Modelo de Contrarrazões à Apelação em Ação Declaratória de Inexistência de Débito com Pedido de Indenização por Danos Morais e Materiais: Descontos Indevidos em Benefício Previdenciário, Aplicação do CDC e Devolução em Dobro

Publicado em: 19/11/2024 CivelConsumidor
Modelo completo de contrarrazões ao recurso de apelação em ação declaratória de inexistência de débito cumulada com pedido de indenização por danos morais e materiais, movida por aposentado contra associação de aposentados. O documento aborda descontos não autorizados em benefício previdenciário, defende a aplicação do Código de Defesa do Consumidor (CDC), pleiteia a devolução em dobro dos valores descontados, manutenção da condenação em danos morais, impugna o pedido de assistência judiciária gratuita à ré e sustenta a manutenção integral da sentença de primeira instância. Inclui fundamentação jurídica, jurisprudências relevantes, pedidos e requerimentos finais.

CONTRARRAZÕES AO RECURSO DE APELAÇÃO

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe – Comarca de Aracaju/SE

2. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES E DO PROCESSO

Processo nº: 202411301204
Apelante/Recorrente: ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS NACIONAL – AAPEN, inscrita no CNPJ sob nº 07.508/0001-50, com sede na Avenida Santos Dumont, nº 2849, 701, bairro Aldeota, CEP 60.150-165, Fortaleza/CE, endereço eletrônico: [email protected].
Apelado/Recorrido: J. F. A. V., brasileiro, aposentado, portador do CPF nº 123.456.789-00, residente e domiciliado na Rua das Flores, nº 100, bairro Centro, CEP 49000-000, Aracaju/SE, endereço eletrônico: [email protected].
Vara de Origem: 13ª Vara Cível da Comarca de Aracaju/SE

3. SÍNTESE DO CASO

Trata-se de ação declaratória de inexistência de débito cumulada com pedido de indenização por danos morais e materiais ajuizada por J. F. A. V. em face da ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS NACIONAL – AAPEN. O autor alegou desconhecer qualquer vínculo associativo com a ré, bem como não ter autorizado descontos em seu benefício previdenciário, postulando a declaração de inexistência de débito, repetição em dobro dos valores descontados e indenização por danos morais.
A sentença de primeiro grau julgou procedentes os pedidos, determinando a devolução em dobro dos valores descontados e condenando a ré ao pagamento de R$ 3.000,00 a título de danos morais.
Inconformada, a ré interpôs recurso de apelação, alegando, em síntese: (i) direito à assistência judiciária gratuita; (ii) inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor (CDC); (iii) impossibilidade de restituição em dobro; (iv) descabimento da indenização por danos morais; e (v) subsidiariamente, a redução do quantum indenizatório.

4. TEMPESTIVIDADE E ADMISSIBILIDADE

As presentes contrarrazões são tempestivas, pois apresentadas dentro do prazo legal previsto no CPC/2015, art. 1.003, §5º, e são plenamente admissíveis, uma vez que a parte recorrida foi devidamente intimada para apresentar sua manifestação, estando presentes todos os pressupostos processuais de regularidade formal, legitimidade e interesse recursal.

5. DOS FATOS

O autor, J. F. A. V., aposentado, percebeu descontos mensais em seu benefício previdenciário, realizados em favor da ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS NACIONAL – AAPEN, sem que jamais tenha firmado qualquer termo de associação ou autorizado tais descontos. Diante da ausência de relação jurídica e da indevida subtração de valores de verba de natureza alimentar, ingressou com a presente demanda.
A ré, em contestação, alegou regularidade dos descontos, ausência de relação de consumo e inexistência de dano moral, além de pleitear a restituição simples dos valores, caso reconhecida a ilegalidade dos descontos.
A sentença reconheceu a inexistência de vínculo associativo, determinou a devolução em dobro dos valores descontados e condenou a ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 3.000,00.
A ré interpôs apelação, reiterando seus argumentos e requerendo, em última análise, a redução do valor indenizatório.

6. DO DIREITO

6.1 DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

A relação entre o autor e a associação ré é de consumo, pois envolve a prestação de serviços mediante remuneração, enquadrando-se no conceito de serviço previsto no CDC, art. 3º, §2º. O entendimento jurisprudencial é pacífico no sentido de que associações que realizam descontos em benefícios previdenciários de aposentados e pensionistas, sem autorização expressa, submetem-se às normas protetivas do CDC.
A vulnerabilidade do consumidor, especialmente quando se trata de pessoa idosa, é reforçada pelo CDC, art. 6º, III, e pelo princípio da hipossuficiência, devendo ser reconhecida a aplicação do diploma consumerista ao caso concreto.

6.2 DA INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA E DA ILEGALIDADE DOS DESCONTOS

Restou incontroverso nos autos que o autor não anuiu à contratação com a ré, tampouco autorizou descontos em seu benefício previdenciário. O ônus da prova quanto à existência de relação jurídica válida e regular cabia à associação ré, nos termos do CPC/2015, art. 373, II, ônus do qual não se desincumbiu.
A ausência de prova inequívoca da contratação e da autorização dos descontos caracteriza a ilegalidade da cobrança, impondo-se a declaração de inexistência de débito e a devolução dos valores descontados.

