Modelo de Apelação Cível em Ação de Indenização por Danos Morais com Base em Prova Pericial e Erro de Julgamento na Condenação

Publicado em: 04/04/2025 CivelProcesso Civil
Recurso de Apelação Cível interposto por A. J. dos S. contra sentença de primeiro grau que condenou indevidamente J. M. da S. em ação de indenização por danos morais, ignorando prova pericial grafotécnica que apontou L. C. de A. como autor da falsificação de assinatura em contrato. O recurso busca a reforma da sentença, com a responsabilização do verdadeiro causador do dano e a exclusão da condenação de parte sem nexo causal, além de subsidiariamente requerer a anulação da sentença por cerceamento de defesa. Fundamentado no CCB/2002, art. 186 e CCB/2002, art. 927, e nos princípios constitucionais do contraditório, ampla defesa e devido processo legal.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE [...]

APELANTE: A. J. dos S.

APELADOS: J. M. da S., L. C. de A. e R. F. dos S.

PROCESSO Nº: [número do processo]

ORIGEM: [Vara Cível da Comarca de...]

PREÂMBULO

A. J. dos S., já qualificado nos autos da AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS que move em face de J. M. da S., L. C. de A. e R. F. dos S., por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor a presente:

APELAÇÃO CÍVEL

com fundamento no CPC/2015, art. 1.009 e seguintes, requerendo o regular processamento e remessa ao Egrégio Tribunal de Justiça, para que seja reformada a r. sentença de primeiro grau, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

DOS FATOS

O Apelante ajuizou ação de indenização por danos morais em face dos três Apelados, em razão da falsificação de sua assinatura em contrato que resultou em protesto indevido e negativação indevida de seu nome nos órgãos de proteção ao crédito.

Durante a instrução processual, foi realizada prova pericial grafotécnica que concluiu, de forma categórica, que a assinatura constante no referido contrato foi falsificada por L. C. de A., um dos Apelados.

Contudo, a r. sentença de primeiro grau, de forma contraditória e omissa, julgou parcialmente procedente a demanda, condenando apenas J. M. da S. ao pagamento de indenização por danos morais, sem qualquer demonstração de nexo de causalidade entre sua conduta e o dano experimentado pelo Apelante.

Foram opostos embargos de declaração, com fundamento no CPC/2015, art. 1.022, II, apontando omissão quanto à prova pericial que indicava de forma inequívoca a autoria da falsificação por parte de outro réu. Todavia, os embargos foram rejeitados, sob o argumento de inexistência de omissão relevante.

DO DIREITO

A sentença deve ser reformada, pois incorre em erro de julgamento ao condenar parte que não teve sua responsabilidade demonstrada nos autos, ignorando prova técnica que apontou outro réu como autor do ato ilícito.

Nos termos do CCB/2002, art. 927, aquele que causar dano a outrem, por ato ilícito, é obrigado a repará-lo. O CCB/2002, art. 186 define o ato ilícito como aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, viola direito e causa dano a outrem.

Ocorre que, no caso em tela, a sentença não demonstrou qualquer conduta de J. M. da S. que tenha causado o dano moral ao Apelante. Ao contrário, a perícia técnica — meio de prova idôneo e imparcial — apontou L. C. de A. como autor da falsificação da assinatura.

Assim, a condenação de J. M. da S. sem demonstração de nexo de causalidade viola os princípios do contraditório, ampla defesa e devido processo legal, previstos na CF/88, art. 5º, LV, bem como o princípio da motivação das decisões judiciais (CF/88, art. 93, IX).

Ademais, a rejeição dos em"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Introdução

Trata-se de análise de Apelação Cível interposta por A. J. dos S. contra decisão proferida pelo juízo de primeiro grau, que julgou parcialmente procedente o pedido de indenização por danos morais em face de J. M. da S., L. C. de A. e R. F. dos S.. O Apelante alega que a sentença é omissa ao não reconhecer a responsabilidade de L. C. de A., apontada por prova pericial como autora da falsificação que gerou os danos alegados.

Dos Fatos

O Apelante ajuizou ação de indenização por danos morais alegando que sua assinatura foi falsificada em contrato, o que resultou na negativação indevida de seu nome nos órgãos de proteção ao crédito. A prova pericial grafotécnica indicou que a falsificação foi praticada por L. C. de A.. Contudo, a sentença condenou apenas J. M. da S., sem apontar nexo causal entre sua conduta e o dano sofrido.

Os embargos de declaração opostos para sanar a omissão da sentença foram rejeitados, o que motivou a interposição do presente recurso.

Do Direito

Nos termos do CCB/2002, art. 186 e CCB/2002, art. 927, a responsabilidade civil exige a configuração de ato ilícito, dano e nexo causal. A sentença de primeiro grau afronta tais requisitos ao condenar parte que não teve sua culpa demonstrada nos autos, ignorando a prova pericial que apontou a autoria do ilícito por L. C. de A..

Além disso, a ausência de análise da prova pericial, somada à rejeição dos embargos declaratórios, caracteriza violação ao princípio da motivação das decisões judiciais, previsto na CF/88, art. 93, IX. Trata-se de evidente cerceamento de defesa, que compromete a validade da sentença.

Julgado Aplicável

Em casos similares, o Egrégio Tribunal de Justiça já reconheceu a necessidade de observância ao nexo causal e à motivação das decisões judiciais:

1. TJSP, Apelação Cível 1012604-74.2022.8.26.0011 – Rel. João Baptista Galhardo Júnior – “É nula a sentença que condena parte sem demonstração de nexo causal, especialmente quando há prova técnica apontando outro réu como responsável pelo ato ilícito.”

2. TJSP, Apelação Cível 1005074-52.2016.8.26.0068 – Rel. Fabio Tabosa – “Recurso provido para anular a sentença e determinar apreciação das provas pendentes. Cerceamento de defesa configurado.”

Conclusão e Voto

Assim, diante das considerações acima e com base na prova pericial que identifica a responsabilidade de L. C. de A., voto no sentido de:

  1. Dar parcial provimento à Apelação Cível, reformando a sentença para afastar a condenação de J. M. da S., por ausência de nexo causal;
  2. Reconhecer a responsabilidade de L. C. de A. pelo dano moral, condenando-o ao pagamento de indenização;
  3. Subsidiariamente, caso não seja possível a reforma, anular a sentença por cerceamento de defesa, com retorno dos autos à origem para novo julgamento, incluindo a análise detalhada das provas;
  4. Condenar os Apelados vencidos ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do CPC/2015, art. 85.

Fundamentação Legal

Este voto encontra embasamento nos seguintes dispositivos:

Termos Finais

Por todo o exposto, voto pela procedência parcial do recurso, conforme delineado acima, reformando a decisão de primeiro grau para adequá-la aos princípios constitucionais e legais aplicáveis.

[Local e Data]

Assinado Eletronicamente

Magistrado Relator


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