Modelo de Ação de Manutenção de Posse ajuizada por A. J. dos S. L. LTDA contra N. S. F. para garantir posse mansa e pacífica de sala comercial e uso de vagas de estacionamento, com pedido de tutela de urgência com base no CP...
Publicado em: 18/06/2025 CivelProcesso CivilAÇÃO DE MANUTENÇÃO DE POSSE
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara Cível da Comarca de __,
Tribunal de Justiça do Estado.
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
A. J. dos S. L. LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 12.345.678/0001-90, com sede à Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, CEP 12345-678, Cidade/UF, endereço eletrônico: [email protected], neste ato representada por seu sócio administrador A. J. dos S., brasileiro, casado, empresário, portador do CPF nº 123.456.789-00, residente e domiciliado à Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, CEP 12345-678, Cidade/UF, endereço eletrônico: [email protected],
por seu advogado infra-assinado (procuração anexa), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor
AÇÃO DE MANUTENÇÃO DE POSSE
em face de N. S. F., brasileira, divorciada, proprietária de imóvel, portadora do CPF nº 987.654.321-00, residente e domiciliada à Rua das Palmeiras, nº 200, Bairro Centro, CEP 12345-678, Cidade/UF, endereço eletrônico: [email protected],
pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
3. DOS FATOS
A parte autora exerce, há mais de 20 (vinte) anos, a posse mansa, pacífica e ininterrupta de sala comercial situada no prédio localizado à Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, nesta cidade, onde desenvolve atividade de ensino de dança, reconhecida e consolidada na região.
O contrato de locação inicial foi firmado com o então proprietário, J. S. F., esposo da ré, sendo que, após a separação do casal, N. S. F. assumiu a administração do imóvel, reconhecendo a continuidade da locação e da posse pela autora. Ressalte-se que, apesar da ausência de regularização formal do contrato após a separação e da inexistência de habite-se do prédio, a posse da autora sempre foi exercida de forma pacífica e com ciência da proprietária, tendo inclusive realizado diversas benfeitorias no imóvel, como instalação de grades de ferro, pinturas externas e melhorias para conforto e segurança dos clientes.
Recentemente, a ré comunicou sua intenção de residir na parte residencial do imóvel e, de forma unilateral, proibiu a autora de utilizar as vagas de estacionamento para os clientes, restringindo o uso apenas a si e seus familiares. Além disso, ameaçou encerrar a locação e retirar a autora do imóvel, caso não acatasse as novas restrições, criando clima de instabilidade e turbação à posse da autora, que depende do estacionamento para a manutenção de sua clientela e continuidade da atividade comercial.
Destaca-se que a autora não dispõe de alternativa imediata para transferência de suas atividades, dada a necessidade de espaço adequado, valores compatíveis e a importância do ponto comercial consolidado ao longo de duas décadas.
Assim, diante da ameaça concreta e injusta à posse, busca-se a tutela jurisdicional para a manutenção da posse e o restabelecimento do pleno exercício dos direitos possessórios.
4. DO DIREITO
4.1. DA TUTELA POSSESSÓRIA E DOS REQUISITOS LEGAIS
A ação de manutenção de posse tem previsão expressa no CPC/2015, arts. 560 e 561, que asseguram ao possuidor turbado o direito de ser mantido na posse, desde que demonstre: (i) a posse, (ii) a turbação praticada pelo réu, (iii) a data da turbação e (iv) a continuidade da posse, ainda que turbada.
No presente caso, a autora comprova o exercício da posse há mais de 20 anos, a turbação perpetrada pela ré ao restringir o uso do estacionamento e ameaçar a continuidade da locação, bem como a data dos fatos, ocorridos recentemente, e a manutenção da posse, ainda que sob ameaça.
Ressalte-se que, conforme CCB/2002, art. 1.196, considera-se possuidor aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade, sendo irrelevante a discussão sobre a regularidade do contrato ou do habite-se para fins de proteção possessória.
4.2. DA FUNÇÃO SOCIAL DA POSSE E DOS PRINCÍPIOS APLICÁVEIS
A posse, além de direito real, cumpre relevante função social, especialmente quando vinculada à atividade econômica e geração de emprego e renda, como no caso da autora, que mantém escola de dança reconhecida na comunidade local (CF/88, art. 170, III).
O princípio da boa-fé objetiva também orienta as relações possessórias, impondo às partes o dever de lealdade e confiança recíproca (CCB/2002, art. 422), sendo inadmissível que a ré, após anos de anuência, venha a restringir direitos essenciais ao exercício da posse, sem justa causa ou prévia negociação.
4.3. DA ADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA E DA FUNGIBILIDADE DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS
A ação de manutenção de posse é adequada para a proteção do direito invocado, sendo irrelevante a titularidade do domínio, conforme entendimento consolidado na jurisprudência (vide seção de Jurisprudências). Ademais, o CPC/2015, art. 554 p"'>...
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