Modelo de Ação Revisional de Contrato de Empréstimo: Contestação de Taxas Abusivas e Restituição de Valores
Publicado em: 10/04/2024 ConsumidorPETIÇÃO INICIAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]
A. J. dos S., nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº ______ e inscrito no CPF sob o nº ______, residente e domiciliado na Rua ______, nº ______, Bairro ______, Cidade ______, Estado ______, CEP ______, endereço eletrônico ______, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que esta subscreve (procuração anexa), com fundamento no CDC, art. 6º, IV, e demais dispositivos aplicáveis, propor a presente
AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE EMPRÉSTIMO
em face de BANCO XYZ S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº ______, com sede na Rua ______, nº ______, Bairro ______, Cidade ______, Estado ______, CEP ______, endereço eletrônico ______, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
DOS FATOS
O autor celebrou com a instituição financeira ré um contrato de empréstimo por meio de cartão de crédito, no qual foram pactuadas taxas de juros remuneratórios que, conforme análise posterior, revelaram-se excessivamente onerosas e superiores à média de mercado, conforme dados disponibilizados pelo Banco Central do Brasil.
A taxa de juros aplicada ao contrato em questão supera em mais de três vezes a taxa média de mercado, configurando evidente abusividade. Tal prática contraria os princípios da boa-fé objetiva e do equilíbrio contratual, previstos no CDC, art. 51, IV.
Além disso, o autor foi compelido a pagar valores indevidos em decorrência da aplicação de tais taxas abusivas, o que gerou um saldo devedor desproporcional e incompatível com sua capacidade financeira.
DO DIREITO
A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor, uma vez que o autor se enquadra como consumidor e a ré como fornecedora de serviços financeiros, nos termos do CDC, art. 2º e art. 3º.
A revisão contratual é medida cabível quando constatada a abusividade de cláusulas que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, conforme prevê o CDC, art. 6º, IV. No caso em tela, a taxa de juros pactuada excede em mais de três vezes a taxa média de mercado, conforme dados do Banco Central, configurando prática abusiva e violação ao princípio do equilíbrio contratual.
Ademais, a devolução dos valores pagos indevidamente deve ser realizada de forma simples, uma vez que não há comprovação de má-fé por parte da instituição financeira, conforme entendimento consolidado na jurisprudência.
Por fim, a abusividade das cláusulas contratuais descaracteriza a mora do autor, afastando a incidência de encargos moratórios e outras pena"'>...