Modelo de Recurso de Revista contra Decisão que Indeferiu Reconhecimento de Vínculo de Emprego em Caso de Pejotização

Publicado em: 22/03/2025 Trabalhista Processo do Trabalho
Recurso de Revista interposto por T. S. da S. perante o Tribunal Superior do Trabalho, com fundamento na CLT, art. 896, visando à reforma de decisão que indeferiu o reconhecimento de vínculo empregatício com Kalendae Soluções LTDA. O documento aborda a fraude conhecida como \\\"pejotização\\\", expõe os elementos do vínculo de emprego (subordinação, pessoalidade, habitualidade e onerosidade), apresenta fundamentos jurídicos baseados na CLT, art. 2º, CLT, art. 3º e CLT, art. 9º, e relembra a aplicação do princípio da primazia da realidade. Ademais, são trazidos precedentes jurisprudenciais que reforçam o entendimento de fraude trabalhista quando presentes os elementos da relação empregatícia. O recurso pleiteia o reconhecimento do vínculo, pagamento de verbas trabalhistas e condenação da empresa recorrida em honorários advocatícios.
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RECURSO DE REVISTA

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ___ REGIÃO

Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

Recorrente: T. S. da S.

Recorrido: Kalendae Soluções LTDA

PREÂMBULO

T. S. da S., brasileiro, solteiro, portador do CPF nº [INSERIR], residente e domiciliado em [INSERIR ENDEREÇO COMPLETO], por meio de seu advogado infra-assinado, com endereço profissional em [INSERIR ENDEREÇO COMPLETO], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento na CLT, art. 896, interpor o presente RECURSO DE REVISTA contra o acórdão proferido pelo Tribunal Regional do Trabalho da ___ Região, que negou provimento ao recurso ordinário interposto pelo Recorrente.

Requer, desde já, o regular processamento do presente recurso, com a remessa dos autos ao colendo Tribunal Superior do Trabalho, para que seja reformada a decisão recorrida, nos termos das razões a seguir expostas.

DAS RAZÕES DO RECURSO DE REVISTA

1. DOS FATOS

O Recorrente prestou serviços à Recorrida, Kalendae Soluções LTDA, no período de [INSERIR PERÍODO], inicialmente como empregado registrado em carteira de trabalho. Posteriormente, foi compelido a constituir pessoa jurídica (CNPJ) para continuar exercendo as mesmas funções, sob as mesmas condições de subordinação, pessoalidade, habitualidade e onerosidade.

Tal prática, conhecida como "pejotização", caracteriza-se pela utilização de pessoa jurídica para mascarar uma relação de emprego, com o objetivo de fraudar a legislação trabalhista e suprimir direitos do trabalhador.

O Recorrente ajuizou reclamação trabalhista pleiteando o reconhecimento do vínculo empregatício com a Recorrida, bem como o pagamento das verbas trabalhistas decorrentes. Contudo, o pedido foi indeferido em primeira instância e mantido pelo Tribunal Regional do Trabalho em sede de recurso ordinário, sob o fundamento de que não estariam presentes os elementos caracterizadores da relação de emprego.

2. DO DIREITO

O vínculo de emprego está definido na CLT, art. 2º e CLT, art. 3º, que estabelecem os requisitos da relação empregatícia: subordinação, pessoalidade, habitualidade e onerosidade. No presente caso, todos esses elementos estão presentes, conforme demonstrado nos autos.

A prática da "pejotização" foi utilizada pela Recorrida para mascarar a relação de emprego, configurando fraude trabalhista, nos termos da CLT, art. 9º, que dispõe: "Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação."

O princípio da primazia da realidade, amplamente reconhecido no Direito do Trabalho, determina que a realidade "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Segue a simulação de um voto do magistrado com base no documento jurídico apresentado, em formato HTML:

Simulação de Voto

RELATÓRIO

Trata-se de Recurso de Revista interposto por T. S. da S. contra a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da ___ Região, que manteve a improcedência do pedido de reconhecimento do vínculo empregatício entre o Recorrente e a Recorrida, Kalendae Soluções LTDA, sob o argumento de ausência de elementos caracterizadores da relação de emprego.

