Modelo de Defesa Prévia em Ação Penal de Importunação Sexual com Pedido de Absolvição baseado no Princípio do In Dubio Pro Reo
Publicado em: 01/04/2025 Direito Penal Processo PenalEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE [CIDADE/ESTADO]
Processo nº: [Número do Processo]
PREÂMBULO
[Nome completo do acusado], nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº [número] e inscrito no CPF sob o nº [número], residente e domiciliado na [endereço completo], por intermédio de seu advogado infra-assinado, devidamente constituído conforme instrumento de mandato anexo, com endereço profissional na [endereço completo do advogado], onde receberá intimações e notificações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos autos da Ação Penal que lhe move o Ministério Público, apresentar sua DEFESA, com fulcro no CPP, art. 396, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
Consta na denúncia que o acusado teria, em [data], praticado ato libidinoso contra a vítima [nome da vítima], com o objetivo de satisfazer sua lascívia, configurando, em tese, o crime de importunação sexual, previsto no CP, art. 215-A. Segundo a narrativa acusatória, o fato teria ocorrido no interior de um transporte coletivo, onde o acusado teria encostado seu corpo na vítima de forma intencional.
O acusado, desde o início, nega veementemente a prática do ato imputado, afirmando que o contato ocorrido foi meramente acidental, em razão das condições do transporte coletivo, que estava lotado no momento dos fatos. Ademais, o acusado alega possuir problemas de saúde que podem ter contribuído para o ocorrido, conforme será demonstrado a seguir.
DO DIREITO
Inicialmente, cumpre destacar que o crime de importunação sexual, previsto no CP, art. 215-A, exige, para sua configuração, a prática de ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro. No entanto, no presente caso, não há provas suficientes que demonstrem, de forma inequívoca, a intenção do acusado de praticar o ato descrito na denúncia.
O princípio do in dubio pro reo, consagrado no CPP, art. 386, VII, determina que, na ausência de provas suficientes para a condenação, deve-se optar pela absolvição do acusado. No caso em tela, a palavra da vítima, embora relevante, não é corroborada por outros elementos probatórios que demonstrem a prática do ato libidinoso com a intenção de satisfazer a lascívia do acusado.
Ademais, o acusado apresenta problemas de saúde, como incontin�"'>...