Modelo de Contestação em ação de despejo com pedido de revogação de liminar por nulidade contratual decorrente de vício de consentimento devido à vulnerabilidade psíquica do réu e requerimento de prova pericial

Publicado em: 24/06/2025 CivelProcesso Civil
Modelo de contestação em ação de despejo cumulada com cobrança de aluguéis, na qual o réu pleiteia a nulidade do contrato por vício de consentimento alegando vulnerabilidade psíquica causada por uso de entorpecentes, requer a revogação da liminar de despejo concedida, a produção de prova pericial médica, a concessão da gratuidade da justiça e a improcedência dos pedidos iniciais, fundamentando-se no Código Civil, Código de Processo Civil e princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da boa-fé objetiva.
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CONTESTAÇÃO COM PEDIDO DE REVOGAÇÃO DE LIMINAR

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de [cidade/UF]

2. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES E DO PROCESSO

Processo nº: [número do processo]
Réu: A. J. dos S., brasileiro, solteiro, autônomo, portador do CPF nº [xxx.xxx.xxx-xx], RG nº [xx.xxx.xxx-x], endereço eletrônico: [email do réu], residente e domiciliado na [endereço completo].
Autor: M. F. de S. L., brasileira, empresária, portadora do CPF nº [xxx.xxx.xxx-xx], RG nº [xx.xxx.xxx-x], endereço eletrônico: [email do autor], residente e domiciliada na [endereço completo].
Advogado do réu: [nome], OAB/[UF] [número], endereço eletrônico: [email do advogado], escritório profissional na [endereço completo].
Advogado do autor: [nome], OAB/[UF] [número], endereço eletrônico: [email do advogado], escritório profissional na [endereço completo].

3. SÍNTESE DOS FATOS

Trata-se de ação de despejo cumulada com cobrança de aluguéis, ajuizada por M. F. de S. L. em face de A. J. dos S., na qual foi concedida liminar de desocupação do imóvel locado. O autor alega inadimplência contratual e requer a retomada do imóvel.

O réu, ora contestante, esclarece que, ao tempo da assinatura do contrato de locação, encontrava-se em estado de vulnerabilidade psíquica decorrente do uso de substâncias entorpecentes, o que comprometeu significativamente seu discernimento e capacidade volitiva. Tal circunstância foi determinante para que fosse induzido a firmar o contrato, sem plena compreensão de suas consequências, configurando vício de consentimento e, consequentemente, possível nulidade do negócio jurídico.

Ressalta-se, ainda, que a liminar de despejo foi concedida sem a devida apreciação das circunstâncias excepcionais que permeiam o caso, especialmente quanto à capacidade civil do réu ao tempo da contratação, motivo pelo qual se requer, desde já, a revogação da liminar.

4. PRELIMINARES

4.1. Nulidade do Contrato por Vício de Consentimento

O contrato de locação objeto da presente demanda padece de nulidade absoluta, nos termos do CCB/2002, art. 166, II e III, uma vez que o consentimento do réu foi viciado por sua condição de vulnerabilidade psíquica, tornando-o incapaz de exprimir vontade válida. O uso de substâncias entorpecentes, devidamente comprovado nos autos, comprometeu o discernimento do réu, o que afasta a higidez do negócio jurídico.

4.2. Necessidade de Produção de Prova Pericial

Considerando a natureza da alegação de incapacidade relativa ao momento da contratação, faz-se imprescindível a produção de prova pericial médica para comprovação do estado psíquico do réu, sob pena de cerceamento de defesa, em observância ao princípio do contraditório e da ampla defesa (CF/88, art. 5º, LV).

4.3. Gratuidade da Justiça

O réu, pessoa hipossuficiente, requer a concessão dos benefícios da gratuidade da justiça, nos termos do CPC/2015, art. 98, tendo em vista não possuir condições de arcar com as custas processuais sem prejuízo de seu sustento e de sua família, conforme comprovam os documentos anexos.

Resumo: As preliminares ora suscitadas são essenciais para a adequada instrução do feito, devendo ser acolhidas para garantir a regularidade processual e a efetividade da tutela jurisdicional.

5. DA CONTESTAÇÃO AOS PEDIDOS INICIAIS

O réu impugna todos os pedidos formulados na inicial, especialmente quanto à validade do contrato de locação e à legitimidade da liminar de despejo concedida. Requer o reconhecimento da nulidade do contrato por vício de consentimento, com a consequente improcedência dos pedidos de despejo e cobrança de aluguéis.

Subsidiariamente, caso não reconhecida a nulidade, requer a revogação da liminar de despejo, diante da necessidade de instrução probatória para apuração do estado psíquico do réu à época da contratação, bem como a concessão de prazo razoável para desocupação, caso mantida a ordem.

Resumo: A defesa do réu se fundamenta na ausência de consentimento válido, na necessidade de produção de provas e na proteção de sua dignidade e direitos fundamentais.

