Modelo de Ação previdenciária para restabelecimento e concessão vitalícia de pensão por morte em favor de M. de S. contra INSS, fundamentada na comprovação de união estável e dependência econômica conforme Lei 8.213/91...

Publicado em: 22/07/2025
Petição inicial de ação previdenciária proposta por M. de S. contra o INSS visando o restabelecimento e concessão em caráter vitalício da pensão por morte, com base na comprovação documental e testemunhal de união estável superior a dois anos e dependência econômica, conforme legislação previdenciária vigente (Lei 8.213/91, Decreto 3.048/99) e princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da proteção social. A ação requer a citação do INSS, gratuidade da justiça, produção de provas, e pagamento das parcelas vencidas e vincendas, incluindo honorários advocatícios.
← deslize para o lado para ver mais opções

PETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO PREVIDENCIÁRIA – RESTABELECIMENTO/CONCESSÃO DE PENSÃO POR MORTE VITALÍCIA

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Federal Previdenciária da Subseção Judiciária de [cidade/UF], do Tribunal Regional Federal da ___ Região.

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

M. de S., brasileira, solteira, auxiliar de serviços gerais, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, RG nº X.XXX.XXX-X, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliada à Rua das Flores, nº 123, Bairro Centro, CEP 00000-000, [cidade/UF], vem, por intermédio de seu advogado (instrumento de mandato anexo), propor a presente AÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE RESTABELECIMENTO/CONCESSÃO DE PENSÃO POR MORTE VITALÍCIA em face do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, autarquia federal, inscrita no CNPJ sob o nº 29.979.036/0001-40, endereço eletrônico: [email protected], com sede na Rua Agenor de Souza, nº 100, Bairro Centro, CEP 00000-000, [cidade/UF].

3. DOS FATOS

A autora, M. de S., conviveu em união estável com o falecido J. B. dos S. até o seu falecimento, ocorrido em 24/04/2023, conforme certidão de óbito anexa. Após o óbito, requereu junto ao INSS o benefício de pensão por morte, apresentando documentação comprobatória da união estável e da dependência econômica, tais como registros no Sistema Único de Saúde (SUS), certidão de óbito, além de depoimentos testemunhais.

O INSS, contudo, concedeu o benefício de pensão por morte à autora por apenas 4 (quatro) meses, sob a alegação de ausência de provas suficientes para comprovar a convivência por período superior a 2 (dois) anos, exigência esta prevista para a concessão vitalícia do benefício, nos termos da legislação vigente.

A autora interpôs recurso administrativo, que foi provido pelo Conselho de Recursos da Previdência Social, reconhecendo sua qualidade de dependente, com base nos artigos 74 da Lei 8.213/91 e 16 e 22 do Decreto 3.048/99. Ainda assim, o INSS não procedeu ao restabelecimento/concessão da pensão por morte em caráter vitalício, razão pela qual se faz necessária a presente demanda judicial.

Ressalta-se que a autora preenche todos os requisitos legais para a concessão da pensão por morte vitalícia, tendo comprovado a união estável e a dependência econômica, conforme documentos e testemunhos já apresentados na via administrativa.

Diante da negativa administrativa, resta à autora buscar a tutela jurisdicional para ver reconhecido seu direito ao restabelecimento/concessão do benefício de pensão por morte em caráter vitalício, conforme determina a legislação previdenciária.

4. DO DIREITO

4.1. DA LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E DOS REQUISITOS PARA A PENSÃO POR MORTE

A pensão por morte é benefício previdenciário previsto no CF/88, art. 201, V, regulamentado pela Lei 8.213/91, art. 74, e pelo Decreto 3.048/99, arts. 16 e 22. O benefício é devido aos dependentes do segurado falecido, desde que comprovada a qualidade de dependente e o óbito do instituidor.

O art. 16 da Lei 8.213/91 define como dependente o companheiro ou companheira que comprove união estável e dependência econômica. O art. 74 da Lei 8.213/91 estabelece os requisitos para a concessão da pensão por morte, enquanto o art. 77 trata da duração do benefício, prevendo sua vitaliciedade ao cônjuge ou companheiro(a) que comprove união estável por mais de 2 anos e que, à data do óbito, tenha mais de 44 anos de idade, dentre outras hipóteses.

