Modelo de Alegações finais do autor em ação de usucapião extraordinária de imóvel urbano em Dores do Indaiá/MG, pleiteando reconhecimento da propriedade com base no CCB/2002, art. 1.238 e justiça gratuita
Publicado em: 31/07/2025 CivelProcesso Civil Direito ImobiliárioALEGAÇÕES FINAIS (AUTOR) EM AÇÃO DE USUCAPIÃO
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Cível da Comarca de Dores do Indaiá/MG
2. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES E DO PROCESSO
Processo nº: [inserir número do processo]
Autor: [A. J. dos S.]
Réus: Herdeiros de Vicente de Araújo Faria e demais confrontantes
Advogado do Autor: D. de F. L. C. – OAB/MG [número]
Endereço eletrônico do Autor: [inserir e-mail]
Endereço eletrônico dos Réus: [inserir e-mails, se conhecidos]
3. SÍNTESE DOS FATOS
O autor propôs a presente Ação de Usucapião visando o reconhecimento da aquisição da propriedade de imóvel urbano situado nesta Comarca de Dores do Indaiá/MG, o qual vem sendo por ele possuído de forma mansa, pacífica, ininterrupta e com animus domini há mais de 40 (quarenta) anos. O imóvel, registrado na Prefeitura Municipal em nome de Vicente de Araújo Faria (já falecido), foi adquirido pelo autor por meio de Contrato Particular de Promessa de Compra e Venda, sendo os herdeiros do antigo proprietário incluídos no polo passivo da demanda.
Ressalta-se que o autor reside no imóvel desde a aquisição, exercendo todos os poderes inerentes à propriedade, inclusive realizando benfeitorias, pagando tributos e demais encargos incidentes sobre o bem. Não houve oposição à posse exercida pelo autor, tampouco contestação no presente feito, tendo sido substituída a audiência prevista por ata notarial, a qual atestou a veracidade dos fatos narrados na inicial.
O pedido de concessão dos benefícios da Justiça Gratuita foi formulado, diante da comprovada insuficiência financeira do autor para arcar com as custas processuais, conforme declaração e documentos anexados aos autos.
Em síntese, busca-se a regularização do imóvel perante o registro imobiliário, com o reconhecimento judicial da usucapião, em conformidade com a legislação vigente.
4. DO DIREITO
4.1. DA USUCAPIÃO URBANA E DOS REQUISITOS LEGAIS
A usucapião é instituto jurídico previsto no ordenamento brasileiro, que permite a aquisição originária da propriedade em razão do exercício prolongado, ininterrupto e sem oposição da posse, desde que preenchidos os requisitos legais. O CCB/2002, art. 1.238 dispõe que "aquele que, por 15 (quinze) anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquirir-lhe-á a propriedade, independentemente de título e boa-fé, reduzido esse prazo para 10 (dez) anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo".
No caso em tela, restou comprovado que o autor exerce a posse sobre o imóvel há mais de 40 (quarenta) anos, de forma mansa, pacífica, ininterrupta e com animus domini, tendo estabelecido sua moradia habitual no local, o que autoriza o reconhecimento da usucapião extraordinária, nos termos do CCB/2002, art. 1.238, parágrafo único.
4.2. DA POSSE AD USUCAPIONEM
A posse exercida pelo autor é qualificada, pois não se trata de mera detenção, mas sim de posse com intenção de dono, sem qualquer oposição de terceiros ou dos herdeiros do antigo proprietário. A ausência de contestação e a lavratura de ata notarial corroboram a veracidade e a continuidade da posse, sendo desnecessária a produção de outras provas, conforme entendimento consolidado na jurisprudência.
4.3. DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA E DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE
O reconhecimento da usucapião, além de conferir segurança jurídica ao possuidor, atende ao princípio da função social da propriedade (CF/88, art. 5º, XXIII), promovendo a regularização fundiária e garantindo o direito à moradia digna. O autor, ao longo de décadas, cumpriu com todos os encargos inerentes à propriedade, contribuindo para o desenvolvimento urbano e social da localidade.
4.4. DA JUSTIÇA GRATUITA
O autor pleiteou os benefícios da Justiça Gratuita, nos termos do CPC/2015, art. 98, comprovando a insuficiência de recursos para arcar com as custas e despesas processuais, o que deve ser deferido para garantir o amplo acesso"'>...
Para ter acesso a íntegra dessa peça processual Adquira um dos planos de acesso do site, ou caso você já esteja cadastrado ou já adquiriu seu plano clique em entrar no topo da pagina:
Todos os modelos de documentos do site Legjur são de uso exclusivo do assinante. É expressamente proibida a reprodução, distribuição ou comercialização destes modelos sem a autorização prévia e por escrito da Legjur.