Modelo de Notificação Extrajudicial para Garantia de Ambiente Familiar Seguro e Proteção dos Direitos de Crianças Menores

Publicado em: 21/02/2024 Familia
Notificação extrajudicial emitida pelo Sr. J. P. da S. contra a Sra. M. F. de S., fundamentada no artigo 227 da Constituição Federal, no Código Civil (art. 1.634, II) e no Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 4º). O documento requer a cessação imediata da conduta de permitir a permanência de terceiros na residência onde vivem os filhos menores do casal, alegando risco à formação moral, psicológica e emocional das crianças, em defesa do princípio do melhor interesse do menor. São apresentados os fatos, fundamentos jurídicos e pedidos formais, com prazo para manifestação da notificada, sob pena de adoção de medidas judiciais.

NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL

NOTIFICANTE: Sr. J. P. da S., brasileiro, divorciado, engenheiro civil, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua X, nº 123, Bairro Y, Cidade Z, Estado W, endereço eletrônico: [email protected].

NOTIFICADA: Sra. M. F. de S., brasileira, divorciada, professora, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada na Rua A, nº 456, Bairro B, Cidade C, Estado D, endereço eletrônico: [email protected].

PREÂMBULO

Por meio da presente, o Sr. J. P. da S., na qualidade de pai e responsável legal de seus dois filhos menores, vem, com fundamento nos dispositivos legais aplicáveis, notificar a Sra. M. F. de S. para que cesse imediatamente a conduta que expõe os direitos fundamentais das crianças, conforme os fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

O notificante tomou ciência de que a notificante, em sua residência, permitiu que sua sobrinha passasse a residir no local, onde também vivem os filhos menores do casal, com idades de 8 e 12 anos. Além disso, foi constatado que a sobrinha da notificada tem trazido seu "namorado" para pernoitar na residência, com o consentimento da notificada.

Tal situação ocorre mesmo após o notificante manifestar expressamente sua discordância, considerando os direitos de privacidade, segurança e bem-estar dos filhos menores. A conduta da notificada, ao permitir tal convivência, coloca em risco a formação moral, psicológica e emocional das crianças, violando os princípios constitucionais e legais que asseguram a proteção integral e o melhor interesse da criança (CF/88, art. 227, caput).

DO DIREITO

Conforme o CF/88, art. 227, caput, é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

O Código Civil Brasileiro (CCB/2002, art. 1.634, II) estabelece que compete aos pais, no exercício do poder familiar, dirigir a criação e a educação dos filhos menores. Assim, qualquer decisão que afete o ambiente em que os menores residem deve ser tomada em conjunto pelos genitores, especialmente quando envolve terceiros que não integram o núcleo familiar.

Ademais, o Estatuto da Cri"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de análise de notificação extrajudicial em que o Sr. J. P. da S. requer que a Sra. M. F. de S. cesse conduta que, segundo o notificante, expõe os direitos fundamentais dos filhos menores do casal. A controvérsia envolve a presença da sobrinha da notificada e seu "namorado" na residência onde vivem as crianças, o que, conforme o notificante, viola o ambiente saudável e seguro necessário ao desenvolvimento emocional, psicológico e moral dos menores.

Fundamentação

A presente questão será analisada à luz da Constituição Federal de 1988 (CF/88), especialmente o art. 227, que assegura à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à convivência familiar e comunitária, além de proteção integral contra negligência, discriminação, violência e opressão.

Conforme o Código Civil Brasileiro (CCB/2002, art. 1.634, II), compete aos pais, no exercício do poder familiar, dirigir a criação e a educação dos filhos menores. Assim, qualquer decisão que impacte o ambiente em que as crianças residem deve ser tomada em conjunto pelos genitores, considerando o melhor interesse dos menores.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, art. 4º) reforça que a família tem o dever de assegurar a efetivação dos direitos referentes à dignidade e ao respeito, evitando situações que comprometam o desenvolvimento saudável das crianças. O princípio do melhor interesse da criança e do adolescente deve, portanto, prevalecer em qualquer decisão judicial ou extrajudicial.

Em análise da jurisprudência, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e os Tribunais de Justiça estaduais têm reiteradamente decidido no sentido de priorizar o bem-estar das crianças, garantindo-lhes um ambiente seguro e adequado. Destaco, por exemplo, o REsp Acórdão/STJ, no qual se reafirma a necessidade de proteção integral e o fortalecimento dos vínculos familiares, e o REsp Acórdão/STJ, que frisa a importância de evitar a exposição de menores a situações de risco.

Conclusão e Voto

Diante dos elementos apresentados, resta claro que a conduta da notificada de permitir a permanência da sobrinha e do "namorado" na residência onde vivem os filhos menores do casal configura violação ao princípio do melhor interesse das crianças, previsto no art. 227 da CF/88. A situação relatada compromete o ambiente familiar e pode impactar negativamente o desenvolvimento emocional, psicológico e moral dos menores.

Assim, com fundamento no art. 93, IX, da CF/88, que exige a devida fundamentação das decisões judiciais, voto no sentido de dar procedência ao pedido, reconhecendo a obrigação da notificada de cessar imediatamente a conduta questionada, de modo a evitar a necessidade de medidas judiciais mais gravosas.

Recomendo ainda que as partes priorizem a resolução amigável da controvérsia, resguardando sempre o melhor interesse e os direitos fundamentais das crianças, conforme os preceitos constitucionais e legais.

É como voto.

Magistrado


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