Modelo de Resposta à Acusação em Processo Criminal por Suposto Crime de Exploração Sexual de Menor - Art. 218-B do Código Penal

Publicado em: 02/09/2024 Direito Penal Processo Penal
Modelo de peça processual de resposta à acusação em processo criminal referente à imputação de crime de exploração sexual de menor, conforme art. 218-B do Código Penal. O documento apresenta os argumentos da defesa, com base na insuficiência de provas, violação ao princípio do in dubio pro reo e análise de jurisprudências relevantes. Contém pedidos de absolvição por falta de provas ou, subsidiariamente, a produção de provas periciais e testemunhais.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ___

Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

PREÂMBULO

[Nome do Réu], brasileiro, [estado civil], [profissão], portador do RG nº [número] e inscrito no CPF/MF sob o nº [número], residente e domiciliado à [endereço completo], por intermédio de seu advogado que esta subscreve, conforme instrumento de procuração em anexo, com endereço profissional à [endereço completo do advogado], onde recebe intimações e notificações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 396 e seguintes do CPP, apresentar sua:

RESPOSTA À ACUSAÇÃO

Em face da denúncia oferecida pelo Ministério Público, que imputa ao Acusado a prática do crime previsto no art. 218-B do Código Penal, pelos fatos e fundamentos que passa a expor.

DOS FATOS

Consta na denúncia que o Acusado teria, supostamente, favorecido a exploração sexual de menor de idade, mediante pagamento, conforme descrito no art. 218-B do Código Penal. Segundo a narrativa acusatória, o Réu teria abordado a vítima, menor de 15 anos, propondo-lhe pagamento em troca de atos libidinosos, sendo interrompido pela intervenção de policiais que flagraram a situação.

O Réu foi preso em flagrante e, posteriormente, denunciado pela prática do referido crime. Contudo, a presente resposta à acusação demonstrará que os fatos narrados na denúncia não correspondem à realidade, sendo necessária a absolvição do Acusado, conforme fundamentos a seguir expostos.

DO DIREITO

Inicialmente, cumpre destacar que, nos crimes contra a dignidade sexual, a palavra da vítima assume especial relevância, desde que corroborada por outros elementos de prova, conforme entendimento consolidado pelo STJ (AgRg no AREsp 2086318/AL, Rel. Ministro Sebastião Reis Junior, 6ª Turma, j. 07/06/2022). No caso em tela, contudo, a narrativa apresentada pela acusação carece de elementos probatórios robustos que demonstrem, de forma inequívoca, a prática do delito pelo Réu.

Ademais, o art. 218-B do Código Penal exige, para sua configuração, a comprovação de que o agente tenha favorecido ou facilitado a exploração sexual de menor de idade. No entanto, a denúncia não apresenta provas suficientes que demonstrem a intenção do Réu em praticar tal conduta, limitando-se a narrar fatos que não encontram respald"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Segue abaixo a simulação de um voto de magistrado, formatado em HTML, conforme solicitado:

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de recurso interposto por [Nome do Réu ou Recorrente] contra a decisão de primeiro grau que julgou procedente a denúncia oferecida pelo Ministério Público, imputando-lhe a prática do crime previsto no art. 218-B do Código Penal. A defesa apresentou resposta à acusação, sustentando a insuficiência de provas para a condenação e a ausência de dolo na conduta do réu.

Voto

Nos termos do artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, passo à fundamentação do voto, que deve ser devidamente motivado e público, assegurando a transparência e a observância do devido processo legal.

Análise dos Fatos e do Direito

Conforme consta nos autos, a denúncia atribui ao acusado a prática do crime previsto no art. 218-B do Código Penal, consistente no favorecimento da exploração sexual de menor de idade. Todavia, ao analisar os elementos probatórios constantes no processo, verifico que não há comprovação robusta e inequívoca sobre a autoria e a materialidade do delito.

A palavra da vítima, em crimes contra a dignidade sexual, reveste-se de especial relevância, desde que corroborada por outros elementos de prova, conforme entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). No caso em tela, entretanto, os demais elementos de prova não sustentam a narrativa apresentada pela denúncia, sendo insuficientes para afastar o princípio da presunção de inocência, consagrado no artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal.

Ademais, o princípio do in dubio pro reo impõe que, na ausência de certeza quanto à prática do delito, deve prevalecer a absolvição do acusado, de modo a assegurar o respeito ao devido processo legal e à garantia do contraditório e da ampla defesa.

Jurisprudências

Destaco, em reforço ao entendimento ora exposto, as seguintes jurisprudências:

  • STJ, AgRg no AREsp Acórdão/STJ: "Nos crimes contra a dignidade sexual, a palavra da vítima assume importância diferenciada, notadamente quando corroborada pelos demais elementos de prova."
  • STJ, EDcl no AgRg nos EDcl no AREsp. Acórdão/STJ: Reafirma a necessidade de provas robustas para a condenação em crimes sexuais, especialmente quando a palavra da vítima é o principal elemento de acusação.
  • STF, HC 157.507 AgR: "A presunção de inocência é princípio basilar do ordenamento jurídico brasileiro, devendo prevalecer na ausência de provas inequívocas."
  • TJRJ, Apelação Acórdão/TJRJ: "A ausência de elementos probatórios suficientes para comprovar a materialidade e autoria do delito impede a condenação, em respeito ao princípio do in dubio pro reo."

Conclusão

Diante do exposto, conheço do recurso interposto pela defesa e voto no sentido de dar-lhe provimento, para reformar a sentença de primeiro grau e absolver o acusado com fundamento no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal, por ausência de provas suficientes para a condenação.

Ressalto, por fim, a imprescindibilidade de que as decisões judiciais sejam pautadas em provas concretas e robustas, de modo a preservar a integridade do Estado Democrático de Direito e os direitos fundamentais do cidadão.

[Local], [Data].

_______________________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito
### Explicação: 1. O voto simulado foi estruturado com base na fundamentação constitucional e legal, com destaque para a CF/88 (art. 93, IX e art. 5º, LVII). 2. Foram incluídos títulos para cada etapa do voto, como "Relatório", "Análise dos Fatos e do Direito", "Jurisprudências" e "Conclusão", facilitando a organização e a leitura. 3. A fundamentação foi baseada no princípio do "in dubio pro reo" e na necessidade de provas robustas, conforme os precedentes jurisprudenciais apresentados no documento de referência. 4. O uso de HTML semântico e estilização básica garante a clareza e a legibilidade do conteúdo.

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