No caso em tela, a autora comprovou a convivência em união estável por período superior a 2 anos, bem como a dependência econômica, conforme documentação e testemunhos apresentados. A negativa do INSS, ao limitar o benefício a apenas 4 meses, viola o direito da autora, pois desconsidera as provas produzidas e o entendimento consolidado nos tribunais administrativos e judiciais.

4.2. DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

O direito à previdência social é garantia fundamental, nos termos do CF/88, art. 6º, e encontra fundamento no princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III). A proteção previdenciária visa assegurar o mínimo existencial e a manutenção da subsistência dos dependentes do segurado falecido.

O indeferimento ou restrição indevida do benefício afronta não apenas a legislação infraconstitucional, mas também o"'>...

Para ter acesso a íntegra dessa peça processual Adquira um dos planos de acesso do site, ou caso você já esteja cadastrado ou já adquiriu seu plano clique em entrar no topo da pagina:


Copyright LEGJUR
Todos os modelos de documentos do site Legjur são de uso exclusivo do assinante. É expressamente proibida a reprodução, distribuição ou comercialização destes modelos sem a autorização prévia e por escrito da Legjur.
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de ação previdenciária proposta por M. de S., objetivando o restabelecimento/concessão de pensão por morte vitalícia em face do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. A autora alega ter comprovado união estável e dependência econômica em relação ao falecido J. B. dos S., instituidor do benefício, tendo seu pedido administrativo deferido de forma restrita, com concessão do benefício apenas pelo período de 4 (quatro) meses, sob justificativa de ausência de provas suficientes da convivência por prazo superior a dois anos.

O recurso administrativo interposto foi provido no âmbito do Conselho de Recursos da Previdência Social, reconhecendo a qualidade de dependente da autora. Contudo, o INSS não procedeu à concessão/restabelecimento do benefício em caráter vitalício, razão pela qual se propôs a presente demanda.

II. Fundamentação

2.1. Dos Fatos e do Direito

O benefício da pensão por morte encontra amparo no CF/88, art. 201, V, sendo regulamentado pela Lei 8.213/91, especialmente nos seus arts. 16, 74 e 77, e pelo Decreto 3.048/99, arts. 16 e 22. O direito à pensão por morte aos dependentes do segurado falecido exige a demonstração da qualidade de dependente e do óbito do instituidor, nos termos da legislação vigente à data do falecimento (CF/88, art. 201, V).

Restou incontroverso nos autos que a autora comprovou a existência de união estável com o falecido por período superior a 2 (dois) anos, bem como a dependência econômica, por meio de documentos e testemunhas já acostados ao processo administrativo e judicial. A negativa administrativa, ao restringir o benefício a apenas 4 (quatro) meses, desconsidera a presunção de veracidade dos documentos e o entendimento consolidado no âmbito dos tribunais superiores.

Ressalta-se que, conforme o art. 77 da Lei 8.213/91, têm direito à pensão vitalícia o cônjuge ou companheiro que, ao tempo do óbito, comprove união estável superior a 2 anos e idade igual ou superior a 44 anos, entre outros requisitos.

Ademais, o direito à previdência social é garantia fundamental, nos termos do CF/88, art. 6º, e encontra fundamento no princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III). O indeferimento injustificado do benefício afronta os princípios constitucionais da legalidade, razoabilidade, isonomia e proteção social, pilares do sistema previdenciário brasileiro.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é uníssona no sentido de que a legislação a ser aplicada é a vigente à data do óbito do segurado, em observância ao princípio "tempus regit actum" (STF, Pleno, Rec. Ext. Acórdão/STF).

2.2. Do Devido Processo Legal e Fundamentação

O presente voto encontra-se devidamente fundamentado, conforme exige o CF/88, art. 93, IX, que determina que todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.

2.3. Do Conhecimento do Pedido

Verifico que estão presentes os pressupostos processuais e condições da ação, razão pela qual conheço do pedido formulado pela autora.

2.4. Da Procedência do Pedido

Diante do contexto fático-probatório e da legislação aplicável, entendo que a autora faz jus ao restabelecimento/concessão da pensão por morte em caráter vitalício, a partir da data do requerimento administrativo, com o pagamento das parcelas vencidas e vincendas, devidamente corrigidas.

