Modelo de Petição Administrativa Contra Concessionária de Energia por Cobrança Indevida Baseada no Código de Defesa do Consumidor

Publicado em: 27/12/2023 CivelConsumidor
Petição administrativa apresentada por consumidor contra concessionária de energia elétrica, fundamentada no Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), para contestar cobrança indevida de valores na fatura mensal. O documento detalha os fatos que motivaram o pedido, a base legal que sustenta a demanda, jurisprudências correlatas e os pedidos específicos, como a declaração de inexigibilidade do débito, devolução em dobro do valor cobrado, regularização das faturas futuras, além de indenização por danos morais. A petição também alerta sobre possíveis medidas judiciais em caso de negativa ou ausência de resposta.

PETIÇÃO ADMINISTRATIVA

CONTRA CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA POR COBRANÇA INDEVIDA

PREÂMBULO

À Concessionária de Energia Elétrica [NOME DA EMPRESA],
Nome do Requerente: [NOME COMPLETO], Estado Civil: [ESTADO CIVIL], Profissão: [PROFISSÃO], CPF: [NÚMERO DO CPF], Endereço: [ENDEREÇO COMPLETO], E-mail: [E-MAIL], Telefone: [TELEFONE].

Por meio da presente, o Requerente vem, respeitosamente, apresentar esta PETIÇÃO ADMINISTRATIVA, com fundamento no Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990) e demais legislações aplicáveis, em face da cobrança indevida de valores na fatura de energia elétrica.

DOS FATOS

O Requerente é consumidor regular dos serviços de fornecimento de energia elétrica prestados pela Concessionária, estando devidamente cadastrado na unidade consumidora de número [NÚMERO DA UNIDADE CONSUMIDORA].

No entanto, no mês de [MÊS/ANO], foi surpreendido com a cobrança de valores excessivos e desproporcionais em sua fatura mensal de energia elétrica, no montante de R$ [VALOR], sem qualquer justificativa plausível ou aviso prévio por parte da Concessionária.

O Requerente tentou resolver a questão de forma amigável, entrando em contato com os canais de atendimento da Concessionária, mas não obteve sucesso. A cobrança indevida permanece, causando transtornos e prejuízos financeiros.

DO DIREITO

A relação entre o Requerente e a Concessionária é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), que prevê a proteção contra práticas abusivas e a inversão do ônus da prova em favor do consumidor, conforme disposto no CDC, art. 6º, VIII.

A cobrança indevida de valores caracteriza prática abusiva, vedada pelo CDC, art. 39, V, que proíbe exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva. Ademais, o CDC, art. 42, parágrafo único, estabelece que, em caso de cobrança indevida, o consumidor tem direito à devolução em dobro do valor pago, acrescido de juros e correção monetária.

A Concessionária, ao realizar a cobrança sem justificativa ou comprovação da regularidade do débito, violou os princípios da boa-fé objetiva e da transparência, previstos no CDC, art. 4º, III.

Além disso, a ausência de comunicação prévia ao consumidor acerca de eventual irregularidad"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de análise acerca de petição administrativa apresentada pelo Requerente, em face de uma Concessionária de Energia Elétrica, alegando cobrança indevida na fatura de energia elétrica. O Requerente pretende, com base no Código de Defesa do Consumidor e na Constituição Federal de 1988, a declaração de inexigibilidade do débito, devolução em dobro do valor pago, regularização das cobranças futuras, bem como indenização por danos morais.

Voto

1. Da Preliminar

Inicialmente, verifico que os requisitos de admissibilidade foram preenchidos, razão pela qual conheço o pedido formulado.

2. Dos Fatos e Fundamentos Jurídicos

No presente caso, os elementos apresentados pelo Requerente demonstram uma relação de consumo, regida pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990). É evidente que a cobrança de valores excessivos e desproporcionais, sem justificativa plausível ou aviso prévio, caracteriza prática abusiva, conforme disposto no art. 39, V, do CDC.

Ademais, o art. 42, parágrafo único, do CDC estabelece que, em caso de cobrança indevida, o consumidor tem direito à devolução em dobro do valor pago, acrescido de juros e correção monetária. A Concessionária, ao não comprovar a regularidade do débito, violou os princípios da boa-fé objetiva e da transparência (art. 4º, III, do CDC), bem como os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa, previstos no art. 5º, LV, da Constituição Federal de 1988.

A jurisprudência pátria reforça tal entendimento. Destaco, por exemplo, os seguintes precedentes:

  • TJSP (23ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "A fraude no medidor de energia elétrica atribuída ao consumidor deve ser apurada com observância aos princípios do contraditório e da ampla defesa."
  • TJSP (31ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Cobrança indevida de consumo de energia elétrica e inscrição no cadastro de inadimplentes geram o dever de indenizar por dano moral."

3. Da Decisão

Ante o exposto e com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que exige que todas as decisões judiciais sejam devidamente fundamentadas, voto no sentido de dar procedência ao pedido do Requerente para:

  1. Declarar a inexigibilidade do débito cobrado indevidamente na fatura de energia elétrica;
  2. Determinar a devolução em dobro do valor cobrado indevidamente, nos termos do art. 42, parágrafo único, do CDC;
  3. Ordenar a regularização imediata das cobranças futuras, com base no consumo real da unidade consumidora;
  4. Condenar a Concessionária ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ [VALOR], pelos transtornos causados;
  5. Obrigar a Concessionária a comunicar formalmente o Requerente acerca da resolução da demanda.

Determino, ainda, que a Concessionária observe, em situações futuras, os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa, bem como os ditames do Código de Defesa do Consumidor, sob pena de aplicação de sanções administrativas e judiciais cabíveis.

Conclusão

Por todo o exposto, julgo procedente o pedido, nos termos acima fundamentados, garantindo a proteção dos direitos do consumidor e a observância dos princípios constitucionais e legais aplicáveis ao caso.

É como voto.

Local e data: [CIDADE], [DATA].

Assinatura: _______________________________ Nome do Magistrado: [NOME COMPLETO]


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