Validade da Portaria Anistiadora e Manutenção da Execução Judicial na Ausência de Notificação Formal sobre Procedimento Revisional de Anistia Política
Publicado em: 18/09/2024 AdministrativoCivelTESE DOUTRINÁRIA EXTRAÍDA DO ACÓRDÃO:
Enquanto não houver a notificação formal do interessado acerca da instauração do procedimento revisional da anistia política, permanece válida a portaria anistiadora e exequível o título judicial dela decorrente, não se justificando a suspensão da execução.
COMENTÁRIO EXPLICATIVO
A decisão estabelece que a mera instauração de procedimento revisional, desacompanhada da devida notificação ao interessado, não tem o condão de suspender a execução do título judicial fundado em portaria de anistia política. O direito de defesa e o contraditório são pilares fundamentais do devido processo legal administrativo, razão pela qual a ausência de cientificação impede a paralisação do feito executivo. Trata-se de garantia processual mínima, cuja inobservância não pode prejudicar o exequente, sob pena de violação ao princípio da razoável duração do processo.
FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL
- CF/88, art. 5º, incisos LIV e LV (devido processo legal, contraditório e ampla defesa)
- CF/88, art. 5º, inciso LXXVIII (duração razoável do processo)
FUNDAMENTO LEGAL
- CPC/2015, art. 535, §4º (expedição de precatório de valor incontroverso)
- Lei 9.784/1999, art. 2º, inciso X (direito à ciência dos atos processuais administrativos)
SÚMULAS APLICÁVEIS
- Não consta súmula específica, mas a orientação guarda afinidade com precedentes do STF e do STJ sobre o tema da anistia política e garantia do devido processo legal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A tese reafirma a imprescindibilidade da notificação do interessado como condição de validade dos atos revisionais administrativos, conferindo segurança jurídica às relações decorrentes de anistia política. Possíveis reflexos futuros incluem a inibição de práticas administrativas procrastinatórias, resguardando o jurisdicionado contra a perpetuação indefinida do processo executivo e estimulando a eficiência da Administração Pública, sem prejuízo da observância dos direitos fundamentais processuais.
ANÁLISE CRÍTICA
O acórdão manifesta sólida argumentação jurídica ao priorizar o respeito ao contraditório e ao devido processo legal, fundamentos essenciais para a proteção do direito do administrado diante de revisões administrativas supervenientes. A decisão coíbe o uso de procedimentos administrativos como mecanismo de postergação do cumprimento de decisões judiciais, incentivando a celeridade e a efetividade processual. Assim, a tese contribui para o fortalecimento do Estado Democrático de Direito e para a estabilidade das relações jurídicas afetadas por decisões de anistia política. Na prática, limita a possibilidade de suspensão automática das execuções, exigindo atuação diligente e transparente da Administração.
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