Modelo de Ação de Obrigação de Fazer com Pedido de Indenização por Danos Morais contra Banco do Brasil por Irregularidades na Conta PASEP

Publicado em: 17/10/2024 CivelConsumidor
Petição inicial de ação judicial proposta por servidor público aposentado contra o Banco do Brasil S.A., visando a regularização de conta PASEP e a condenação por danos morais. O autor alega ausência de rendimentos e movimentações na conta, em violação ao Código de Defesa do Consumidor e ao Código Civil de 2002. O pedido inclui tutela provisória de urgência para apresentação de extratos completos, obrigação de fazer para correção da conta e indenização de R$ 10.000,00 pelos danos causados. Fundamentação jurídica baseada nos arts. 186 e 927 do CCB/2002, art. 14 do CDC e no Tema 1.150 do STJ.

PETIÇÃO INICIAL – AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Federal Cível da Subseção Judiciária de [CIDADE/UF]

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. J. dos S., brasileiro, casado, servidor público federal aposentado, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX e do RG nº X.XXX.XXX, residente e domiciliado na Rua [endereço completo], CEP XXXXX-XXX, na cidade de [cidade/UF], endereço eletrônico: [email protected], por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na [endereço do escritório], onde recebe intimações e notificações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

com fulcro nos arts. 186 e 927 do CCB/2002, art. 14 do CDC e arts. 319 e seguintes do CPC/2015, em face de

BANCO DO BRASIL S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 00.000.000/0001-91, com sede na Rua [endereço completo], CEP XXXXX-XXX, na cidade de [cidade/UF], endereço eletrônico: [email protected], pelos fatos e fundamentos que passa a expor.

3. DOS FATOS

O Autor é servidor público aposentado e titular de conta vinculada ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP, gerida exclusivamente pelo Banco do Brasil S.A., conforme determina a legislação de regência.

Ocorre que, ao solicitar os extratos de sua conta PASEP junto à instituição financeira ré, o Autor se deparou com a total ausência de lançamentos de rendimentos anuais, constando os extratos apresentados como totalmente zerados, sem qualquer movimentação ou atualização monetária, o que contraria frontalmente as disposições legais que regem a matéria.

Ressalte-se que o Autor jamais realizou qualquer saque ou movimentação na referida conta, tampouco foi informado sobre eventual encerramento ou transferência de valores. A omissão do Banco do Brasil em prestar informações adequadas e em lançar os rendimentos devidos configura falha grave na prestação do serviço, frustrando a legítima expectativa do Autor de usufruir dos valores acumulados ao longo de sua vida funcional.

Diante da negativa da instituição financeira em solucionar administrativamente a questão, não restou alternativa ao Autor senão buscar a tutela jurisdicional para ver reconhecido seu direito à correta atualização da conta PASEP, bem como à reparação pelos danos morais sofridos em razão da conduta ilícita da Ré.

4. DO DIREITO

A responsabilidade do Banco do Brasil pela gestão das contas vinculadas ao PASEP é reconhecida pelo ordenamento jurídico e pela jurisprudência pátria. Trata-se de relação de consumo, nos termos do CDC, art. 2º e art. 3º, sendo aplicável a responsabilidade objetiva prevista no art. 14 do CDC.

A omissão da instituição financeira em lançar os rendimentos anuais e manter a conta atualizada configura falha na prestação do serviço, nos termos do CDC, art. 14, ensejando o dever de indenizar, conforme previsto nos arts. 186 e 927 do CCB/2002.

A jurisprudência consolidada no Tema 1.150 do STJ reconhece a legitimidade passiva do Banco do Brasil nas ações que discutem irregularidades na gestão das contas PASEP, bem como a competência da Justiça Estadual ou Federal, a depender do polo passivo, e a incidência do prazo prescricional decenal (CCB/2002, art. 205), cujo te"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

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VOTO

Trata-se de Ação de Obrigação de Fazer cumulada com Indenização por Danos Morais proposta por A. J. dos S. em face do Banco do Brasil S.A., na qual o autor alega a inexistência de lançamentos de rendimentos em sua conta vinculada ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP, gerida pela instituição ré, apesar de nunca ter realizado movimentações ou saques na referida conta.

Alega o autor que a ausência de atualização e a omissão de informações por parte do Banco do Brasil configuram falha grave na prestação do serviço, infringindo dispositivos do Código de Defesa do Consumidor, do Código Civil e princípios constitucionais fundamentais, como a dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III).

I – Do Conhecimento

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço da ação ajuizada.

