Modelo de Defesa em Embargos à Execução de Título Extrajudicial: Contestação Baseada na Ausência de Liquidez, Certeza e Exigibilidade do Título, com Alegação de Cerceamento de Defesa e Cláusulas Abusivas
Publicado em: 04/04/2024 Processo CivilDEFESA EM EMBARGOS À EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de __________.
Processo nº: __________
Embargante: __________
Embargado: __________
A. J. dos S., já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar sua DEFESA nos embargos à execução de título extrajudicial, nos termos do CPC/2015, art. 914, §1º, e demais dispositivos aplicáveis, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.
DOS FATOS
Trata-se de embargos à execução opostos pelo Embargante em face de execução de título extrajudicial promovida pelo Embargado. A execução tem como fundamento um contrato firmado entre as partes, que o Embargante alega ser nulo devido à ausência de requisitos de validade e à inexistência de liquidez, certeza e exigibilidade.
O Embargante sustenta, ainda, que o título exequendo contém cláusulas abusivas e que houve pagamento parcial da dívida, o que descaracterizaria o montante exigido. Por fim, alega cerceamento de defesa em razão da ausência de produção de provas essenciais ao deslinde da controvérsia.
DO DIREITO
Inicialmente, cabe destacar que, nos termos do CPC/2015, art. 784, III, somente podem ser considerados títulos executivos extrajudiciais aqueles que preencham os requisitos de certeza, liquidez e exigibilidade. No presente caso, o título apresentado pelo Embargado não atende a tais requisitos, conforme será demonstrado.
A ausência de liquidez decorre da falta de clareza quanto ao valor exato devido, uma vez que o Embargante realizou pagamentos parciais que não foram devidamente abatidos. Ademais, a exigibilidade do título é questionada em razão de cláusulas contratuais abusivas, que contrariam os princípios da boa-fé objetiva e da função social do contrato, previstos no CCB/2002, art. 421.
Quanto ao alegado cerceamento de defesa, é importante ressaltar que o CPC/2015, art. 5º, assegura às partes o direito à ampla defesa e ao contraditório. A negativa de produção de provas essenciais viola tais garantias constitucion"'>...