Modelo de Apelação Criminal de Menor para Revisão de Sentença em Caso de Ato Infracional Análogo ao Crime de Estupro de Vulnerável
Publicado em: 17/02/2025 Menor Menor Direito Penal Processo PenalAPELAÇÃO CRIMINAL
PROCESSO Nº 0000924-76.2024.8.19.0030
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DA COMARCA DE MANGARATIBA/RJ
APELANTE: K. C. F. F.
APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PREÂMBULO
K. C. F. F., menor representado por sua defesa técnica, inconformado com a sentença proferida nos autos do processo nº 0000924-76.2024.8.19.0030, que determinou sua internação por ato infracional análogo ao crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do Código Penal), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor APELAÇÃO CRIMINAL, com fundamento no art. 593, inciso I, do Código de Processo Penal (CPP), requerendo a remessa dos autos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro para apreciação.
DOS FATOS
O menor K. C. F. F. foi acusado de ato infracional análogo ao crime de estupro de vulnerável, supostamente praticado contra D. F. V., em 21 de dezembro de 2023. A sentença condenatória baseou-se na alegação de que a vítima estaria em estado de vulnerabilidade em razão do consumo de álcool e medicamentos controlados, o que a teria impossibilitado de oferecer resistência.
Contudo, a defesa sustenta que não há elementos probatórios suficientes para embasar a condenação, uma vez que os exames médicos e o Boletim de Atendimento Médico (BAM) não confirmam a vulnerabilidade da vítima ou a prática de conjunção carnal. Além disso, o depoimento do menor indica que o ato foi consensual, sendo que a sentença inverteu a interpretação dos fatos, contrariando as principais provas dos autos.
DO DIREITO
A sentença proferida violou o princípio do in dubio pro reo, consagrado no art. 5º, inciso LVII, da Constituição Federal de 1988 (CF/88), que estabelece que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. A ausência de provas robustas e inequívocas sobre a vulnerabilidade da vítima ou a prática de ato libidinoso impede a manutenção da condenação.
O art. 217-A do Código Penal (CP) exige, para a configuração do estupro de"'>...