Modelo de Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenização por Danos Morais e Materiais por Vício Oculto em Veículo Usado Adquirido de Particular, com Pedido de Ressarcimento e Reparação judicial contra o Réu
Publicado em: 04/06/2025 CivelProcesso CivilPETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de [Cidade/UF]
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
A. J. dos S., brasileiro, solteiro, comerciante, portador do CPF nº 000.000.000-00, RG nº 0.000.000-0, endereço eletrônico [email protected], residente e domiciliado na Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, CEP 00000-000, [Cidade/UF], por seu advogado (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS
em face de M. F. de S. L., brasileiro, casado, autônomo, portador do CPF nº 111.111.111-11, RG nº 1.111.111-1, endereço eletrônico [email protected], residente e domiciliado na Avenida das Palmeiras, nº 200, Bairro Jardim, CEP 11111-111, [Cidade/UF], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
3. DOS FATOS
O Autor adquiriu do Réu, em 10/04/2025, um veículo marca Chevrolet S/10, ano 2010, mediante contrato particular de compra e venda, pelo valor de R$ 70.000,00 (setenta mil reais). O negócio foi realizado de boa-fé, tendo o Autor confiado nas informações prestadas pelo Réu acerca do estado de conservação do automóvel.
Contudo, após apenas um mês da aquisição, o veículo passou a apresentar graves problemas mecânicos, tornando-se inservível para o uso regular. O Autor foi compelido a realizar diversos reparos, totalizando despesas no montante de R$ 11.308,00 (onze mil, trezentos e oito reais), conforme notas fiscais anexas.
O Autor prontamente comunicou o Réu acerca dos vícios ocultos detectados, solicitando o ressarcimento dos valores despendidos ou, alternativamente, a reparação do veículo. Todavia, o Réu recusou-se a assumir qualquer responsabilidade, deixando o Autor no prejuízo.
Ressalte-se que o vício oculto manifestou-se em prazo exíguo após a aquisição, não sendo possível ao Autor detectá-lo previamente, mesmo com a adoção das cautelas razoáveis para um negócio dessa natureza.
Diante da negativa do Réu em solucionar a questão de forma amigável, não restou alternativa ao Autor senão buscar a tutela jurisdicional para ver reconhecidos seus direitos, inclusive quanto à reparação dos danos materiais e morais sofridos.
Resumo: O Autor adquiriu veículo usado de particular, o qual apresentou vício oculto em curto prazo, gerando despesas consideráveis e abalo moral, sem solução extrajudicial pelo Réu.
4. DO DIREITO
4.1. DA RESPONSABILIDADE PELOS VÍCIOS OCULTOS
O caso versa sobre vício oculto em veículo adquirido de particular, situação que, embora não configure relação típica de consumo, atrai a incidência das normas do Código Civil, especialmente quanto à responsabilidade por vícios redibitórios (CCB/2002, arts. 441 a 446).
O Autor somente tomou conhecimento dos defeitos após a tradição do bem, tratando-se de vícios ocultos, ou seja, defeitos não aparentes e de difícil constatação à época da compra. O CCB/2002, art. 441, prevê que o adquirente pode rejeitar a coisa ou reclamar abatimento do preço, se os defeitos ocultos a tornarem imprópria ao uso a que se destina.
O prazo para reclamar por vício oculto é de 30 dias para bens móveis (CCB/2002, art. 445, §1º), contado da ciência inequívoca do defeito, o que, no caso, ocorreu dentro do prazo legal.
4.2. DA OBRIGAÇÃO DE FAZER
O Réu descumpriu obrigação contratual de entregar bem em condições de uso, devendo responder pela reparação dos vícios, seja mediante conserto do veículo, seja pelo ressarcimento dos valores gastos pelo Autor (CCB/2002, art. 475).
4.3. DOS DANOS MATERIAIS
Os danos materiais restaram comprovados pelas notas fiscais anexas, totalizando R$ 11.308,00, valor este que deve ser ressarcido ao Autor (CCB/2002, art. 927).
4.4. DOS DANOS MORAIS
A privação do uso do veículo, aliado ao desgaste emocional e à frustração decorrentes da conduta omissiva do Réu, ultrapassa o mero aborrecimento cotidiano, configurando dano moral indenizável, conforme entendimento consolidado na jurisprudência (CF/88, art. 5º, X).
4.5. DOS PRINCÍPIOS APLICÁVEIS
São aplicáveis ao caso os princípios da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422), da função social do contrato e da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), que impõem às partes o dever de lealdade e cooperação, bem como o respeito aos direitos fundamentais do consumidor e do cidadão.
Fechamento: O conjunto normativo e principiológico evidencia o direito do Autor à reparação integral dos danos sofridos, materiais e morais, bem como à tutela específica para que o Réu promova a reparação do veículo ou ressarça as despesas realizadas.
5. JURISPRUDÊNCIAS
1. TJSP (28ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível 1009110-45.2020.8.26.0506 - Ribeirão Preto - Rel.: Des. Eduardo Gesse - J. em 11/12/2024"'>...
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