Modelo de Ação de Reparação de Danos Materiais e Morais em Face de Advogado por Apropriação Indevida de Valores de Espólio
Publicado em: 05/09/2024 CivelProcesso Civil SucessãoAÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E MORAIS
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ____________
Espólio de F. S. da S., devidamente representado por seu inventariante, M. F. da S., brasileiro, estado civil __________, profissão __________, portador do CPF nº __________ e RG nº __________, residente e domiciliado na __________, endereço eletrônico __________, vem, por intermédio de seu advogado infra-assinado, com fundamento nos artigos 186 e 927 do Código Civil (CCB/2002), bem como no artigo 319 do Código de Processo Civil (CPC/2015), propor a presente
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E MORAIS
em face de A. J. dos S., advogado, inscrito na OAB/___ sob o nº __________, CPF nº __________, residente e domiciliado na __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir aduzidos.
PREÂMBULO
A presente ação visa a reparação de danos materiais e morais causados pelo réu, advogado que, de forma indevida e sem procuração nos autos, apropriou-se de valores pertencentes ao espólio de F. S. da S., falecido, violando os princípios da boa-fé, da lealdade processual e da dignidade da justiça.
DOS FATOS
O falecido F. S. da S., em vida, contratou os serviços advocatícios do réu, A. J. dos S., para representá-lo em uma ação judicial. Após o falecimento de F. S. da S., ocorrido em __/__/____, o réu, sem informar o juízo acerca do óbito de seu cliente e sem habilitação dos herdeiros nos autos, levantou valores depositados judicialmente, pertencentes ao espólio.
O réu agiu de forma dolosa, apropriando-se de valores que não lhe pertenciam, sem qualquer autorização ou procuração válida, causando prejuízo ao espólio e aos herdeiros de F. S. da S. Tal conduta configura grave violação aos deveres éticos e legais do advogado, além de causar danos materiais e morais aos herdeiros.
DO DIREITO
A conduta do réu configura ato ilícito, nos termos do CCB/2002, art. 186, que dispõe: "Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito". Ademais, o CCB/2002, art. 927, estabelece que "aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo".
O réu, ao levantar valores pertencentes ao espólio sem procuração válida ou habilitação dos herdeiros, violou os princípios da boa-fé objetiva e da lealdade processual, previstos no CPC/2015, art. 5º. Além disso, sua conduta afronta os deveres éticos previstos no Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/1994), art. 34, incisos VII e XX, que tipificam como infrações disciplinares a apropriação indevida de valores e a conduta incompatível com a advocacia.
JURISPRUDÊNCIAS
A jurisprudência tem reconhecido a gravidade de condutas que violam a boa-fé e a lealdade processual, especialmente em casos de advocacia predatória e abuso de direito. Nesse sentido:
Ação declaratória e indenizatória. Hipótese em que sérios indícios de abuso do direito de litigar vêm sendo constatados, a consubstanciar a denominada advocacia predatória (ajuizamento de demandas massificadas com a utilização de procuração genérica) e a justificar a adoção das "'>...
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