Modelo de Contestação em Ação de Procedimento Comum Cível sobre Nulidade de Contrato de Empréstimo Consignado e Repetição de Indébito

Publicado em: 14/12/2024 CivelProcesso CivilConsumidor
Contestação apresentada pelas rés RCS Promotora de Vendas EIRELI e CIASPREV em face da ação movida por Antônio Carlos Fernandes Pereira, pleiteando a nulidade de contrato de empréstimo consignado e repetição de indébito. A defesa aborda a inexistência de má-fé, a regularidade das operações e a conformidade com normas específicas como a Instrução Normativa INSS 28/2008. Alega-se a validade do consentimento do autor, refutando acusações de irregularidades e pleitos de devolução em dobro. Fundamentação jurídica baseada no Código de Defesa do Consumidor (CDC), doutrina e jurisprudências correlatas.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA REGIONAL DE JACAREPAGUÁ – RJ

Processo nº 0808408-75.2024.8.19.0203

CONTESTAÇÃO

RCS PROMOTORA DE VENDAS EIRELI e CIASPREV (Centro de Integração e Assistência aos Servidores Públicos Previdência Privada), já qualificadas nos autos do processo em epígrafe, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seus advogados, apresentar CONTESTAÇÃO à ação movida por ANTÔNIO CARLOS FERNANDES PEREIRA, pelos fatos e fundamentos que passa a expor.

PREÂMBULO

Trata-se de ação de Procedimento Comum Cível, com valor da causa de R$ 40.364,47, na qual o autor pleiteia a nulidade de contrato de empréstimo consignado, repetição de indébito e tutela de urgência, alegando irregularidades nas operações realizadas pelas rés.

DOS FATOS

O autor afirma que foi vítima de irregularidades em contratos de empréstimos consignados firmados com a CIASPREV, alegando que não houve consentimento válido para a realização das operações. Aduz, ainda, que os descontos realizados em seu benefício previdenciário são indevidos e requer a devolução em dobro dos valores cobrados.

Adicionalmente, o autor apresenta como prova um ofício da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC), que menciona reclamações sobre irregularidades nas operações da CIASPREV, embora esclareça que tais atividades não estão sob sua regulação.

DO DIREITO

Inicialmente, cumpre destacar que o contrato de empréstimo consignado é regulado por normas específicas, como a Instrução Normativa INSS 28/2008, que estabelece os parâmetros para a realização de tais operações. O autor, ao firmar o contrato, consentiu expressamente com os termos pactuados, conforme demonstram os documentos anexados aos autos.

O Código de Defesa do Consumidor (CDC), art. 42, parágrafo único, prevê a repetição em dobro do indébito apenas nos casos de má-fé comprovada, o que não se verifica no presente caso. A CIASPREV agiu de forma regular, observando os princípios da boa-fé objetiva e da transparência.

Ademais, o ofício da PREVIC não comprova qualquer irregularidade específica nos contratos firmados pelo autor, limitando-se a mencionar reclamações genéricas. Tal documento não possui força probatória suficiente para sustentar as alegações do autor.

DA DOUTRINA

Segundo o renomado doutrinador Carlos Roberto Gonçalves, "o co"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Processo nº 0808408-75.2024.8.19.0203

Relatório

Trata-se de ação de Procedimento Comum Cível, em que o autor, ANTÔNIO CARLOS FERNANDES PEREIRA, pleiteia a nulidade de contrato de empréstimo consignado, repetição de indébito e tutela de urgência, alegando irregularidades nas operações realizadas pelas rés, RCS PROMOTORA DE VENDAS EIRELI e CIASPREV.

O autor sustenta que não houve consentimento válido para os contratos firmados e que os descontos realizados em seu benefício previdenciário foram indevidos. Requer, ainda, a devolução em dobro dos valores descontados.

As rés, em contestação, afirmam a regularidade dos contratos, destacando que o autor consentiu expressamente com os termos pactuados. Argumentam, ainda, que não há comprovação de má-fé, conforme exigido pelo Código de Defesa do Consumidor, e que as operações seguiram os princípios da boa-fé objetiva e da transparência.

Fundamentação

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, "todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões". Assim, passo a fundamentar o presente voto.

1. Da validade dos contratos

O contrato de empréstimo consignado é regulado por normas específicas, como a Instrução Normativa INSS nº 28/2008, que estabelece os parâmetros para sua celebração. No caso em tela, verifica-se que o autor firmou os contratos de forma regular, com manifestação expressa de vontade, conforme documentos anexados aos autos.

Além disso, o Código de Defesa do Consumidor (CDC), no art. 42, parágrafo único, exige má-fé comprovada para a repetição em dobro do indébito, situação não evidenciada nos autos. As rés agiram de acordo com os princípios da boa-fé objetiva e da transparência, conforme exigido pela legislação.

2. Da insuficiência probatória

O ofício da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) apresentado pelo autor menciona reclamações genéricas sobre as atividades da CIASPREV, mas não comprova irregularidades específicas nos contratos discutidos. Assim, não há elementos que sustentem as alegações de vício de consentimento ou abusividade contratual.

3. Da jurisprudência aplicável

Conforme entendimento consolidado, a contratação eletrônica de empréstimos consignados, quando devidamente comprovada por assinatura eletrônica e geolocalização, é válida e eficaz, conforme precedente do TJSP (Apelação Cível Acórdão/TJSP). Ademais, não há qualquer evidência de abuso na taxa de juros pactuada, sendo esta compatível com os parâmetros normativos.

Decisão

Ante o exposto, com base no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, DOU PROVIMENTO PARCIAL ao pedido autoral para:

  1. Reconhecer a validade dos contratos de empréstimo consignado firmados entre o autor e as rés;
  2. Julgar improcedente o pedido de nulidade dos contratos;
  3. Julgar improcedente o pedido de repetição em dobro dos valores cobrados;
  4. Condenar o autor ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da causa, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015.

Por fim, determino que todas as comunicações e intimações sejam realizadas exclusivamente em nome do advogado subscritor, sob pena de nulidade, nos termos do art. 272, §2º, do CPC/2015.

Conclusão

É como voto.

Rio de Janeiro, 11 de março de 2024.

João Carlos de Almeida

Magistrado


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