Modelo de Defesa Administrativa contra Suspensão e Cobrança Indevida de Benefício LOAS pelo INSS
Publicado em: 13/03/2025 Administrativo Direito PrevidenciárioDEFESA ADMINISTRATIVA
PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº [INSERIR NÚMERO]
Interessada: [NOME COMPLETO DA INTERESSADA, ex.: M. F. de S. L.]
CPF: [INSERIR CPF]
Endereço: [INSERIR ENDEREÇO COMPLETO]
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS
Endereço: [INSERIR ENDEREÇO DO INSS]
PREÂMBULO
A Sra. [NOME COMPLETO DA INTERESSADA], devidamente qualificada, vem, respeitosamente, à presença desta Autarquia Previdenciária, apresentar sua DEFESA ADMINISTRATIVA, nos autos do Processo Administrativo nº [INSERIR NÚMERO], instaurado para apuração de supostas irregularidades na concessão do Benefício de Prestação Continuada (LOAS), com fundamento nos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
DOS FATOS
A Interessada, pessoa idosa e hipossuficiente, recebeu regularmente o Benefício de Prestação Continuada (LOAS) após o falecimento de seu marido, ocorrido em [INSERIR DATA]. O benefício foi pago até o ano de 2022, quando foi abruptamente suspenso pelo INSS, sob a alegação genérica de irregularidades na concessão.
Posteriormente, a Interessada foi notificada para devolução dos valores recebidos, sem que fosse apontado, de forma clara e objetiva, o motivo da cobrança administrativa, tampouco apresentada qualquer prova concreta de má-fé ou irregularidade por parte da Interessada.
Tal situação tem causado graves prejuízos à Interessada, que depende exclusivamente do benefício para sua subsistência, configurando violação de direitos fundamentais e princípios administrativos.
DO DIREITO
Inicialmente, cumpre destacar que o Benefício de Prestação Continuada (LOAS) é garantido pela Constituição Federal de 1988, em seu art. 203, inciso V, que assegura um salário-mínimo mensal às pessoas idosas e deficientes que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.
No caso em tela, a suspensão do benefício e a cobrança de valores supostamente recebidos de forma irregular violam os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, previstos no art. 5º, incisos LIV e LV, da CF/88, uma vez que a Interessada não teve acesso a informações claras e detalhadas sobre as razões da suspensão e da cobrança.
Ademais, o art. 103-A da Lei 8.213/1991 estabelece o prazo decadencial de 10 anos para que a Administração Pública revise atos administrativos que tenham concedido benefícios previdenciários. No presente caso, o benefício foi concedido há mais de 10 anos, configurando a decadência do direito de revisão por parte do INSS.
Importante ressaltar que,"'>...