Modelo de Petição Inicial de Ação de Divórcio Consensual sem Filhos e sem Bens – Pedido de Decretação do Divórcio, Retorno ao Nome de Solteiro e Dispensa de Conciliação
Publicado em: 20/11/2024 FamiliaPETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de ____________ – Tribunal de Justiça do Estado.
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
A. J. dos S., brasileiro, casado, profissão ____________, portador do CPF nº ____________, RG nº ____________, endereço eletrônico: ____________, residente e domiciliado à Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, CEP ____________, Cidade/UF, e M. F. de S. L., brasileira, casada, profissão ____________, portadora do CPF nº ____________, RG nº ____________, endereço eletrônico: ____________, residente e domiciliada à Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, CEP ____________, Cidade/UF, vêm, por intermédio de seu advogado (instrumento de mandato anexo), com fulcro no CF/88, art. 226, §6º, CCB/2002, art. 1.571 e CPC/2015, art. 319, propor a presente:
AÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL
em face de si próprios, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
3. DOS FATOS
Os requerentes contraíram matrimônio em ___/___/____, sob o regime de comunhão parcial de bens, conforme certidão de casamento anexa. Durante o casamento, não adquiriram quaisquer bens a serem partilhados, inexistindo patrimônio comum.
Ressalte-se que o casal não possui filhos, menores ou incapazes, frutos da união, inexistindo, portanto, questões relativas à guarda, alimentos ou visitas a serem dirimidas.
Ambos, de comum acordo e de forma livre e consciente, decidiram pela dissolução do vínculo matrimonial, manifestando expressamente a vontade de se divorciarem, retornando aos nomes de solteiros, conforme faculdade prevista no CCB/2002, art. 1.571, §2º.
Não há pendências financeiras, patrimoniais ou de qualquer outra natureza entre os requerentes, que mantêm relação cordial e respeitosa, pautada pela boa-fé e pelo mútuo respeito, princípios que norteiam o direito de família.
Assim, buscam a tutela jurisdicional para a decretação do divórcio consensual, nos termos da legislação vigente.
4. DO DIREITO
O direito ao divórcio é assegurado constitucionalmente, sendo direito potestativo dos cônjuges, bastando a manifestação de vontade de um ou de ambos para a dissolução do vínculo matrimonial, conforme dispõe a CF/88, art. 226, §6º:
“O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.”
Com a redação dada pela Emenda Constitucional 66/2010, não há mais necessidade de prévia separação judicial ou de fato, tampouco de indicação de motivo, bastando o pedido para que o divórcio seja decretado, como reconhecido pelo Superior Tribunal de Justiça e pelos tribunais estaduais.
O CCB/2002, art. 1.571 prevê que a sociedade conjugal termina pelo divórcio, sendo facultado ao cônjuge divorciado optar pela retomada do nome de solteiro (CCB/2002, art. 1.571, §2º).
O CPC/2015, art. 319 estabelece os requisitos da petição inicial, todos devidamente observados nesta peça, inclusive a opção pela audiência de conciliação, que, no caso de divórcio consensual, pode ser dispensada, dada a inexistência de litígio.
O princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e o princípio da autonomia da vontade fundamentam a liberdade dos cônjuges em decidir sobre a manutenção ou dissolução do casamento, cabendo ao Estado apenas homologar a vontade manifestada.
Não havendo bens a partilhar, nem filhos menores ou incapazes, a presente ação se limita à decretação do divórcio e ao retorno dos cônjuges aos nomes de solteiros, não havendo outras questões a serem apreciadas.
Por fim, a jurisprudência consolidada reconhece a simplicidade e a celeridade do procedimento de divórcio, especialmente quando consensual, dispensando maiores formalidades ou exigências.
5. JURISPRUDÊNCIAS
STJ (4ª T.) - RECURSO ESPECIAL 2.022.649 - MA - Rel.: Min. Antonio Carlos Ferreira - J. em 16/05/2024 - DJ 21/05/2024
“Após a edição da Emenda Constitucional 66/2010 é possível a dissolução do casamento pelo divórcio independentemente de condições e exigências de ordem temporal previstas na Constituição ou por ela autorizadas, passando a constituir direito potestativo dos cônjuges, cujo exercício decorre exclusivamente da manifestação de vontade de seu titul"'>...
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