Modelo de Réplica à contestação em ação de alteração de guarda unilateral para definitiva em favor do genitor, destacando consentimento tácito da genitora e fundamentação no melhor interesse do menor conforme CF/88 e EC...

Publicado em: 17/06/2025 Processo Civil Familia
Modelo de réplica à contestação em ação de alteração de guarda, na qual o autor genitor reafirma a mudança definitiva da guarda do menor, impugna documentos apresentados pela ré, sustenta o consentimento tácito da mãe e fundamenta o pedido no princípio do melhor interesse da criança, com base na Constituição Federal, Estatuto da Criança e do Adolescente e Código Civil. Inclui pedidos de produção de provas, manutenção da tutela de urgência e concessão de gratuidade de justiça.
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RÉPLICA À CONTESTAÇÃO

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de ___ do Tribunal de Justiça do Estado ___.

2. SÍNTESE DA INICIAL

J. B. dos S., brasileiro, solteiro, empresário, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua X, nº Y, Bairro Z, Cidade/UF, endereço eletrônico: [email protected], ajuizou Ação de Alteração de Guarda com pedido de tutela de urgência em face de V. S. C., brasileira, solteira, profissão, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada na Rua Y, nº Z, Bairro W, Cidade/UF, endereço eletrônico: [email protected], visando a modificação da guarda do menor G. C. S., de 15 anos, atualmente sob guarda unilateral da genitora.

O autor fundamenta seu pedido no fato de que, há cerca de três meses, o menor passou a residir consigo de forma definitiva, por vontade própria e com consentimento da mãe, situação comprovada por mensagens anexadas à inicial. Afirma possuir plenas condições de cuidar do filho, estando em novo relacionamento e tendo outra filha sob seus cuidados. Ressalta o princípio do melhor interesse do menor, invocando dispositivos da CF/88, art. 227, e do ECA, art. 3º, que garantem o direito à convivência familiar e ao desenvolvimento integral. Pleiteia, assim, a alteração da guarda, com a concessão da gratuidade de justiça (CPC/2015, art. 98).

3. SÍNTESE DA CONTESTAÇÃO

A ré, V. S. C., apresentou contestação requerendo a revogação da tutela antecipada que concedeu a guarda provisória do menor ao autor. Sustenta que buscou o auxílio do pai para lidar com dificuldades comportamentais do filho, que apresentava agressividade e desrespeito, mas não obteve colaboração efetiva. Afirma que as conversas anexadas aos autos demonstram apenas seu pedido de ajuda, não configurando consentimento real e consciente para transferência definitiva da guarda, mas sim um desabafo diante de esgotamento emocional. Alega que o autor se aproveitou de sua vulnerabilidade e da fase difícil do filho para pleitear a alteração da guarda. Ressalta que ambos os pais têm responsabilidade na educação do menor e que o afastamento da mãe não é solução adequada, frisando que o filho passou a conviver mais com os avós paternos, mas nunca residiu de forma definitiva com o pai.

4. IMPUGNAÇÃO AOS DOCUMENTOS JUNTADOS PELA RÉ

O autor impugna, para todos os fins de direito, os documentos apresentados pela ré em sua contestação, especialmente aqueles que visam demonstrar ausência de consentimento para a alteração da guarda. Ressalta-se que as mensagens eletrônicas anexadas pela própria ré corroboram a narrativa inicial, evidenciando não apenas o pedido de auxílio, mas também a anuência tácita para que o menor passasse a residir com o pai, fato que se consolidou nos últimos meses.

Ademais, os documentos que buscam demonstrar a suposta ausência de residência definitiva do menor com o autor carecem de contemporaneidade e não refletem a atual realidade fática, sendo, portanto, insuficientes para afastar a veracidade dos fatos narrados na inicial. Ressalta-se, ainda, que a ausência de manifestação expressa e tempestiva da ré acerca da mudança de residência do menor configura concordância tácita, em consonância com o princípio da proteção integral e do melhor interesse da criança (CF/88, art. 227; ECA, art. 3º).

Por fim, requer-se que, caso Vossa Excelência entenda pela necessidade de produção de prova pericial ou testemunhal para elucidação dos fatos, seja oportunizada a devida instrução, nos termos do CPC/2015, arts. 369 e 370.

5. DOS FATOS

O menor G. C. S., atualmente com 15 anos, passou a residir com o autor, seu genitor, há cerca de três meses, por vontade própria e com anuência da mãe, ora ré. Tal mudança foi motivada por dificuldades de convivência e questões comportamentais típicas da adolescência, agravadas pela ausência de colaboração efetiva entre os genitores.

A ré, em sua contestação, tenta afastar o caráter definitivo da mudança de residência do menor, alegando que as mensagens trocadas entre as partes não configuram consentimento para alteração da guarda, mas sim um pedido de auxílio diante do esgotamento emocional. Contudo, a realidade fática demonstra que o menor permanece sob os cuidados do autor, frequentando escola e demais atividades em sua nova residência, com pleno acompanhamento do pai, que já exerce, na prática, as funções inerentes ao poder familiar.

