Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito contra Banco XYZ S.A. e Loja de Veículos Rápidos Ltda., com Pedido de Tutela de Urgência e Indenização por Danos Morais por Inscrição Indevida em Cadastros Restriti...

Publicado em: 13/06/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Modelo de petição inicial para ação declaratória de inexistência de débito cumulada com pedido de indenização por danos morais e tutela de urgência, proposta por consumidor contra instituições financeiras e empresa de veículos por cobrança indevida e negativação sem relação jurídica, fundamentada no Código de Defesa do Consumidor, Código Civil e princípios constitucionais, incluindo pedido de inversão do ônus da prova e produção de provas.
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AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de [Cidade]/[UF].

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. J. dos S., brasileiro, solteiro, engenheiro civil, portador do CPF nº 123.456.789-10, RG nº 12.345.678-9, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliado na Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, CEP 12345-678, [Cidade]/[UF], vem, por seu advogado (instrumento de mandato anexo), propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA em face de Banco XYZ S.A., inscrito no CNPJ sob nº 12.345.678/0001-99, endereço eletrônico: [email protected], com sede na Avenida das Américas, nº 2000, Bairro Centro, CEP 12345-000, [Cidade]/[UF], e Loja de Veículos Rápidos Ltda., inscrita no CNPJ sob nº 98.765.432/0001-55, endereço eletrônico: [email protected], com sede na Rua dos Automóveis, nº 50, Bairro Industrial, CEP 12345-999, [Cidade]/[UF], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

3. DOS FATOS

O Autor, pessoa idônea e de reputação ilibada, jamais manteve qualquer relação comercial, contratual ou de financiamento com a Ré Loja de Veículos Rápidos Ltda. tampouco com o Banco XYZ S.A.. Não obstante, foi surpreendido com cobranças insistentes, realizadas por meio de mensagens provenientes de números desconhecidos, referentes a suposta dívida de financiamento de veículo, da qual não é devedor.

Em decorrência dessas cobranças, o Autor realizou consulta aos órgãos de proteção ao crédito e constatou, estarrecido, a inscrição de seu nome nos cadastros restritivos, fato que lhe causou profundo abalo moral e prejuízo à sua honra. Imediatamente, buscou esclarecimentos junto ao banco Réu, apresentando reclamação administrativa, sem que houvesse solução para o problema.

Diante da persistência das cobranças e da manutenção da negativação, o Autor, temendo ser vítima de fraude, registrou boletim de ocorrência policial, relatando a suspeita de estelionato, já que jamais contratou qualquer financiamento de veículo com as Rés.

Ressalte-se que a conduta das Rés, ao inscrever indevidamente o nome do Autor nos cadastros de inadimplentes, sem qualquer relação jurídica subjacente, caracteriza ato ilícito, ensejando reparação pelos danos morais sofridos.

Assim, busca o Autor a tutela jurisdicional para ver declarada a inexistência do débito, a imediata exclusão de seu nome dos cadastros restritivos de crédito e a condenação das Rés ao pagamento de indenização por danos morais.

4. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

A presente demanda encontra amparo nos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da legalidade (CF/88, art. 5º, II), bem como nas normas infraconstitucionais que regem as relações de consumo e a responsabilidade civil.

Nos termos do CCB/2002, art. 186, aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. O art. 927 do mesmo diploma prevê o dever de reparar o dano.

O Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990), aplicável à hipótese por força do CDC, art. 2º e art. 3º, estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços, nos termos do CDC, art. 14, bastando a demonstração do dano e do nexo causal, independentemente de culpa.

O ônus da prova da existência da relação jurídica e da regularidade da inscrição é das Rés, conforme CPC/2015, art. 373, II, e CDC, art. 6º, VIII, sendo cabível a inversão do ônus probatório em favor do consumidor, parte hipossuficiente.

A inscrição indevida em cadastros de inadimplentes, sem comprovação de relação jurídica, configura dano moral in re ipsa, dispensando a demonstração do efetivo prejuízo, conforme entendimento consolidado do STJ (Súmula 479/STJ e Súmula 385/STJ).

Ademais, a manutenção da negativação, mesmo após reclamação administrativa e registro de boletim de ocorrência, agrava o ilícito e reforça o dever de indenizar.

Por fim, o pedido de tutela de urgência encontra respaldo no CPC/2015, art. 300, diante da probabilidade do direito e do perigo de dano irreparável à honra e ao crédito do Autor.

5. DO DIREITO

5.1. Da Inexistência de Relação Jurídica e do Débito

O Autor jamais celebrou contrato de financiamento de veículo com as Rés, inexistindo qualquer vínculo jurídico que justifique a cobrança e a inscrição de seu nome nos órgãos de proteção ao crédito. A ausência de relação contratual é corroborada pelo registro de boletim de ocorrência, pela inexistência de documentos assinados pelo Autor e pela ausência de entrega de veículo ou valores.

Nos termos do CCB/2002, art. 319, é direito do Autor obter declaração judicial de inexistência do débito, afastando qualquer pretensão de cobrança indevida.

