Modelo de Pedido de restituição de veículo apreendido em investigação criminal pelo proprietário, fundamentado no CPP art. 118 e 120, com comprovação de propriedade, licitude e ausência de interesse probatório
Publicado em: 18/06/2025 Direito Penal Processo PenalPEDIDO DE RESTITUIÇÃO DE BEM APREENDIDO
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de ___ do Tribunal de Justiça do Estado de ___.
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
Requerente: A. J. dos S., brasileiro, solteiro, motorista, portador do CPF nº 000.000.000-00, RG nº 0.000.000 SSP/UF, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliado na Rua das Acácias, nº 100, Bairro Centro, Cidade/UF, CEP 00000-000.
Advogado: M. F. de S. L., OAB/UF nº 00000, endereço eletrônico: [email protected], com escritório profissional na Rua dos Advogados, nº 200, Bairro Centro, Cidade/UF, CEP 00000-000.
Requerido: Ministério Público do Estado de ___, com endereço eletrônico institucional: [email protected], situado na Rua da Justiça, nº 500, Bairro Centro, Cidade/UF, CEP 00000-000.
3. DOS FATOS
O Requerente é legítimo proprietário do veículo automotor marca/modelo ___, placa ___, RENAVAM ___, devidamente quitado, sem qualquer restrição administrativa, financeira ou judicial, conforme documentação anexa.
Em ___/___/____, o referido veículo foi apreendido por ocasião de acidente de trânsito com vítima fatal, estando o bem, desde então, sob custódia do Poder Judiciário.
Ressalte-se que o automóvel já foi devidamente periciado pelas autoridades competentes, tendo sido extraídas todas as informações técnicas e elementos necessários à instrução do inquérito policial e eventual ação penal.
O Requerente não possui qualquer restrição quanto à propriedade do bem, tampouco há indícios de que o veículo tenha sido utilizado como instrumento para a prática de crime diverso do acidente em apuração.
Considerando que o veículo encontra-se em nome do Requerente, está quitado, não possui restrições e já foi objeto de perícia, não subsiste interesse na manutenção da apreensão, pois não há mais utilidade probatória para o deslinde do feito.
Diante desse cenário, busca-se a restituição do bem apreendido, nos termos da legislação vigente.
4. DO DIREITO
4.1. Fundamentos Legais
O Código de Processo Penal dispõe, em seu art. 118, que "antes de transitar em julgado a sentença final, as coisas apreendidas não poderão ser restituídas enquanto interessarem ao processo". Por sua vez, o art. 120 do CPP estabelece que a restituição poderá ser ordenada pelo juiz, mediante requerimento do interessado, desde que demonstrada a legitimidade da propriedade e a desnecessidade do bem para o processo.
No caso em tela, o veículo já foi devidamente periciado, não havendo mais interesse na sua manutenção como elemento probatório, preenchendo-se, assim, os requisitos legais para a restituição.
O Requerente comprovou a propriedade do bem e a licitude de sua origem, não havendo qualquer indício de que o veículo tenha sido adquirido com produto de crime ou utilizado como instrumento para a prática de delito, conforme exigido pelo CPP, art. 120 e CP, art. 91, II.
4.2. Princípios Constitucionais e Processuais
O princípio da legalidade (CF/88, art. 5º, II) impõe que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei. Assim, não havendo previsão legal para a manutenção da apreensão do bem após a cessação do interesse probatório, deve-se determinar sua restituição.
O princípio da propriedade (CF/88, art. 5º, XXII) assegura ao proprietário o direito de usar, gozar e dispor do seu bem, sendo a restrição a tal direito medida excepcional, somente admitida enquanto estritamente necessária à persecução penal.
O devido processo legal (CF/88, art. 5º, LIV) e o contraditório e ampla defesa (CF/88, art. 5º, LV) também orientam a atuação judicial, impedindo restrições desarrazoadas ou desproporcionais aos direitos do investigado ou acusado.
4.3. Requisitos do Pedido Inicial
Nos termos do CPC/2015, art. 319, a presente petição inicial preenche todos os requisitos legais: identificação do juízo, qualificação das partes, exposição dos fatos e fundamentos jurídicos, pedido com especificações, valor da causa (estimado em R$ ___, correspondente ao valor de mercado do veículo), provas pretendidas (documental, consistente nos documentos do veículo e laudo pericial), e opção pela não realização de audiência de conciliação/mediação, por se tratar de matéria de direito e de natureza criminal.
4.4. Hipóteses Práticas e Conceitos Aplicáveis
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