II – Do Mérito

O cerne da controvérsia reside na responsabilidade do réu quanto à correta gestão das contas PASEP vinculadas a servidores públicos, especialmente diante da ausência de lançamentos de rendimentos e da alegada omissão informacional.

Conforme jurisprudência consolidada no Tema 1.150 do Superior Tribunal de Justiça, é reconhecida a legitimidade passiva do Banco do Brasil para responder judicialmente por falhas na gestão dessas contas. A relação é de consumo, conforme arts. 2º e 3º do Código de Defesa do Consumidor, e a responsabilidade do fornecedor de serviços é objetiva (CDC, art. 14).

A ausência de lançamentos e a total inércia da instituição financeira em esclarecer a situação da conta PASEP do autor, mesmo após solicitação administrativa, demonstra falha na prestação do serviço, ensejando a obrigação de reparar os danos causados, nos termos dos arts. 186 e 927 do Código Civil.

Ressalte-se que não há qualquer prova nos autos de que o autor tenha realizado saques, ou que tenha sido informado de eventual encerramento da conta, tampouco há justificativa plausível por parte da instituição bancária para a ausência de movimentações. A frustração da legítima expectativa do autor em relação ao seu patrimônio, acumulado ao longo de sua vida funcional, configura ofensa à sua dignidade, ensejando reparação moral.

III – Da Fundamentação Constitucional

O presente voto é proferido em respeito ao princípio da motivação das decisões judiciais, conforme preceitua o art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que exige que todos os julgamentos do Poder Judiciário sejam fundamentados, sob pena de nulidade.

O caso concreto revela violação dos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, CF/88) e da eficiência da administração pública (art. 37, caput, CF/88), além dos direitos fundamentais à informação, à segurança jurídica e à proteção do consumidor.

IV – Da Jurisprudência Aplicável

A jurisprudência pátria tem reconhecido a responsabilidade do Banco do Brasil em casos análogos, conforme demonstram os seguintes julgados:

“APELAÇÃO CÍVEL. RELAÇÃO DE CONSUMO. OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZATÓRIA. SAQUES INDEVIDOS NA CONTA PASEP. [...] FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. RESTITUIÇÃO DOS VALORES SACADOS. DANO MORAL CONFIGURADO.” – TJRJ, 15ª Câmara Cível, Apelação Acórdão/TJRJ.
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MATERIAL E MORAL. PASEP. APLICAÇÃO DO TEMA 1150/STJ. [...] POSSUI O BANCO DO BRASIL LEGITIMIDADE PARA FIGURAR NO POLO PASSIVO DESTA DEMANDA. [...] AUSÊNCIA DE PROVA MÍNIMA DO DIREITO ALEGADO.” – TJRJ, 12ª Câmara Cível, Apelação Acórdão/TJRJ.

V – Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento no art. 93, IX da CF/88, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido para:

  1. Condenar o Banco do Brasil S.A. à obrigação de fazer consistente na apresentação, no prazo de 15 (quinze) dias, dos extratos completos da conta PASEP do autor, desde sua abertura até a presente data, com todos os lançamentos, rendimentos, juros e correções monetárias;
  2. Condenar o Banco do Brasil S.A. a proceder à regularização da conta PASEP do autor, com a devida atualização dos valores de acordo com os índices legais;
  3. Condenar o réu ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), corrigido monetariamente a partir desta decisão e acrescido de juros legais a contar do evento danoso;
  4. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Cidade], [Data].

_______________________________________
Juiz Federal


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Petição inicial de ação judicial proposta por servidor público contra o Banco do Brasil, visando à regularização de valores devidos na conta vinculada ao PASEP, atualização monetária e reparação por danos morais. Fundamentada no Código de Defesa do Consumidor, Código Civil e jurisprudência relevante, a ação requer a condenação do banco por falhas na prestação de serviço, saques indevidos e ausência de atualização monetária. Inclui pedidos de justiça gratuita, provas documentais e testemunhais, além de indenização no valor de R$ 10.000,00.

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Petição inicial de Ação de Obrigação de Fazer cumulada com Pedido de Indenização por Danos Materiais e Morais, proposta por titular de conta PASEP contra o Banco do Brasil S/A. A ação questiona irregularidades na gestão da conta, como desfalques, ausência de atualização monetária e falhas na aplicação de rendimentos, com fundamento na Lei Complementar nº 8/1970, no Código Civil de 2002 (arts. 186 e 422), no CPC/2015 e no entendimento do STJ sobre o prazo prescricional de 10 anos para ressarcimento. Requer-se a recomposição dos valores desviados, indenização por danos morais e outras medidas.

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