Modelo de Manifestação de Concordância Integral da Defesa com Sentença que Aplicou Medidas Socioeducativas Protetivas ao Adolescente A. J. dos S. na Vara da Infância e Juventude, com Fundamentação no ECA e CF/88

Publicado em: 08/05/2025 CivelConsumidor Menor Menor
Petição judicial apresentada pela defesa do adolescente A. J. dos S., manifestando concordância integral com a sentença que aplicou medidas socioeducativas protetivas, fundamentada nos princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente, Constituição Federal e legislação correlata, destacando a observância do melhor interesse do menor, a análise dos relatórios técnicos e a necessidade de intervenção estatal para a ressocialização do adolescente. Requer o recebimento da manifestação, certificação do trânsito em julgado e demais providências legais cabíveis.

PETIÇÃO DE CONCORDÂNCIA COM A SENTENÇA

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara da Infância e Juventude da Comarca de [CIDADE/UF].

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

Requerente: A. J. dos S., brasileiro, solteiro, estudante, menor impúbere, portador do CPF nº 123.456.789-00, residente e domiciliado à Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, CEP 12345-678, [Cidade/UF], endereço eletrônico: [email protected], representado por sua genitora M. F. de S. L., brasileira, solteira, auxiliar de serviços gerais, portadora do CPF nº 987.654.321-00, residente e domiciliada no mesmo endereço, endereço eletrônico: [email protected].

Requerido: Ministério Público do Estado de [UF], com endereço na Rua da Justiça, nº 200, Bairro Centro, CEP 12345-678, [Cidade/UF], endereço eletrônico: [email protected].

3. SÍNTESE DOS FATOS

O adolescente A. J. dos S., representado por sua genitora, foi submetido a procedimento de apuração de ato infracional, ao final do qual foi proferida sentença julgando procedente a representação e aplicando-lhe medidas socioeducativas de natureza protetiva, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990). Após regular instrução, com a participação da equipe técnica multidisciplinar, o Juízo entendeu pela necessidade de aplicação das medidas, considerando os elementos constantes dos autos e o melhor interesse do adolescente, em consonância com os princípios da proteção integral e da condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.

A defesa foi devidamente intimada da sentença e, após análise detida dos fundamentos e das circunstâncias do caso concreto, manifesta sua expressa concordância com a decisão proferida por este Juízo.

4. CONCORDÂNCIA COM A SENTENÇA

A defesa, por meio de seu representante legal, vem, respeitosamente, manifestar concordância integral com a sentença que aplicou as medidas socioeducativas de natureza protetiva ao adolescente A. J. dos S., reconhecendo que a decisão encontra-se devidamente fundamentada, observando os princípios constitucionais e infraconstitucionais que regem a matéria, bem como as peculiaridades do caso concreto.

Ressalta-se que a sentença analisou de forma criteriosa os relatórios técnicos, a evolução do adolescente no processo socioeducativo e a necessidade de intervenção estatal para garantir sua proteção e ressocialização, em estrita observância ao princípio do melhor interesse do menor.

5. DO DIREITO

5.1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL E PRINCÍPIOS APLICÁVEIS

A aplicação de medidas socioeducativas e protetivas ao adolescente encontra respaldo na CF/88, art. 227, § 3º, V, que determina a obediência aos princípios da brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. O ECA, art. 100, parágrafo único, VIII, os princípios da proporcionalidade, atualidade, necessidade e adequação na aplicação das medidas.

A CF/88, art. 93, IX impõe a obrigatoriedade de fundamentação das decisões judiciais, o que foi devidamente observado na sentença em questão. Ademais, a Lei 12.594/2012, art. 46, II, prevê que a medida socioeducativa pode ser extinta quando atingida sua finalidade, cabendo ao magistrado a análise concreta da evolução do adolescente.

5.2. ANÁLISE DO CASO CONCRETO

No presente caso, a sentença proferida observou todos os elementos necessários à adequada aplicação das medidas, levando em consideração os relatórios técnicos, a situação familiar e social do adolescente, bem como sua evolução e necessidades pedagógicas, conforme preconiza o ECA, art. 100, caput.

Ressalta-se que a decisão não se encontra vinculada, de forma absoluta, aos relatórios técnicos, conforme entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça e Tribunais Estaduais, devendo o magistrado exercer seu livre convencimento motivado, desde que devidamente fundamentado (CF/88, art. 93, IX).

A medida aplicada, de natureza protetiva, visa não apenas a responsabilização, mas, sobretudo, a proteção integral do adolescente, em consonância com o princípio da prioridade absoluta e da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III).

5.3. CONCEITOS RELEVANTES

Medidas socioeducativas são providências aplicadas ao adolescente autor de ato infracional, com o objetivo de promover sua responsabilização e ressocialização, respeitando sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. Medidas protetivas destinam-se à proteção do adolescente em situação de risco ou vulnerabilidade, buscando garanti"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de procedimento de apuração de ato infracional atribuído ao adolescente A. J. dos S., representado por sua genitora, na Vara da Infância e Juventude da Comarca de [CIDADE/UF]. Após regular instrução, com a participação da equipe técnica multidisciplinar, foi proferida sentença julgando procedente a representação, aplicando ao adolescente medidas socioeducativas de natureza protetiva, conforme disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente ( Lei 8.069/1990).