6.3 DA DEVOLUÇÃO EM DOBRO DOS VALORES DESCONTADOS

O CDC, art. 42, parágrafo único, estabelece que o consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, salvo engano justificável. No caso, não há qualquer elemento que demonstre engano justificável por parte da ré, sendo de rigor a restituição em dobro dos valores descontados, conforme reiterada jurisprudência.
O entendimento do STJ e dos Tribunais de Justiça é no sentido de que, ausente prova de erro justificável, a devolução deve ser em dobro, como medida de desestímulo à conduta ilícita e proteção do consumidor.

6.4 DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

O desconto indevido em benefício previdenciário, verba de natureza alimentar, configura lesão a direito da personalidade, ensejando dano moral indenizável, nos termos do CCB/2002, art. 186 e art. 927. A jurisprudência reconhece que a indevida subtração de valores de aposentados e pensionistas, sem autorização, extrapola o mero aborrecimento, atingindo a dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III).
O valor fixado a título de danos morais (R$ 3.000,00) mostra-se razoável e proporcional, considerando a extensão do dano, a função pedagógica da ind"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível, em que são partes ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS NACIONAL – AAPEN (apelante) e J. F. A. V. (apelado).

I. Relatório

Trata-se de recurso de apelação interposto pela ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS NACIONAL – AAPEN contra sentença que julgou procedente a ação declaratória de inexistência de débito cumulada com pedido de indenização por danos morais e materiais ajuizada por J. F. A. V. A sentença determinou a devolução em dobro dos valores descontados do benefício previdenciário do autor, bem como a condenação da ré ao pagamento de R$ 3.000,00 a título de danos morais.

Em síntese, a apelante sustenta: (i) direito à assistência judiciária gratuita; (ii) inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor; (iii) impossibilidade de restituição em dobro; (iv) ausência de dano moral indenizável; e (v) subsidiariamente, a redução do valor da indenização.

Contrarrazões apresentadas no prazo legal.

II. Fundamentação

1. Admissibilidade

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso de apelação.

2. Da Aplicação do Código de Defesa do Consumidor

O caso versa sobre descontos realizados em benefício previdenciário do autor em favor da apelante, sem autorização expressa. Conforme o art. 3º, §2º, do CDC, e entendimento consolidado dos tribunais, a relação estabelecida é de consumo, sendo aplicável o diploma consumerista, sobretudo frente à vulnerabilidade do consumidor idoso (art. 6º, III, do CDC).

3. Da Inexistência de Relação Jurídica e Ilegalidade dos Descontos

A apelante não logrou êxito em comprovar a existência de vínculo associativo ou autorização válida para os descontos efetuados, descumprindo seu ônus probatório (CPC/2015, art. 373, II). Restou incontroverso nos autos que o autor jamais anuiu com a filiação ou descontos, impondo-se o reconhecimento da inexistência de débito.

4. Da Devolução em Dobro dos Valores Descontados

O art. 42, parágrafo único, do CDC, prevê a restituição em dobro dos valores pagos indevidamente, salvo engano justificável, o que não restou demonstrado. A jurisprudência do STJ e dos Tribunais de Justiça é firme nesse sentido, como demonstrado nos julgados colacionados aos autos.

5. Da Indenização por Danos Morais

O desconto não autorizado em verba de caráter alimentar configura dano moral indenizável, nos termos dos arts. 186 e 927 do Código Civil e do art. 1º, III, da CF/88, pois atenta contra a dignidade da pessoa humana. O valor fixado em R$ 3.000,00 mostra-se razoável, considerando os parâmetros da jurisprudência e a função pedagógica da indenização.

Eventual minoração do quantum indenizatório, caso se entenda excessivo, deve observar os critérios de proporcionalidade e razoabilidade.

6. Da Assistência Judiciária Gratuita

O pedido de gratuidade da justiça não merece acolhida, pois a apelante não comprovou a hipossuficiência exigida pelo art. 5º, LXXIV, da CF/88, tampouco se enquadra nas hipóteses previstas no Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003, art. 51), conforme entendimento jurisprudencial.

7. Da Manutenção da Sentença

A sentença está devidamente fundamentada, em consonância com o art. 93, IX, da Constituição Federal, e alinhada com o entendimento jurisprudencial dominante, inclusive no tocante ao valor da indenização por danos morais.

III. Dispositivo

Ante o exposto, nego provimento ao recurso de apelação, mantendo-se integralmente a sentença de primeiro grau, nos termos do art. 42, parágrafo único, do CDC, arts. 186 e 927 do Código Civil, art. 93, IX, da CF/88 e art. 373, II, do CPC/2015.

Condeno a apelante ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, estes fixados em 15% sobre o valor atualizado da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015.

É como voto.

IV. Considerações Finais

Ressalto que a presente decisão observa o dever constitucional de fundamentação previsto no art. 93, IX, da CF/88, e foi construída à luz da hermenêutica integrativa entre fatos e direito, com especial atenção à proteção do consumidor idoso e à dignidade da pessoa humana.


Aracaju/SE, 25 de fevereiro de 2025.

Desembargador (a) Relator (a)


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