5.2. Da Inscrição Indevida e do Dano Moral

A inscrição indevida do nome do Autor em cadastro de inadimplentes, sem respaldo em relação jurídica válida, constitui ato ilícito e enseja reparação por danos morais, nos termos do CCB/2002, art. 186 e art. 927, parágrafo único, bem como da Súmula 479/STJ.

O dano moral, nesses casos, é presumido (in re ipsa), sendo desnecessária a comprovação de prejuízo concreto, bastando a demonstração da negativação indevida (STJ, Súmula 385 e Súmula 479).

5.3. Da Responsabilidade Objetiva das Rés

As Rés respondem objetivamente pelos danos causados ao consumidor, nos termos do CDC, art. 14, sendo irrelevante a existência de culpa. A ausência de demonstração "'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de Ação Declaratória de Inexistência de Débito cumulada com Indenização por Danos Morais e Pedido de Tutela de Urgência proposta por A. J. dos S. em face de Banco XYZ S.A. e Loja de Veículos Rápidos Ltda..

Narra o Autor que jamais celebrou contrato de financiamento de veículo com as Rés, sendo surpreendido por cobranças indevidas e, posteriormente, pela inscrição de seu nome em cadastros restritivos de crédito. Alega, ainda, que mesmo após reclamação administrativa e registro de boletim de ocorrência, a negativação foi mantida, gerando-lhe abalo moral e prejuízo financeiro.

Requer, em síntese, a concessão de tutela de urgência para exclusão de seu nome dos cadastros negativos, declaração de inexistência do débito, indenização por danos morais, inversão do ônus da prova e demais consectários legais.

II. Fundamentação

1. Da Fundamentação Constitucional e Legal

O voto é proferido em estrita observância ao princípio do juiz fundamentador, previsto no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988: “Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões...”. A decisão deve ser pautada pelo devido processo legal (CF/88, art. 5º, LIV), dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e legalidade (CF/88, art. 5º, II).

2. Da Relação Jurídica e da Responsabilidade Civil

O Autor logrou demonstrar, por meio de boletim de ocorrência e ausência de documentos que comprovem a contratação, que não celebrou qualquer relação jurídica com as Rés. De outro lado, incumbia às Rés, nos termos do art. 373, II, do CPC/2015 e art. 6º, VIII, do CDC, a comprovação da existência da relação contratual e da regularidade da inscrição, o que não foi feito.

Conforme o art. 186 do Código Civil, “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”, e o art. 927 impõe o dever de indenizar.

O Código de Defesa do Consumidor, aplicável à hipótese, estabelece em seu art. 14 a responsabilidade objetiva do fornecedor pelos danos causados ao consumidor, sendo desnecessária a prova de culpa.

3. Da Inscrição Indevida e do Dano Moral

A inscrição indevida do nome do Autor em cadastros de inadimplentes, sem respaldo contratual, caracteriza dano moral in re ipsa, dispensando a demonstração do efetivo prejuízo, conforme entendimento pacífico do STJ (Súmulas 385 e 479).

A manutenção da restrição, mesmo após reclamação administrativa e registro policial, agrava o ilícito e reforça o dever de indenizar.

4. Da Tutela de Urgência

Presentes a probabilidade do direito (inexistência de relação jurídica e inscrição indevida) e o perigo de dano (abalo à honra e ao crédito), defere-se a tutela de urgência para imediata exclusão do nome do Autor dos cadastros restritivos, conforme art. 300 do CPC/2015.

5. Da Jurisprudência

A jurisprudência dos tribunais pátrios é firme no sentido de reconhecer o dever de indenizar em casos de inscrição indevida, inclusive fixando valores entre R$ 5.000,00 e R$ 10.000,00 (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Alexandre David Malfatti; Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Achile Alesina; e outros).

6. Da Fixação do Quantum Indenizatório

O valor do dano moral deve observar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, bem como a gravidade do dano e a finalidade pedagógica da medida. Entendo adequado fixar a indenização por danos morais em R$ 10.000,00 (dez mil reais), com correção monetária a partir do arbitramento e juros moratórios desde o evento danoso (Súmulas 54 e 362/STJ).

III. Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da CF/88, art. 186 e 927 do Código Civil, art. 14 do CDC e demais dispositivos legais, JULGO PROCEDENTES os pedidos para:

  1. Confirmar a tutela de urgência e determinar a exclusão imediata do nome do Autor dos cadastros de restrição ao crédito (SPC, SERASA, etc.), sob pena de multa diária de R$ 200,00, limitada a 30 dias;
  2. Declarar a inexistência do débito objeto da cobrança e da inscrição nos órgãos de proteção ao crédito;
  3. Condenar solidariamente as Rés ao pagamento de indenização por danos morais ao Autor, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), corrigidos monetariamente a partir desta sentença e acrescidos de juros de mora desde o evento danoso;
  4. Inverter o ônus da prova em favor do Autor, na forma do art. 6º, VIII, do CDC;
  5. Condenar as Rés ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 15% do valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

IV. Conhecimento do Recurso

Considerando o regular processamento do feito e a presença dos pressupostos processuais, conheço da ação e do recurso, caso interposto pelas Rés.

V. Conclusão

É como voto.


[Cidade], [data].

_______________________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito


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