Modelo de Petição inicial para ação de usucapião especial urbana visando declaração de domínio de imóvel residencial urbano de 180m², com posse mansa, pacífica e ininterrupta, fundamentada na CF/88, art. 183 e CCB/2002, art. 1.240...
Publicado em: 21/05/2025 CivelProcesso Civil Direito ImobiliárioPETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO DE USUCAPIÃO URBANO
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Cível da Comarca de [inserir município/UF]
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
A. J. dos S., brasileiro, solteiro, pedreiro, portador do CPF nº 123.456.789-00, RG nº 12.345.678 SSP/UF, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliado na Rua das Flores, nº 123, Bairro Jardim das Palmeiras, Município de [inserir], Estado de [inserir], CEP 12345-678,
vem, por intermédio de seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), propor
AÇÃO DE USUCAPIÃO URBANO
em face de:
Réus Incertos e Eventuais Interessados, nos termos do CPC/2015, art. 259, parágrafo único, e demais confrontantes, cujas qualificações são as seguintes:
B. C. de S., brasileiro, casado, comerciante, CPF nº 234.567.890-11, endereço eletrônico: [email protected], residente na Rua das Palmeiras, nº 125, Bairro Jardim das Palmeiras, Município de [inserir], Estado de [inserir], CEP 12345-679;
C. F. da S. L., brasileiro, casado, aposentado, CPF nº 345.678.901-22, endereço eletrônico: [email protected], residente na Rua das Palmeiras, nº 121, Bairro Jardim das Palmeiras, Município de [inserir], Estado de [inserir], CEP 12345-677;
(Demais confrontantes e interessados, se houver, devidamente qualificados conforme levantamento registral e territorial).
3. DOS FATOS
O Autor exerce, desde o ano de 2014, a posse mansa, pacífica, ininterrupta e com animus domini sobre o imóvel urbano situado na Rua das Flores, nº 123, Bairro Jardim das Palmeiras, Município de [inserir], Estado de [inserir], com área total de 180 m², conforme planta e memorial descritivo anexos.
O imóvel, utilizado exclusivamente para moradia do Autor e de sua família, foi adquirido mediante compromisso verbal com o antigo possuidor, inexistindo, contudo, registro formal em cartório. Desde então, o Autor vem exercendo todos os poderes inerentes à propriedade, realizando benfeitorias, pagando tributos e contas de consumo, e mantendo o imóvel em perfeito estado de conservação.
Importante ressaltar que o Autor nunca foi proprietário de outro imóvel urbano ou rural, tampouco foi beneficiado anteriormente por usucapião especial urbana, conforme declaração anexa.
A posse do Autor jamais foi contestada ou interrompida por terceiros, inexistindo qualquer oposição concreta ou medida judicial que tenha obstado o exercício da posse, conforme atestam as testemunhas e documentos acostados.
O imóvel objeto da presente demanda encontra-se devidamente identificado por planta e memorial descritivo, elaborados por profissional habilitado, com a devida Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), nos termos da legislação vigente.
Diante da ausência de título hábil para registro e da consolidação da posse pelo prazo legal, busca o Autor a declaração do domínio por meio da presente ação de usucapião urbano, conforme previsto na CF/88, art. 183, CCB/2002, art. 1.240, e Lei 10.257/2001, art. 9º.
Resumo: O Autor exerce posse qualificada, contínua, pacífica e com ânimo de dono sobre imóvel urbano utilizado como moradia, preenchendo todos os requisitos legais para a aquisição da propriedade pela via da usucapião especial urbana.
4. DO DIREITO
4.1. Fundamentos Constitucionais e Legais
A usucapião especial urbana encontra amparo na CF/88, art. 183, que estabelece:
“Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.”
O CCB/2002, art. 1.240, reproduz a disciplina constitucional, exigindo: (i) posse mansa, pacífica e ininterrupta por cinco anos; (ii) área urbana não superior a 250 m²; (iii) destinação à moradia; (iv) inexistência de outro imóvel urbano ou rural em nome do possuidor.
O Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001, art. 9º) reforça a possibilidade de aquisição do domínio por usucapião especial urbana, detalhando os procedimentos e exigências documentais.
4.2. Procedimento e Documentação
Nos termos do CPC/2015, art. 319 e CPC/2015, art. 320, a petição inicial deve ser instruída com:
- Planta e memorial descritivo do imóvel, assinados por profissional habilitado, com ART;
- Certidões negativas de propriedade em nome do Autor, expedidas pelos Cartórios de Registro de Imóveis da comarca;
- Comprovantes de residência, contas de consumo e pagamento de IPTU;
- Declaração de que o imóvel é utilizado para moradia do Autor e de sua família;
- Relação e qualificação dos confrontantes e eventuais interessados.
4.3. Princípios Aplicáveis
O instituto da usucapião urbana concretiza o direito fundamental à moradia (CF/88, art. 6º), a dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e a função social da propriedade (CF/88, art. 5º, XXIII), promovendo a regularização fundiária e a justiça social.
4.4. Ônus da Prova
Compete ao Autor demonstrar o preenchimento dos requisitos legais (CPC/2015, art. 373, I), cabendo ao réu a prova de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito alegado (CPC/2015, art. 373, II).
Fechamento: O Autor preenche todos os requisitos legais e constitucionais para a aquisição d"'>...
Para ter acesso a íntegra dessa peça processual Adquira um dos planos de acesso do site, ou caso você já esteja cadastrado ou já adquiriu seu plano clique em entrar no topo da pagina:
Todos os modelos de documentos do site Legjur são de uso exclusivo do assinante. É expressamente proibida a reprodução, distribuição ou comercialização destes modelos sem a autorização prévia e por escrito da Legjur.