Modelo de Plano de Partilha Amigável de Imóvel Único entre Esposa e Mãe do Falecido, com Recolhimento do ITCD e Pedido de Homologação Judicial Conforme Código Civil e CPC

Publicado em: 30/04/2025 CivelProcesso Civil
Documento jurídico que apresenta o plano de partilha amigável do único bem imóvel deixado por J. B. dos S., falecido, entre sua esposa e sua mãe, fundamentado no Código Civil (art. 1.829, II) e no CPC (arts. 653 e 659), com comprovação do recolhimento do ITCD, ausência de litígio e pedido de homologação judicial para expedição de formal de partilha. Inclui jurisprudências relevantes e requer a dispensa de audiência de conciliação devido ao acordo entre herdeiras.

PLANO DE PARTILHA

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Órfãos e Sucessões da Comarca de ____________ do Tribunal de Justiça do Estado de ____________.

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

Requerentes:
A. J. dos S., brasileira, viúva, aposentada, portadora do CPF nº 000.000.000-00, RG nº 0.000.000-0, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliada na Rua X, nº 100, Bairro Y, CEP 00000-000, Cidade/UF.
M. A. dos S., brasileira, aposentada, mãe do de cujus, portadora do CPF nº 111.111.111-11, RG nº 1.111.111-1, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliada na Rua Z, nº 200, Bairro W, CEP 11111-111, Cidade/UF.
De cujus: J. B. dos S., falecido em 01/01/2024, conforme certidão de óbito anexa.

3. EXPOSIÇÃO DOS FATOS

O presente inventário refere-se ao espólio de J. B. dos S., falecido em 01/01/2024, deixando como herdeiras a esposa sobrevivente, A. J. dos S., e sua mãe, M. A. dos S., não havendo descendentes. O regime de bens adotado no casamento foi o da comunhão parcial.

O acervo hereditário é composto por um único bem imóvel, localizado na Rua Alfa, nº 123, Bairro Beta, Cidade/UF, matriculado sob o nº 12345 no Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de ____________, avaliado em R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).

O ITCD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação) já foi devidamente recolhido, conforme guia de recolhimento anexa.

Não há outros bens, direitos ou dívidas a inventariar. As partes são maiores, capazes e estão de pleno acordo quanto à partilha do bem, inexistindo qualquer conflito ou litígio.

Dessa forma, apresenta-se o presente plano de partilha para homologação judicial, em respeito aos princípios da celeridade processual e da razoável duração do processo (CF/88, art. 5º, LXXVIII).

4. DO DIREITO

O direito sucessório brasileiro, disciplinado pelo CCB/2002, art. 1.829, II, estabelece que, na ausência de descendentes, o cônjuge sobrevivente concorre com os ascendentes do falecido, independentemente do regime de bens adotado. Assim, no presente caso, a sucessão deve ser partilhada entre a esposa e a mãe do de cujus.

O imóvel objeto da partilha foi adquirido pelo falecido antes do casamento, sendo, portanto, bem particular, não havendo meação, mas apenas a concorrência hereditária entre as herdeiras (CCB/2002, art. 1.659, I; art. 1.829, II).

O CPC/2015, art. 653, prevê que, havendo acordo entre os herdeiros, é possível a apresentação de plano de partilha amigável, a ser homologado pelo juízo, desde que recolhido o imposto devido (CPC/2015, art. 659). No presente caso, o ITCD já foi recolhido, conforme comprovante anexo.

Ressalta-se que a partilha amigável é plenamente admitida quando todos os herdeiros são capazes e concordes, conforme entendimento consolidado pelo STJ e pelos Tribunais Estaduais, privilegiando-se a autonomia da vontade e a desjudicialização dos conflitos, em consonância com os princípios da dignidade da pessoa humana, da boa-fé objetiva e da celeridade processual (CF/88, art. 1º, III; art. 5º, LXXVIII).

O plano de partilha proposto observa a divisão igualitária do único bem imóvel entre as herdeiras, atribuindo a cada uma 50% do valor do imóvel, em estrita observância à legislação vigente e à jurisprudência dominante.

Por fim, cumpre destacar que não há impedimento legal para a homologação do presente plano de partilha, uma vez que todas as exigências legais foram cumpridas, inclusive o recolhimento do ITCD e a inexistência de litígio entre as partes.

