Modelo de Contestação em Embargos à Execução: Defesa do Condomínio Residencial com Base na Obrigação Propter Rem e Rejeição de Alegações de Perda de Objeto
Publicado em: 14/03/2025 CivelProcesso Civil Direito ImobiliárioCONTESTAÇÃO EM EMBARGOS À EXECUÇÃO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Processo nº: [inserir número do processo]
CONDOMÍNIO RESIDENCIAL [NOME DO CONDOMÍNIO], pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o nº [inserir], com sede na [endereço completo], por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional constante no rodapé, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos autos dos Embargos à Execução opostos por [NOME DO EMBARGANTE], apresentar sua:
CONTESTAÇÃO
com fundamento nos artigos 914 e seguintes do CPC/2015, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor:
PREÂMBULO
O embargante opôs os presentes embargos à execução, alegando, em síntese, que houve a perda superveniente do objeto da execução em razão da retomada do imóvel pelo agente financeiro, em decorrência do inadimplemento do contrato de financiamento imobiliário. Sustenta que, com a retomada, o agente financeiro passou a ser o responsável pelas taxas condominiais, requerendo, ainda, a condenação do embargado ao pagamento dos ônus sucumbenciais.
Contudo, conforme será demonstrado a seguir, as alegações do embargante não merecem prosperar, devendo os embargos ser julgados improcedentes.
DOS FATOS
O embargante era proprietário do imóvel situado no Condomínio Residencial [nome do condomínio], sendo, portanto, responsável pelo pagamento das taxas condominiais, conforme dispõe o art. 1.345 do CCB/2002.
Ocorre que, em razão do inadimplemento do contrato de financiamento imobiliário, o imóvel foi retomado pelo agente financeiro, que passou a ser o novo proprietário do bem.
O embargante, então, opôs os presentes embargos à execução, alegando a perda superveniente do objeto da execução e requerendo a condenação do embargado ao pagamento dos ônus sucumbenciais.
DO DIREITO
I. DA OBRIGAÇÃO PROPTER REM
Conforme dispõe o CCB/2002, art. 1.345, "o adquirente de unidade responde pelos débitos do alienante, em relação ao condomínio, inclusive multas e juros moratórios". Trata-se de obrigação propter rem, que acompanha o imóvel, independentemente de quem seja o proprietário.
Assim, até a data da efetiva transferência da propriedade ao agente financeiro, o embargante permanece responsáve"'>...