Modelo de Ação de Obrigação de Fazer c/c Perdas e Danos com Pedido de Tutela de Urgência contra Empresa de Locação de Veículos por Aplicativo
Publicado em: 13/03/2024 CivelConsumidorEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Distribuição com pedido de tutela de urgência
PREÂMBULO
Requerente: M. F. da S.
Requerido: Empresa X (aplicativo de aluguel de veículos).
Natureza da Ação: Obrigação de Fazer c/c Perdas e Danos.
Valor da Causa: R$ 10.000,00 (dez mil reais).
DA QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
A Requerente, M. F. da S., brasileira, solteira, profissional autônoma, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada na Rua X, nº Y, Bairro Z, Cidade W, Estado V, e-mail: [email protected].
O Requerido, Empresa X, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede virtual e atendimento exclusivamente via chat, endereço eletrônico: [email protected].
DOS FATOS
A Requerente firmou contrato com a Requerida, Empresa X, para locação de veículos por meio de seu aplicativo. Durante a vigência do contrato, a Requerida não forneceu os relatórios de viagens e débitos efetuados mensalmente, conforme estipulado no contrato. Além disso, ao final do contrato, foi constatada a realização de cobranças em duplicidade no cartão de crédito da Requerente, sem qualquer comunicação prévia.
A Requerente tentou, por diversas vezes, solucionar a questão diretamente com a Requerida, utilizando o único canal de atendimento disponibilizado, o chat do aplicativo. Contudo, após três meses de tentativas infrutíferas, a Requerida não forneceu as informações solicitadas nem regularizou as cobranças indevidas. Ademais, a Requerida não disponibiliza endereço físico ou telefone para contato, dificultando ainda mais a resolução do problema.
Diante da falha na prestação do serviço e da ausência de solução administrativa, a Requerente se vê obrigada a buscar a tutela jurisdicional para garantir seus direitos.
DO DIREITO
A relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), sendo evidente a configuração de uma relação de consumo, nos termos do CDC, art. 2º e art. 3º. A Requerente, como consumidora, é destinatária final do serviço, enquanto a Requerida é fornecedora de serviços.
A Requerida violou o dever de transparência e informação, previsto no CDC, art. 6º, III, ao não fornecer os relatórios de viagens e débitos, bem como ao realizar cobranças em duplicidade sem prévia comunicação. Além disso, a ausência de canais de atendimento eficazes configura falha na prestação do serviço, conforme CDC, art. 20.
A cobrança em duplicidade caracteriza enriquecimento ilícito por parte da Requerida, se"'>...