Fechamento argumentativo: Diante do exposto, resta demonstrada a regularidade do plano de partilha apresentado, estando em conformidade com os dispo"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de pedido de homologação de plano de partilha apresentado por A. J. dos S. e M. A. dos S., referentes ao espólio de J. B. dos S., falecido em 01/01/2024. As requerentes, esposa e mãe do de cujus, são maiores e capazes, estando de pleno acordo quanto à partilha do único bem deixado pelo falecido, um imóvel avaliado em R$ 500.000,00, localizado na Rua Alfa, nº 123, Bairro Beta, Cidade/UF.

I - Delimitação da controvérsia

O presente processo versa sobre inventário e partilha consensual, não havendo litígio entre as partes. O acervo hereditário limita-se ao imóvel supracitado, adquirido pelo falecido antes do casamento, portanto, bem particular, sobre o qual não incide meação da cônjuge supérstite (art. 1.659, I, do Código Civil).

II - Fundamentação

Inicialmente, destaco que o art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, impõe ao órgão judicante o dever de motivar suas decisões, em respeito à garantia do devido processo legal e da transparência jurisdicional:

\"Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade...\"

No caso em apreço, verifico que o plano de partilha está em conformidade com a legislação civil e processual aplicável. Nos termos do art. 1.829, II, do Código Civil, \"na falta de descendentes, sucederão os ascendentes, em concorrência com o cônjuge\". Assim, correta a divisão do bem em partes iguais (50%) entre a esposa e a mãe do falecido, haja vista tratar-se de bem particular.

O art. 653 do CPC/2015 autoriza a partilha amigável quando todos os herdeiros são capazes e concordes, e o art. 659 do mesmo diploma condiciona sua homologação ao recolhimento do ITCD, o que restou comprovado nos autos.

Ressalto, ainda, que não há outros bens, direitos ou dívidas a inventariar, nem menores ou incapazes envolvidos, tampouco litígio entre as partes, o que recomenda, inclusive, a dispensa de audiência de conciliação ou mediação (CPC/2015, art. 319, VII). O processo observa, assim, os princípios da celeridade e da razoável duração do processo (CF/88, art. 5º, LXXVIII).

O entendimento jurisprudencial é pacífico quanto à possibilidade de homologação judicial da partilha amigável, destacando-se as decisões do TJRJ (Apelação Acórdão/TJRJ), TJSP (Apelação Cível Acórdão/TJSP; Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP) e STJ (REsp Acórdão/STJ), as quais reconhecem a autonomia da vontade das partes e a prevalência do acordo, desde que ausente conflito ou incapazes.

Diante de todo o exposto, entendo estar o plano de partilha em conformidade com a legislação vigente (CCB/2002, arts. 1.659, I, 1.829, II; CPC/2015, arts. 653 e 659), com a Constituição Federal (arts. 5º, LXXVIII, e 93, IX) e com a jurisprudência dominante.

III - Dispositivo

Ante o exposto, homologo por sentença o plano de partilha apresentado, atribuindo a cada herdeira, A. J. dos S. e M. A. dos S., 50% do imóvel localizado na Rua Alfa, nº 123, Bairro Beta, Cidade/UF, matrícula nº 12345, avaliado em R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), nos termos do art. 1.829, II, do Código Civil.

Determino a expedição de formal de partilha em favor das herdeiras, para fins de registro imobiliário.

Intime-se o Ministério Público, caso entenda necessário, para manifestação.

Condeno o espólio ao pagamento das custas processuais remanescentes, se houver.

Considerando o acordo integral entre as partes e a ausência de litígio, dispenso a audiência de conciliação/mediação.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

IV - Conclusão

Assim, julgo procedente o pedido inicial, homologando o plano de partilha apresentado pelas partes, nos termos acima especificados, com fundamento na Constituição Federal, art. 93, IX, no Código Civil, arts. 1.659, I, 1.829, II, e no Código de Processo Civil, arts. 653 e 659.

Transitada em julgado, expeçam-se os competentes formais de partilha.

Cidade/UF, ___ de ____________ de 2024.

_______________________________________
Juiz(a) de Direito


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