Modelo de Contestação à Ação de Indenização por Danos Morais com Fundamentação Jurídica e Proposta de Acordo

Publicado em: 17/02/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Contestação apresentada em processo cível de indenização por danos morais, com análise dos fatos narrados pela autora, fundamentos jurídicos baseados no Código Civil (art. 186 e art. 884), e jurisprudências pertinentes. A peça destaca a ausência de comprovação de dano grave ou mácula duradoura à autora, além de propor valor reduzido de indenização (R$ 3.000,00) como alternativa para resolução do litígio. Inclui pedido de improcedência da ação, análise da proporcionalidade e razoabilidade, e requerimento de audiência de conciliação, conforme previsto no CPC/2015.

CONTESTAÇÃO À AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de __________.

Processo nº: __________

RÉUS: __________

AÇÃO: Indenização por Danos Morais

RÉUS, devidamente qualificados nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seus procuradores, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO à ação de indenização por danos morais ajuizada por A. F. da S., também qualificada, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

DOS FATOS

A autora alega que teve sua imagem exibida na internet sem sua autorização, fato que teria ocorrido há quase dois anos. A publicação foi realizada pelo réu por intermédio do então namorado da autora. Após tomar ciência do ocorrido, os réus prontamente se desculparam e retiraram a imagem do ar.

Embora a autora afirme que o evento lhe causou depressão e a necessidade de atendimento médico, consta nos autos que ela já apresentava quadro de depressão recorrente, conforme registrado em sua receita médica. Assim, não há como atribuir exclusivamente ao fato narrado o alegado mal-estar.

Os réus reconhecem o ocorrido, mas sustentam que o evento não gerou qualquer mácula duradoura à imagem ou à vida da autora, tratando-se de mero aborrecimento. Em razão disso, propõem o pagamento de R$ 3.000,00 como forma de encerrar o litígio.

DO DIREITO

Inicialmente, cumpre destacar que o direito à indenização por danos morais está condicionado à comprovação de efetivo abalo à honra, imagem ou dignidade da pessoa, conforme preceitua o CCB/2002, art. 186. No caso em tela, não há elementos que demonstrem que o evento tenha causado danos de grande monta à autora.

O princípio da razoabilidade, consagrado no ordenamento jurídico brasileiro, deve ser observado na análise do pedido de indenização. A fixação de valores exorbitantes sem a devida comprovação de danos efetivos pode configurar enriquecimento sem causa, o que é vedado pelo CCB/2002, art. 884.

Ademais, o fato de a autora já apresentar quadro de depressão recorrente, conforme registrado em sua receita médica, demonstra que o"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto do Magistrado

Relatório

Trata-se de ação de indenização por danos morais ajuizada por A. F. da S. contra os réus, que exibiram sua imagem na internet sem autorização. A autora alega que o fato lhe causou danos psicológicos e requer indenização no valor de R$ 50.000,00. Os réus, por sua vez, reconhecem o ocorrido, mas sustentam que não houve mácula duradoura à autora, propondo o pagamento de R$ 3.000,00 para encerrar o litígio.

Voto

Da Análise dos Fatos

Conforme os autos, ficou demonstrado que os réus exibiram a imagem da autora sem autorização, o que configura ato ilícito nos termos do Código Civil, art. 186. Contudo, não há elementos suficientes para comprovar que o ocorrido tenha sido a causa exclusiva dos danos psicológicos alegados pela autora, uma vez que há registro de quadro de depressão pré-existente.

Dos Fundamentos Jurídicos

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, X, garante a inviolabilidade da intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, assegurando indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Todavia, a legislação civil brasileira, em especial o Código Civil de 2002, art. 884, veda o enriquecimento sem causa.

Nesse sentido, o princípio da razoabilidade deve ser observado na fixação do valor da indenização, considerando-se a extensão do dano efetivamente comprovado.

Da Jurisprudência

O entendimento jurisprudencial, conforme precedentes apresentados, reforça que a indenização por danos morais deve ser proporcional ao dano sofrido, evitando-se enriquecimento sem causa. No caso em tela, precedentes como o da 4ª Câmara de Direito Privado do TJSP (Apelação Cível Acórdão/TJSP) indicam que valores exorbitantes não se justificam na ausência de dano duradouro.

Da Boa-Fé dos Réus

Os autos também demonstram que os réus, ao serem informados do ocorrido, prontamente se desculparam e retiraram a imagem do ar. Tal comportamento evidencia boa-fé e intenção de mitigar possíveis impactos negativos à autora.

Do Valor da Indenização

Diante do exposto, entendo que o evento, embora ilícito, não trouxe danos de grande monta à autora, configurando mero aborrecimento. Assim, o valor de R$ 3.000,00 proposto pelos réus está de acordo com os princípios da razoabilidade e proporcionalidade.

Decisão

Ante o exposto, com fundamento na Constituição Federal de 1988, art. 93, IX, e no Código Civil de 2002, art. 186 e art. 884, voto por:

  1. Julgar parcialmente procedente o pedido da autora, condenando os réus ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 3.000,00, corrigidos monetariamente a partir da data desta decisão e acrescidos de juros legais a partir da citação.
  2. Condenar cada parte ao pagamento proporcional das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015.
  3. Determinar a designação de audiência de conciliação para tentativa de composição amigável entre as partes, nos termos do CPC/2015, art. 319, VII.

Conclusão

É como voto.

Local e Data: __________

Magistrado: __________


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