Ressalte-se que o próprio Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, art. 28) preconiza que a colocação da criança ou adolescente em família substituta será precedida de preparação gradativa e acompanhamento posterior, sempre que possível, priorizando-se o interesse superior do menor. No caso em tela, a transição ocorreu de forma natural, com adaptação positiva do menor ao novo ambiente familiar, não havendo qualquer elemento concreto que desabone a conduta do autor ou que indique risco à integridade física, emocional ou psicológica do filho.

A alegação de que o menor estaria sob os cuidados dos avós paternos não se sustenta, pois o autor reside no mesmo imóvel e participa ativamente da rotina do filho, inclusive em relação à educação, saúde e lazer, conforme comprovam os documentos e testemunhos anexados.

6. DO DIREITO

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação de Alteração de Guarda proposta por J. B. dos S. em face de V. S. C., visando a modificação da guarda do menor G. C. S., de 15 anos, atualmente sob guarda unilateral da genitora. O autor fundamenta seu pedido na mudança fática ocorrida nos últimos meses, na qual o menor passou a residir consigo, por vontade própria e com consentimento da mãe, situação comprovada nos autos. A ré, em contestação, sustenta ausência de consentimento para alteração definitiva da guarda e questiona a efetividade da mudança de residência do menor.

Fundamentação

I. Competência e Admissibilidade

O presente feito reúne as condições da ação, estando presentes legitimidade e interesse processual das partes, bem como regularidade formal. O pedido é juridicamente possível e está apto ao julgamento de mérito.

Destaco, inicialmente, que a motivação das decisões judiciais constitui garantia fundamental das partes e da sociedade, conforme determina o art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que prevê: \"todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade\".

II. Dos Fatos e da Prova

Restou incontroverso nos autos que o menor G. C. S. passou a residir com o autor há cerca de três meses, por vontade própria e com anuência tácita da genitora. As mensagens eletrônicas anexadas confirmam que, mesmo diante do esgotamento emocional da mãe, não houve oposição expressa à permanência do filho com o pai, consolidando-se novo arranjo familiar. A alegação da ré de que buscava apenas auxílio não se sustenta diante da ausência de medidas concretas para reverter a situação, ou de demonstração de prejuízo à criança.

Em consonância com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, art. 28) e o princípio do melhor interesse do menor (CF/88, art. 227; ECA, art. 3º), a análise da situação fática deve priorizar o desenvolvimento integral da criança, sua estabilidade emocional e a manutenção de vínculos afetivos seguros.

Ressalto que os documentos apresentados pela ré não infirmam a narrativa inicial, tampouco demonstram risco à integridade física ou psicológica do menor, que, segundo os autos, vem se adaptando adequadamente ao novo ambiente familiar sob a guarda do genitor.

III. Do Direito

O direito à convivência familiar e à proteção integral do menor encontra fundamento nos arts. 227 da Constituição Federal e 3º do ECA. O Código Civil, em seu art. 1.584, §2º, admite a alteração da guarda a qualquer tempo, sempre que houver mudança na situação de fato e for demonstrado que tal medida atende ao interesse do menor.

A jurisprudência consolidada (cf. TJMG, Apelação Cível 1.0000.24.429018-5/001; TJRJ, Apelação Acórdão/TJRJ) orienta que a guarda deva ser fixada conforme as necessidades da criança, priorizando-se sua adaptação, saúde e bem-estar, sendo possível a modificação do regime quando comprovada alteração fática e ausência de prejuízo ao menor.

No caso concreto, a permanência do menor com o pai se consolidou de forma gradual e consentida, não havendo elementos que desabonem a conduta do autor ou que indiquem risco à criança. A ausência de oposição tempestiva da mãe configura, na espécie, anuência tácita, em consonância com o princípio da proteção integral do menor.

Quanto à produção de provas, observa-se que ambas as partes requereram a produção de provas testemunhais e periciais, direito resguardado pelo contraditório e ampla defesa (CF/88, art. 5º, LV; CPC/2015, arts. 369 e 370). Contudo, diante da suficiência da prova documental e da ausência de controvérsia relevante sobre os fatos, entendo ser possível o julgamento antecipado da lide, sem prejuízo das partes.

Por fim, a gratuidade de justiça pleiteada pelo autor é devida, nos termos do art. 98 do CPC/2015, diante da declaração de hipossuficiência e da ausência de impugnação idônea pela parte adversa.

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, julgo procedente o pedido inicial para:

  • Converter em definitiva a guarda do menor G. C. S. ao genitor J. B. dos S., diante da atual situação fática e do melhor interesse do menor, nos termos do art. 227 da CF/88, art. 3º do ECA e art. 1.584, §2º, do Código Civil;
  • Manter a gratuidade de justiça em favor do autor, conforme art. 98 do CPC/2015;
  • Determinar que a genitora, ora ré, mantenha o direito de convivência com o filho, em regime a ser ajustado pelas partes ou, na ausência de acordo, fixado por este Juízo;
  • Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor atualizado da causa, ressalvada a hipótese de gratuidade de justiça;
  • Deixo de determinar a produção de outras provas, diante da suficiência da prova documental constante dos autos.

 

Conclusão

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Cidade/UF, data.

Juiz(a) de Direito


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