FUNDAMENTAÇÃO

1. Da análise dos fatos

O Recorrente alega que foi compelido a constituir pessoa jurídica para continuar a prestar serviços à Recorrida, mantendo, contudo, as mesmas condições de subordinação, pessoalidade, habitualidade e onerosidade, elementos caracterizadores do vínculo empregatício, conforme previsto na CLT, art. 2º e CLT, art. 3º.

A prática conhecida como \\\"pejotização\\\", descrita pelo Recorrente, visa mascarar a relação de emprego, configurando fraude trabalhista nos termos da CLT, art. 9º, o qual determina a nulidade de atos praticados com o objetivo de desvirtuar ou fraudar a aplicação da legislação trabalhista.

2. Do direito aplicável

A CLT, art. 2º e CLT, art. 3º, os requisitos para a configuração do vínculo empregatício: subordinação, pessoalidade, habitualidade e onerosidade. Verifica-se, a partir das provas constantes nos autos, que tais elementos estavam presentes na relação entre o Recorrente e a Recorrida.

O princípio da primazia da realidade, basilar no Direito do Trabalho, determina que a realidade dos fatos deve prevalecer sobre a forma contratual. Ainda que a contratação tenha sido formalizada por meio de pessoa jurídica, verifica-se que a relação de subordinação e demais elementos caracterizadores do vínculo empregatício estavam presentes.

Ademais, a conduta da Recorrida contraria o disposto na CLT, art. 9º, que prevê a nulidade de atos fraudulentos, configurando-se, portanto, a irregularidade na relação contratual mantida entre as partes.

3. Da jurisprudência

A jurisprudência consolidada do Tribunal Superior do Trabalho reconhece a prática da \\\"pejotização\\\" como fraude trabalhista, quando presentes os elementos caracterizadores do vínculo empregatício. Cito, por exemplo:

  • TST (3ª Turma) - RRAg 100168-73.2016.5.01.0041: \\\"Os dados fáticos constantes no acórdão regional permitem concluir que a prestação de serviços da Autora à Reclamada, por intermédio das empresas constituídas pela Reclamante, visava mascarar o vínculo empregatício anteriormente existente entre as partes, evidenciando-se nítida fraude trabalhista.\\\"
  • TST (8ª Turma) - RRAg 2-13.2021.5.10.0007: \\\"Constata-se, portanto, que o objetivo do reclamado não era tão somente a obrigação de resultado, situação típica dos contratos cíveis de prestação de serviços, mas controle, pessoalidade, onerosidade e subordinação jurídica (disciplina e exclusividade), pressupostos típicos do contrato de emprego.\\\"

Tais precedentes corroboram a tese de que a \\\"pejotização\\\" configura fraude, sendo cabível o reconhecimento do vínculo empregatício nas hipóteses em que os elementos da relação de emprego estejam presentes.

4. Do dispositivo constitucional

A CF/88, art. 7º, garante aos trabalhadores direitos fundamentais que visam à proteção da relação de emprego contra despedida arbitrária ou sem justa causa. A prática da \\\"pejotização\\\" afronta diretamente esses preceitos constitucionais, tornando imperiosa a atuação do Poder Judiciário para coibir tais práticas e assegurar a efetividade dos direitos trabalhistas.

CONCLUSÃO

Diante do exposto, conheço do Recurso de Revista interposto por T. S. da S., e, no mérito, dou-lhe provimento para reformar a decisão recorrida, reconhecendo o vínculo empregatício entre o Recorrente e a Recorrida no período de [INSERIR PERÍODO], com o consequente pagamento das verbas trabalhistas devidas, conforme requerido na inicial.

Determino, ainda, a condenação da Recorrida ao pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais, nos termos da legislação trabalhista vigente.

DISPOSITIVO

Assim, voto pela PROCEDÊNCIA do pedido formulado pelo Recorrente, com a reforma da decisão recorrida e o consequente reconhecimento do vínculo empregatício e das verbas trabalhistas devidas.

É como voto.

Esse é um exemplo de como o voto do magistrado poderia ser simulado, fundamentado na análise dos fatos, do direito, da jurisprudência e dos dispositivos constitucionais, culminando em uma decisão procedente ao pedido do Recorrente.


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