6. DO DIREITO

6.1. Da Nulidade do Contrato por Vício de Consentimento

Nos termos do CCB/2002, art. 104, II e III, a validade do negócio jurídico exige agente capaz e livre manifestação de vontade. O vício de consentimento, notadamente o erro, dolo ou estado de perigo, pod"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de ação de despejo cumulada com cobrança de aluguéis, ajuizada por M. F. de S. L. em face de A. J. dos S., na qual foi concedida liminar de desocupação do imóvel locado. O autor alega inadimplência contratual e requer a retomada do imóvel.

O réu, em contestação, sustenta que, ao tempo da assinatura do contrato de locação, encontrava-se em estado de vulnerabilidade psíquica decorrente do uso de substâncias entorpecentes, o que teria comprometido seu discernimento e capacidade volitiva, caracterizando vício de consentimento e possível nulidade do negócio jurídico.

Postula, ainda, a revogação da liminar de despejo, a produção de prova pericial médica, a concessão da gratuidade da justiça e a improcedência dos pedidos iniciais.

II. Fundamentação

1. Da Preliminar de Nulidade do Contrato por Vício de Consentimento

O réu alega vulnerabilidade psíquica à época da celebração do contrato, afirmando não possuir discernimento suficiente para manifestar vontade válida. O Código Civil, nos artigos 104, II e III, e 166, II e III, exige a capacidade do agente e manifestação livre de vontade como requisitos de validade do negócio jurídico.

Contudo, a mera alegação de incapacidade relativa ou vício de consentimento não é suficiente para infirmar a validade do contrato. Faz-se imprescindível a produção de prova pericial médica, conforme requerimento do réu, para apuração da existência de incapacidade no momento da contratação.

2. Da Produção de Prova Pericial

O pedido de produção de prova pericial médica deve ser acolhido, nos termos do art. 464 do CPC/2015, haja vista que a controvérsia demanda conhecimento técnico especializado e não se mostra suficientemente esclarecida por prova documental.

O indeferimento de tal prova configuraria cerceamento de defesa (CF/88, art. 5º, LV), motivo pelo qual se impõe o deferimento da instrução probatória.

3. Da Revogação da Liminar de Despejo

Para concessão de tutela de urgência (CPC/2015, art. 300), exige-se a presença de elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano. No caso, a existência de dúvida razoável sobre a validade do contrato e a capacidade do réu impõe a revogação da liminar de despejo, até a completa instrução do feito.

Não se pode admitir o despejo liminar antes da apuração efetiva dos fatos alegados pela defesa, sob pena de afronta aos princípios do contraditório e da ampla defesa.

4. Da Gratuidade da Justiça

O réu declarou ser hipossuficiente, não havendo impugnação idônea nos autos. Conforme art. 98 do CPC/2015 e jurisprudência do TJSP, é suficiente a declaração de insuficiência para concessão do benefício, salvo prova em contrário.

5. Da Improcedência dos Pedidos Iniciais

A alegação de nulidade do contrato por vício de consentimento, por si só, não autoriza a improcedência liminar dos pedidos, devendo o feito aguardar a produção da prova pericial para ulterior julgamento do mérito.

Até que se comprove a alegação do réu, permanece a presunção de validade do contrato, cabendo ao réu o ônus da prova de sua incapacidade à época da contratação.

6. Dos Fundamentos Constitucionais e Legais

O presente voto observa o princípio da fundamentação das decisões judiciais (CF/88, art. 93, IX), garantindo às partes o devido esclarecimento sobre as razões de decidir, a ampla defesa e o contraditório (CF/88, art. 5º, LV).

Respeita, ainda, o princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422), bem como o direito de acesso à justiça e à instrução adequada do processo.

III. Dispositivo

Diante do exposto, conheço do recurso/contestação e, com fulcro no art. 93, IX, da Constituição Federal, defiro os seguintes pedidos:

  1. Defiro a produção de prova pericial médica, para apuração do estado psíquico do réu à época da assinatura do contrato de locação, determinando a nomeação de perito e abertura de prazo para indicação de assistentes técnicos e apresentação de quesitos pelas partes.
  2. Defiro a gratuidade da justiça em favor do réu, nos termos do art. 98 do CPC/2015.
  3. Revogo a liminar de despejo concedida nos autos, por ora, até conclusão da instrução probatória, em respeito ao contraditório e à ampla defesa.
  4. Rejeito, por ora, o pedido de improcedência liminar dos pedidos iniciais, pois a análise de eventual nulidade do contrato dependerá do resultado da prova pericial.
  5. Intimem-se as partes para ciência e cumprimento desta decisão.

Após a realização da prova pericial, voltem os autos conclusos para julgamento de mérito.

IV. Conclusão

É como voto.

[Cidade], [data].

[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito


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