Modelo de Memoriais Finais em Ação de Modificação de Guarda com Pedido de Tutela de Urgência: Consolidação de Guarda Unilateral em Favor do Genitor com Fundamentação no Melhor Interesse da Criança

Publicado em: 12/11/2024 Familia Menor Menor
Modelo de memoriais finais apresentados na fase conclusiva de ação de modificação de guarda cumulada com tutela de urgência, em que o genitor pleiteia a consolidação da guarda unilateral da filha menor, fundamentando o pedido em laudos sociais e psicológicos, depoimentos de testemunhas e relatórios do Conselho Tutelar que comprovam negligência e agressividade materna. O documento destaca o princípio do melhor interesse da criança (CF/88, art. 227; ECA, art. 4º), a produção de provas robustas, a impossibilidade da guarda compartilhada diante de conflitos e agressividade, e apresenta pedidos subsidiários relativos à pensão alimentícia e regulamentação de visitas, além da intimação do Ministério Público.

MEMORIAIS FINAIS – AÇÃO DE MODIFICAÇÃO DE GUARDA C/C TUTELA DE URGÊNCIA

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de Bom Jesus/RS.

2. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES E DO PROCESSO

Processo nº: ____________
Requerente: Z. F. de S., brasileiro, solteiro, profissão _______, portador do CPF nº ____________, endereço eletrônico: ____________, residente e domiciliado à Rua _______, nº ____, Bairro _______, CEP ______, Bom Jesus/RS.
Requerida: E. M. G., brasileira, solteira, profissão _______, portadora do CPF nº ____________, endereço eletrônico: ____________, residente e domiciliada à Rua _______, nº ____, Bairro _______, CEP ______, Bom Jesus/RS.
Menor: N. G. de S.

3. SÍNTESE DOS FATOS

Trata-se de ação de modificação de guarda c/c tutela de urgência ajuizada por Z. F. de S. em face de sua ex-companheira E. M. G., visando à alteração da guarda da filha menor, N. G. de S., atualmente sob guarda provisória da genitora, conforme decisão proferida em 02/03/2022.
Ocorre que, em 09/04/2023, durante visita do genitor, a menor manifestou, espontaneamente, desejo de permanecer com o pai, relatando ao Conselho Tutelar situações de negligência alimentar e agressões físicas por parte da mãe. O Conselho Tutelar, após ouvir a menor, permitiu que esta permanecesse com o genitor.
Posteriormente, laudos sociais e psicológicos confirmaram o desejo da menor de residir com o pai e relataram melhores condições de cuidado e frequência escolar sob a guarda paterna. Testemunhas, incluindo conselheiras tutelares, corroboraram os relatos de agressividade e negligência por parte da genitora.
Em audiência realizada em 10/05/2023, foi deferida a guarda provisória ao genitor, decisão que permanece vigente até o presente momento.

4. DAS PROVAS PRODUZIDAS

Foram produzidas provas documentais e testemunhais robustas nos autos, destacando-se:

  • Relatório do Conselho Tutelar – Evento nº ____, no qual a menor relatou preferir permanecer com o pai, alegando que com ele não passa fome nem apanha, enquanto com a mãe precisa preparar sua própria alimentação para não sentir fome.
  • Laudo Social – Evento nº 69, em que a assistente social registra o desejo da menor de ficar sob os cuidados do genitor e relata bom convívio com a família paterna.
  • Laudo Psicológico – Evento nº 48, que aponta a manifestação espontânea da menor em favor do pai, destacando frequência escolar regular e ausência de faltas quando sob guarda paterna, além de relatar episódios de agressividade materna.
  • Depoimentos das Conselheiras Tutelares – Testemunhas T. G. e G. confirmaram a preferência da menor pelo pai e relataram preocupações quanto à conduta agressiva e negligente da genitora.
  • Termo de Compromisso – Evento nº 74, firmado pelo genitor, demonstrando compromisso com o bem-estar da menor.
  • Termo de Audiência – Evento nº 73, em que foi deferida a guarda provisória ao genitor, atendendo à vontade da menor e às circunstâncias do conflito familiar.
Todas as provas convergem para a conclusão de que o ambiente paterno é mais adequado ao desenvolvimento físico, emocional e social da menor, em consonância com o princípio do melhor interesse da criança (CF/88, art. 227; ECA, art. 4º).