A procedência do pedido se impõe, considerando-se o conjunto probatório e a observância aos princípios constitucionais e legais, não havendo óbice à concessão do benefício pleiteado.

2.5. Dos Honorários e Gratuidade da Justiça

Defiro o benefício da gratuidade da justiça à autora, nos termos do CPC/2015, art. 98, por ser pessoa hipossuficiente, e condeno o INSS ao pagamento de honorários advocatícios, nos termos do CPC/2015, art. 85.

III. Dispositivo

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado por M. de S. para:

  • Reconhecer a união estável e a dependência econômica da autora em relação ao falecido J. B. dos S.;
  • Determinar ao INSS o restabelecimento/concessão do benefício de pensão por morte em favor da autora, em caráter vitalício, a partir da data do requerimento administrativo;
  • Condenar o INSS ao pagamento das parcelas vencidas e vincendas, devidamente corrigidas;
  • Condenar o INSS ao pagamento de honorários advocatícios, nos termos do CPC/2015, art. 85;
  • Defiro à autora os benefícios da gratuidade da justiça (CPC/2015, art. 98).

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Cidade/UF], [data do julgamento].

______________________________________
Juiz Federal


solicite seu modelo personalizado

Solicite Seu Modelo de Peça Processual Personalizado!

Sabemos que cada processo é único e merece um modelo de peça processual que reflita suas especificidades. Por isso, oferecemos a criação de modelos de peças processuais personalizados, partindo de um modelo básico adaptável às suas exigências. Com nosso serviço, você tem a segurança de que sua documentação jurídica será profissional e ajustada ao seu caso concreto. Para solicitar seu modelo personalizado, basta clicar no link abaixo e nos contar sobre as particularidades do seu caso. Estamos comprometidos em fornecer a você uma peça processual que seja a base sólida para o seu sucesso jurídico. Solicite aqui

Outras peças semelhantes

Você está prestes a dar um passo crucial para aperfeiçoar a sua prática jurídica! Bem-vindo ao LegJur, seu recurso confiável para o universo do Direito.

Ao adquirir a assinatura do nosso site, você obtém acesso a um repositório completo de modelos de petição. Preparados por especialistas jurídicos com vasta experiência na área, nossos modelos abrangem uma ampla gama de situações legais, permitindo que você tenha uma base sólida para elaborar suas próprias petições, economizando tempo e garantindo a excelência técnica.

Mas a LegJur oferece muito mais do que isso! Com a sua assinatura, você também terá acesso a uma biblioteca abrangente de eBooks jurídicos, conteúdo atualizado de legislação, jurisprudência cuidadosamente selecionada, artigos jurídicos de alto nível e provas anteriores do Exame da Ordem. É tudo o que você precisa para se manter atualizado e preparado na sua carreira jurídica.

Na LegJur, temos o objetivo de fornecer as ferramentas essenciais para estudantes e profissionais do Direito. Quer você esteja se preparando para um processo, estudando para um concurso ou apenas buscando expandir seu conhecimento jurídico, a LegJur é a sua parceira confiável.

Investir na assinatura LegJur é investir na sua carreira, no seu futuro e no seu sucesso. Junte-se a nós e veja por que a LegJur é uma ferramenta indispensável no mundo jurídico.

Clique agora para fazer a sua assinatura e revolucione a maneira como você lida com o Direito. LegJur: seu parceiro para uma carreira jurídica brilhante.

Assine já e tenha acesso imediato a todo o conteúdo
Veja aqui o que o legjur pode lhe oferecer

Assinatura Mensal

Assine o LegJur e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos! Cancele a qualquer hora.

R$ 29,90

À vista

1 mês

Acesse o LegJur por 1 mês e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 39,90

Parcele em até 3x sem juros

3 meses

Equilave a R$ 39,96 por mês

Acesse o LegJur por 3 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 119,90

Parcele em até 6x sem juros

6 meses

Equilave a R$ 32,48 por mês

Acesse o LegJur por 6 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 194,90

Parcele em até 6x sem juros

12 meses + 2 meses de Brinde

Equilave a R$ 24,90 por mês

Acesse o LegJur por 1 ano e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 349,90

Parcele em até 10x sem juros

A cópia de conteúdo desta área está desabilitada, para copiar o conteúdo você deve ser assinante do site.