Modelo de Contestação à Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais: Defesa com Base no Exercício Regular de Direito e Inexistência de Danos

Publicado em: 09/06/2024 Civel
Documento jurídico de Contestação apresentado pela Requerida em face de uma Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais movida pelo Requerente. A peça argumenta pela legalidade das ações da Requerida, amparadas no exercício regular de direito (art. 188, I, do Código Civil), negando a existência de danos morais ou materiais. Inclui análise jurídica, exposição de fatos, fundamentos legais, jurisprudências relevantes e pedidos de improcedência da ação.
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CONTESTAÇÃO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___

Processo nº: [inserir número do processo]

Requerida: [Nome da Requerida, qualificação completa, endereço eletrônico, domicílio e residência]

Requerente: [Nome do Requerente, qualificação completa, endereço eletrônico, domicílio e residência]

Objeto: Contestação à Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais

PREÂMBULO

Por intermédio de seu advogado, conforme instrumento de mandato anexo, a Requerida, [Nome da Requerida], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos autos da Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais movida pelo Requerente, [Nome do Requerente], apresentar a presente CONTESTAÇÃO, com fundamento no CPC/2015, art. 335, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Requerente ajuizou a presente ação pleiteando indenização por danos morais e materiais, alegando que a Requerida teria impedido a construção de um muro em desacordo com a legislação vigente e que teria causado prejuízos financeiros e morais ao autor.

Contudo, os fatos narrados pelo Requerente não correspondem à realidade. O Requerente, conhecido por seu comportamento antissocial e por não respeitar as normas do condomínio de casas geminadas, pretendia elevar o muro da frente do imóvel, que pertence a ambas as partes, para uma altura de 5 metros, em flagrante violação à legislação municipal, que limita a altura a 1,5 metros.

Ao ser alertado pela Requerida sobre a ilegalidade da obra, o Requerente respondeu de forma agressiva, afirmando que faria o que quisesse. Posteriormente, adquiriu materiais de construção e contratou pedreiros para realizar a obra, mesmo ciente da proibição legal.

Diante da situação, a Requerida acionou a Defesa Civil, que, embora tenha demorado a comparecer, confirmou a ilegalidade da obra. Os pedreiros, ao perceberem a irregularidade, abandonaram o local. O Requerente, enfurecido, tentou incitar os pedreiros a agredir a Requerida, sem sucesso.

Em um ato de retaliação, o Requerente invadiu a residência da Requerida, riscou seu veículo e tentou incendiar o imóvel, causando danos à cortina da sala e chamuscando parte do sofá. Esses atos configuram clara tentativa de intimidação e vingança, evidenciando a má-fé do Requerente.

DO DIREITO

A pretensão do Requerente carece de fundamento jurídico, sendo necessário destacar os seguintes pontos:

1. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO

A Requerida agiu em exercíci"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Excelentíssimos Senhores Desembargadores, trata-se de recurso interposto pelo Requerente contra a sentença proferida nos autos da Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais. Após detida análise do feito, passa-se à apreciação.

Dos Fatos e das Provas

O Requerente alega que sofreu danos morais e materiais em razão da conduta da Requerida ao impedir a construção de um muro em sua propriedade. Por outro lado, a Requerida sustenta que agiu no exercício regular de direito, alertando o Requerente sobre a ilegalidade da obra e acionando as autoridades competentes.

Consta nos autos que o Requerente, desrespeitando as normas de convivência e a legislação municipal, pretendia construir um muro de 5 metros de altura, em flagrante violação ao limite de 1,5 metros estabelecido pela legislação local. Ademais, as provas documentais e testemunhais evidenciam que o Requerente adotou condutas retaliatórias, chegando a invadir a residência da Requerida e causar danos ao seu patrimônio.

Do Direito

A análise jurídica exige a aplicação dos princípios constitucionais e legais, de modo a garantir a justiça do caso concreto. Destaco os seguintes fundamentos:

1. Exercício Regular de Direito

A Requerida agiu em conformidade com o Código Civil, art. 188, inciso I, que estabelece que "não constituem atos ilícitos os praticados em exercício regular de direito". A comunicação às autoridades competentes sobre a irregularidade da obra não configura ato ilícito, mas sim exercício legítimo de um direito.

2. Inexistência de Dano Moral

Não há nos autos elementos suficientes para comprovar a ocorrência de dano moral. O entendimento pacífico dos tribunais superiores é que o exercício regular de direito não enseja reparação por dano moral, salvo em situações excepcionais, o que não se verifica no caso em apreço.

3. Inexistência de Dano Material

O Requerente não demonstrou, por meio de provas concretas, os alegados prejuízos materiais. A suposta aquisição de materiais de construção e o pagamento de pedreiros carecem de comprovação nos autos, sendo impossível atribuir responsabilidade à Requerida.

Fundamentação Constitucional

Em conformidade com o art. 93, inciso IX, da Constituição Federal, "todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões". Assim, fundamenta-se o presente voto nos princípios constitucionais da legalidade, da ampla defesa e do contraditório, consagrados nos arts. 5º, incisos II, LIV e LV, da CF/88.

Das Jurisprudências

O entendimento jurisprudencial é unânime no sentido de que o exercício regular de direito não configura ato ilícito. Cito, a título de exemplo:

TJSP (3ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP - Bauru:
"O exercício regular de direito não constitui ato ilícito. A simples comunicação de irregularidades às autoridades competentes não gera dano moral."

TJSP (4ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP - São Paulo:
"Requeridas que agiram em exercício regular de direito para se protegerem de ameaças do autor - Pedido de danos morais formulado pelas reconvintes em face do reconvindo que procede - Ameaças que acarretaram sofrimento, medo, angústia e tristeza que superam o mero dissabor - Valor bem fixado - Sentença mantida."

Conclusão

Diante do exposto, conheço do recurso interposto, mas nego-lhe provimento, mantendo a sentença de improcedência dos pedidos formulados pelo Requerente. Fica evidente que a Requerida agiu no exercício regular de direito, não havendo fundamento para a condenação por danos morais ou materiais.

Condeno o Requerente ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor atualizado da causa, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015.

É como voto.

[Local], [Data]

Magistrado: [Nome do Magistrado]


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