Modelo de Pedido de Relaxamento de Prisão Preventiva por Ilegalidade com Fundamentação Jurídica e Provas de Inocência – Caso de Estelionato
Publicado em: 20/03/2025 Direito Penal Processo PenalEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE URUAÇU/GO
Processo nº: _____________
A. N. V.
(qualificação completa: estado civil, profissão, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência),
por meio de seu advogado constituído, conforme instrumento de mandato anexo, com endereço profissional situado em ____________, onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPP, art. 5º, inciso LXV, e demais dispositivos aplicáveis, requerer o:
RELAXAMENTO DE PRISÃO
em favor do requerente, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
DOS FATOS
O requerente, A. N. V., encontra-se preso preventivamente sob a acusação de prática do crime de estelionato, previsto no CP, art. 171. Segundo a denúncia, A. teria utilizado o nome falso de "Paulo" para induzir a vítima, Allysson, a erro, obtendo vantagem ilícita no valor de R$ 6.500,00, transferido via Pix.
Contudo, a defesa demonstra que a conta bancária de A. foi clonada, sendo o verdadeiro beneficiário final da transação ilícita identificado como M. V. R. C.. O extrato bancário comprova que o valor recebido na conta clonada de A. foi imediatamente transferido para a conta de M. V., sem qualquer envolvimento direto ou doloso do requerente.
Ademais, A. possui residência fixa há 27 anos em Rio Verde/GO, onde exerce a profissão de barbeiro, jamais tendo visitado a cidade de Uruaçu, local dos fatos. Apesar dessas evidências, a investigação foi conduzida de forma incompleta, sem a devida quebra de sigilo bancário de M. V. R. C., o verdadeiro autor do delito.
Assim, a prisão preventiva de A. é manifestamente ilegal, desproporcional e carece de fundamentação idônea, violando os princípios constitucionais e processuais aplicáveis.
DO DIREITO
Nos termos do CPP, art. 5º, inciso LXV, "a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária". No presente caso, a prisão preventiva de A. N. V. é ilegal, uma vez que não estão presentes os requisitos autorizadores previstos no CPP, art. 312, quais sejam: garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e aplicação da lei penal.
Conforme demonstrado, Aniel não é o autor dos fatos imputados, sendo vítima de fraude bancária. A ausência de elementos concretos que vinculem o requerente ao crime afasta o fumus comissi delicti e o periculum libertatis, requisitos essenciais para a decretação da prisão preventiva.
Além disso, a investigação foi conduzida d"'>...