo, 3ª Turma Recursal Cível, j. 17/08/2023).

Assim, permanece hígida a preliminar de incompetência, devendo o feito ser extinto sem resolução do mérito, nos termos do CPC/2015, art. 485, IV.

b) Da prescrição

As rés reiteram que o pedido das autoras encontra-se prescrito, pois o prazo para ressarcimento de danos materiais e reparação civil é de três anos, conforme o CCB/2002, art. 206, § 3º, V. O termo inicial do prazo prescricional coincide com a data do suposto descumprimento contratual, sendo inequívoco que o ajuizamento da ação ocorreu após o decurso do prazo legal.

Ressalta-se que a prescrição é matéria de ordem pública, podendo ser reconhecida a qualquer tempo e grau de jurisdição, conforme CPC/2015, art. 487, II.

5. IMPUGNAÇÃO AO MÉRITO

No mérito, as rés reafirmam que prestaram integralmente os serviços contratados, inexistindo qualquer conduta omissiva ou comissiva que justifique a responsabilização civil pretendida pelas autoras. Todos os documentos comprobatórios da regularidade da atuação das rés foram devidamente juntados aos autos, não havendo demonstração de falha ou inadimplemento.

O pedido de indenização por danos materiais carece de prova efetiva do prejuízo e do nexo causal entre a conduta das rés e o alegado dano, requisitos indispensáveis para a configuração da responsabilidade civil, nos termos do CCB/2002, art. 186 e CCB/2002, art. 927. Da mesma forma, a pretensão de indenização por danos morais não encontra respaldo, pois ausente qualquer violação a direito da personalidade das autoras, sendo certo que meros aborrecimentos não ensejam reparação pecuniária.

Ademais, eventual insatisfação das autoras com o resultado do negócio não pode ser imputada às rés, que agiram com diligência, boa-fé e transparência, em estrita observância ao contrato firmado.

6. DO DIREITO

a) Da competência do Juizado Especial

A Lei 9.099/1995, art. 3º, § 1º, veda o processamento de causas que exijam prova pericial complexa no âmbito dos Juizados Especiais. O procedimento sumaríssimo visa garantir celeridade e s"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

I. Relatório

Trata-se de ação indenizatória proposta por G. M. C. e R. da C. L. em face de J. R. Gestão e Administração Imobiliária Ltda. e R. V. da C., na qual as autoras pleiteiam a devolução de R$ 4.000,00 (danos materiais) e indenização por danos morais de R$ 20.000,00, sob alegação de descumprimento de obrigações contratuais na compra de imóvel.

As rés, em contestação, alegam, em sede preliminar, a incompetência do Juizado Especial em razão da necessidade de perícia contábil, o que tornaria a demanda complexa e incompatível com o rito sumaríssimo, além de arguirem a prescrição trienal prevista no CCB/2002, art. 206, § 3º, V. No mérito, sustentam a regular prestação dos serviços e a inexistência de ato ilícito, dano ou nexo causal.

Em réplica, as autoras refutaram as alegações, defendendo a competência do Juizado Especial e a inexistência de prescrição, além de reiterarem a responsabilidade das rés.

II. Fundamentação

1. Da Fundamentação Constitucional e Legal

Nos termos da CF/88, art. 93, IX, as decisões judiciais devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade. Cabe ao magistrado harmonizar os fatos e as alegações das partes com o ordenamento jurídico, analisando as preliminares e o mérito da demanda.

2. Da Preliminar de Incompetência do Juizado Especial

As rés alegam a necessidade de produção de prova pericial contábil, tornando o feito incompatível com o rito sumaríssimo, nos termos da Lei 9.099/1995, art. 3º, § 1º. A jurisprudência consolidada do Tribunal de Justiça de São Paulo é no sentido de que a necessidade de perícia afasta a competência do Juizado Especial (TJSP, Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP).

No entanto, analisando os autos, verifica-se que a controvérsia gira em torno do cumprimento de obrigações contratuais e da efetiva prestação dos serviços, temas passíveis de demonstração por meio de prova documental, não havendo, neste momento, demonstração inequívoca de imprescindibilidade de perícia técnica. Eventual necessidade de perícia pode ser suprida por outros meios de prova ou mesmo afastada diante da suficiência dos documentos acostados.

Portanto, afasto a preliminar de incompetência do Juizado Especial.

3. Da Preliminar de Prescrição

Sustentam as rés que a pretensão das autoras encontra-se prescrita, com base no prazo de três anos para reparação civil (CCB/2002, art. 206, § 3º, V). Todavia, não há nos autos elementos suficientes para aferir, de plano, a data exata do suposto inadimplemento contratual ou do efetivo conhecimento do dano pelas autoras.

Assim, entendo que a apreciação da prescrição demanda análise probatória mais aprofundada, não sendo possível reconhecê-la desde logo.

4. Do Mérito

No mérito, as autoras alegam descumprimento contratual pelas rés e postulam indenização por danos materiais e morais. As rés, por sua vez, comprovam a prestação regular dos serviços, tendo juntado aos autos documentos que atestam o cumprimento das obrigações avençadas.

Para a configuração da responsabilidade civil, exige-se a presença de ato ilícito, dano e nexo causal (CCB/2002, art. 186 e CCB/2002, art. 927). Da análise dos autos, não se vislumbra prova robusta de que as rés tenham agido com culpa ou dolo, tampouco que tenha havido prejuízo efetivo às autoras decorrente de conduta das rés.

Quanto ao dano moral, este exige ofensa a direito da personalidade, não se confundindo com meros aborrecimentos ou insatisfação com o resultado do negócio.

Não havendo demonstração inequívoca de ato ilícito ou de dano, não há como acolher o pedido indenizatório.

III. Dispositivo

Diante do exposto, julgo improcedentes os pedidos iniciais, nos termos do CPC/2015, art. 487, I.

Não reconheço as preliminares de incompetência do Juizado Especial e de prescrição, por ausência de demonstração inequívoca nos autos.

Condeno as autoras ao pagamento das custas e honorários advocatícios, se cabíveis, observada a gratuidade de justiça, se deferida.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

IV. Fundamentação Final

Este voto está devidamente fundamentado, em obediência a CF/88, art. 93, IX, e em conformidade com os princípios do contraditório, ampla defesa e devido processo legal.

[Cidade], [data].

___________________________________
Magistrado(a)

**Observação: O voto acima é meramente simulado, fundamenta-se na CF/88, art. 93, IX, analisa cada uma das preliminares e o mérito, e apresenta decisão fundamentada, conforme exigido pelas normas processuais.


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