Modelo de Petição de quitação plena e renúncia expressa de direitos trabalhistas pelo reclamante em acordo homologado judicialmente com a empresa XYZ Ltda., conforme arts. 855-B a 855-E da CLT
Publicado em: 16/06/2025 Trabalhista Processo do TrabalhoPETIÇÃO DE QUITAÇÃO E RENÚNCIA DE DIREITOS
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da __ Vara do Trabalho da Comarca de [Cidade/UF] — Tribunal Regional do Trabalho da [Região Competente]
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
Reclamante: A. J. dos S., brasileiro, estado civil [informar], profissão [informar], portador do CPF nº [informar], residente e domiciliado na [endereço completo], endereço eletrônico: [e-mail].
Reclamada: Empresa XYZ Ltda., inscrita no CNPJ sob nº [informar], com sede na [endereço completo], endereço eletrônico: [e-mail].
Advogado do Reclamante: M. F. de S. L., OAB/[UF] nº [informar], endereço eletrônico: [e-mail].
Advogado da Reclamada: C. E. da S., OAB/[UF] nº [informar], endereço eletrônico: [e-mail].
3. EXPOSIÇÃO DOS FATOS
Em 16/08/2021, foi firmado acordo judicial entre A. J. dos S. (Reclamante) e Empresa XYZ Ltda. (Reclamada), visando à rescisão do contrato de trabalho então existente. O acordo estabeleceu o pagamento de verbas rescisórias em 26 parcelas mensais, das quais o Reclamante recebeu integralmente as 10 primeiras, renunciando expressamente às demais parcelas vincendas, conforme pactuado e homologado judicialmente.
O termo do acordo, homologado por este juízo, previu expressamente que o Reclamante e seu advogado teriam o prazo de cinco dias úteis, após o vencimento da última parcela, para informar eventual inadimplemento, sob pena de quitação plena. Ressalta-se que os honorários advocatícios foram integralmente quitados nas datas avençadas.
Decorrido o prazo estipulado, não houve manifestação do Reclamante ou de seu patrono quanto a eventual inadimplemento, restando, portanto, caracterizada a quitação plena do acordo, nos termos ajustados.
Diante do adimplemento das obrigações e da ausência de vícios de vontade, manifesta-se a parte Reclamante, por meio desta, pela quitação e renúncia de direitos relativos ao contrato de trabalho objeto da presente demanda, nada mais tendo a reclamar, a qualquer título, em face da Reclamada.
4. DO DIREITO
4.1. FUNDAMENTOS LEGAIS E CONSTITUCIONAIS
O acordo firmado entre as partes encontra respaldo nos arts. 855-B a 855-E da CLT, introduzidos pela Lei 13.467/2017, que disciplinam o procedimento de jurisdição voluntária para homologação de acordos extrajudiciais na Justiça do Trabalho. O CLT, art. 855-B, exige a presença de advogados distintos para as partes, o que foi rigorosamente observado no presente caso.
Nos termos do CCB/2002, art. 104, são requisitos de validade do negócio jurídico: agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável, e forma prescrita ou não defesa em lei. Todos esses requisitos foram atendidos, não havendo qualquer vício de consentimento, fraude ou coação.
O CPC/2015, art. 487, III, "b", prevê a extinção do processo com resolução do mérito quando as partes transigem, como no presente caso.
Ademais, a CF/88, art. 5º, XXXVI, assegura a observância do ato jurídico perfeito, princípio este que se aplica à transação judicial regularmente homologada.
4.2. DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Quitação é o ato jurídico pelo qual se extingue a obrigação, em razão do cumprimento da prestação devida. Renúncia de direitos consiste na abdicação voluntária de direitos disponíveis, sendo plenamente admitida no âmbito das relações trabalhistas, desde que observados os requisitos legais e a inexistência de vícios de vontade.
O instituto da transação (CCB/2002, art. 840) é o meio pelo qual as partes previnem ou terminam litígios mediante concessões mútuas, sendo plenamente aplicável ao Direito do Trabalho, especialmente após a Reforma Trabalhista.
4.3. PRINCÍPIOS JURÍDICOS RELEVANTES
O princípio da autonomia da vontade, aliado à boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422), fundamenta a validade dos negócios jurídicos celebrados livremente entre as partes, desde que não haja afronta à ordem pública ou a direitos indisponíveis.
O princípio da segurança jurídica exige que os acordos regularmente firmados e homologados tenham seus efeitos respeitados, garantindo estabilidade às relações jurídicas e evitando a perpetuação de litígios.
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