A defesa, devidamente intimada, manifestou expressa concordância com a decisão, reconhecendo a devida fundamentação da sentença e a observância dos princípios constitucionais e infraconstitucionais aplicáveis à matéria.

II. Fundamentação

1. Da Fundamentação Constitucional e Legal

A CF/88, art. 227, § 3º, V, estabelece a prioridade absoluta à proteção dos direitos da criança e do adolescente, determinando a observância dos princípios da brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar da pessoa em desenvolvimento. O ECA, art. 100, parágrafo único, VIII, disciplina os princípios da proporcionalidade, atualidade, necessidade e adequação na aplicação das medidas socioeducativas.

Ressalte-se, ainda, a imprescindibilidade da fundamentação das decisões judiciais (CF/88, art. 93, IX), que se faz presente na sentença recorrida, com análise detida dos relatórios técnicos e das necessidades do adolescente, respeitando o princípio do melhor interesse do menor.

A Lei 12.594/2012, art. 46, II, prevê a possibilidade de extinção da medida socioeducativa quando atingida sua finalidade, cabendo ao magistrado a análise concreta da evolução do adolescente.

2. Da Análise dos Fatos e dos Elementos dos Autos

A instrução demonstrou que o adolescente encontra-se em situação de vulnerabilidade, carecendo de intervenção estatal que vise, primordialmente, sua proteção integral e ressocialização, conforme relatórios apresentados pela equipe técnica. A sentença proferida considerou de forma criteriosa os elementos colhidos, a evolução do adolescente, a situação familiar e social, bem como as necessidades pedagógicas, observando o disposto no ECA, art. 100, caput.

Destaco que, conforme jurisprudência dominante e entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o magistrado não está vinculado, de forma absoluta, aos pareceres técnicos, prevalecendo o livre convencimento motivado, desde que devidamente fundamentado (CF/88, art. 93, IX).

Cabível lembrar, ainda, que a medida protetiva aplicada ao adolescente visa não apenas à responsabilização, mas, sobretudo, à proteção integral e à promoção de seu desenvolvimento saudável, em consonância com o princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III).

3. Da Concordância da Defesa

A defesa manifestou concordância integral com a sentença, reconhecendo a adequação das medidas impostas, a observância dos princípios constitucionais e infraconstitucionais, e o respeito às peculiaridades do caso concreto.

Não houve interposição de recurso, tampouco se verifica, nos autos, qualquer irregularidade que possa macular a decisão proferida.

4. Da Jurisprudência

A jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro ratifica o entendimento de que a aplicação de medidas socioeducativas deve ser devidamente fundamentada e pautada no melhor interesse do adolescente, não vinculando o julgador, de forma absoluta, aos relatórios técnicos, mas sim ao livre convencimento motivado, como em:

  • TJRJ (OITAVA CÂMARA CRIMINAL) - Ag. Instr. Acórdão/TJRJ - \"A aplicação de qualquer medida socioeducativa... há de ser devidamente fundamentada... não se encontra o Juiz adstrito às conclusões dos relatórios, devendo proferir o decisum com base em seu livre e fundamentado convencimento...\"
  • TJRJ (OITAVA CÂMARA CRIMINAL) - Ag. Instr. Acórdão/TJRJ - \"Os princípios da brevidade, da excepcionalidade e do respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento... devem ser avaliados em conjunto com a situação individual do adolescente...\"
  • TJRJ (SÉTIMA CÂMARA CRIMINAL) - Ag. Instr. Acórdão/TJRJ - \"...vigora o princípio do livre convencimento motivado em nosso sistema processual...\"
  • TJRJ (SEGUNDA CÂMARA CRIMINAL) - Ap. Acórdão/TJRJ - \"...MSE menos coercitiva capaz de retirar o adolescente do meio pernicioso em que vive...\"

III. Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento na CF/88, art. 93, IX, CF/88, art. 227, § 3º, VECA, art. 100; Lei 12.594/2012, art. 46, II, e demais dispositivos aplicáveis,

JULGO PROCEDENTE o pedido, mantenho a sentença que aplicou as medidas socioeducativas de natureza protetiva ao adolescente A. J. dos S., por estarem devidamente motivadas, adequadas e em consonância com os princípios constitucionais e infraconstitucionais.

Certifique-se o trânsito em julgado da sentença, caso não haja interposição de recurso pelas demais partes. Caso necessário, determino a juntada de novos relatórios técnicos e o acompanhamento periódico do cumprimento das medidas, conforme previsão legal.

Publique-se. Intimem-se as partes.

IV. Conclusão

É como voto.

 

[Cidade/UF], [Data].

_______________________________________
Magistrado(a): [Nome do Magistrado(a)]
Vara da Infância e Juventude da Comarca de [CIDADE/UF]


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