5. DO DIREITO

5.1. Princípio do Melhor Interesse da Criança
O artigo 227 da CF/88 impõe à família, à sociedade e ao Estado o dever de assegurar à criança, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar. O ECA, art. 4º, reforça o dever de proteção integral.
O Código Civil, art. 1.584, §2º, dispõe que a guarda será atribuída a quem revelar melhores condições para exercê-la, sempre em atenção ao melhor interesse do menor.
5.2. Modificação da Guarda
A alteração da guarda é medida excepcional, admitida quando demonstrado que a situação atual não atende ao melhor interesse do menor, ou quando sobrevierem fatos novos que recomendem a mudança (CCB/2002, art. 1.584, §2º).
No presente caso, a menor manifesta reiteradamente o desejo de permanecer com o genitor, relatando episódios de negligência alimentar e agressividade materna, fatos confirmados por laudos técnicos e testemunhas.
5.3. Provas e Garantias Processuais
O direito à ampla defesa e ao contraditório (CF/88, art. 5º, LV) foi plenamente observado, tendo sido oportunizada a produção de todas as provas necessárias à elucidação dos fatos, em consonância com o CPC/2015, arts. 369 e 370.
5.4. Possibilidade de Guarda Compartilhada
Embora a guarda compartilhada seja regra geral (Lei 13.058/2014;"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

I. Relatório

Trata-se de ação de modificação de guarda c/c tutela de urgência ajuizada por Z. F. de S. em face de E. M. G., visando à alteração da guarda da filha menor, N. G. de S., atualmente sob guarda provisória do genitor, conforme decisão judicial anterior.

Conforme descrito nos autos, a menor manifestou espontaneamente o desejo de permanecer com o pai, relatando ao Conselho Tutelar situações de negligência alimentar e agressões físicas por parte da mãe. Laudos sociais e psicológicos confirmaram a vontade da menor e melhores condições de cuidado sob a guarda paterna. Testemunhas, especialmente conselheiras tutelares, corroboraram os relatos da menor quanto à conduta materna.

Em audiência realizada em 10/05/2023, foi deferida a guarda provisória ao genitor, decisão que permanece vigente até o momento.

II. Fundamentação

1. Dos fatos e das provas

A análise detida dos autos revela a produção de provas documentais e testemunhais firmes e convergentes, especialmente:

  • Relatório do Conselho Tutelar, no qual a menor relatou preferir a permanência com o genitor, fazendo menção expressa à ausência de maus tratos e negligência por parte do pai;
  • Laudo social e laudo psicológico, que destacam o desejo da menor, a regularidade escolar e o adequado ambiente familiar paterno;
  • Depoimentos de conselheiras tutelares, que confirmaram as alegações da menor e relataram preocupações quanto à conduta materna;
  • Termo de compromisso do genitor e termo de audiência que consolidou a guarda provisória ao autor da demanda.
Todas essas provas evidenciam que a permanência da menor com o genitor melhor atende ao seu interesse superior, em consonância com o disposto no art. 227 da Constituição Federal e art. 4º do ECA.

2. Do Direito Aplicável

O art. 227 da Constituição Federal/88 impõe à família, à sociedade e ao Estado o dever de assegurar à criança, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar. O ECA, art. 4º, reforça a proteção integral.

O Código Civil, art. 1.584, §2º, expressamente determina que a guarda será atribuída a quem revelar melhores condições para exercê-la, sempre visando ao melhor interesse da criança. Tal entendimento é reiterado pela jurisprudência nacional.

Ressalte-se que o direito ao contraditório e à ampla defesa (CF, art. 5º, LV) foi plenamente observado, com a efetiva produção de provas pelas partes.

Embora o regime de guarda compartilhada seja a regra ( Lei 13.058/2014), a existência de conflitos severos, comprovados relatos de agressividade materna e o expresso desejo da menor inviabilizam sua adoção, recomendando a guarda unilateral ao genitor.

3. Do Dever de Fundamentação

Cumpre observar o art. 93, IX, da Constituição Federal/88, que impõe ao magistrado o dever de fundamentar suas decisões, demonstrando de forma clara e precisa as razões de seu convencimento. Em consonância com esse preceito, todas as provas, fatos e fundamentos legais foram minuciosamente analisados, em especial o princípio do melhor interesse da criança, norteador de toda e qualquer decisão relativa à guarda.

III. Dispositivo

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial, para:

  • CONSOLIDAR a guarda unilateral da menor N. G. de S. em favor do genitor, Z. F. de S., regulamentando-se o direito de visitas maternas, preferencialmente assistidas por pessoa de confiança, enquanto perdurarem as recomendações técnicas;
  • DETERMINAR o acompanhamento psicológico da menor e das partes, conforme apontado nos laudos técnicos acostados aos autos;
  • PREVER, subsidiariamente, que eventual alteração do regime de guarda ou retorno ao lar materno seja condicionada à ausência de riscos e ao cumprimento das obrigações alimentares, nos termos do art. 1.694 do Código Civil, observado o limite de 30% do salário mínimo nacional, caso necessário;
  • CONDENAR a parte requerida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, se comprovada resistência injustificada;
  • INTIMAR o Ministério Público, nos termos do art. 82 do ECA.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

IV. Conclusão

Assim, reconheço que a decisão encontra-se firmemente amparada nos fundamentos constitucionais, legais e probatórios dos autos, especialmente no princípio do melhor interesse da criança. O voto é no sentido de conhecer do pedido e julgá-lo procedente.

Bom Jesus/RS, ____ de ____________ de 2025.

___________________________________
Juiz de Direito


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