Modelo de Ação Indenizatória por Fraude de Boleto Bancário: Reparação de Danos Materiais e Morais Decorrentes de Falha na Prestação de Serviços

Publicado em: 14/07/2024 CivelConsumidor
Ação indenizatória ajuizada por consumidor contra instituição financeira, visando à reparação de danos materiais e morais, em razão de fraude envolvendo boletos bancários falsificados. A peça destaca a falha da ré na segurança das informações, configurando responsabilidade objetiva nos termos do Código de Defesa do Consumidor (CDC). São pleiteados a restituição dos valores pagos indevidamente, reparação por danos morais e condenação em custas processuais e honorários advocatícios, além da realização de audiência de conciliação conforme o CPC/2015.
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AÇÃO INDENIZATÓRIA POR FRAUDE DE BOLETO BANCÁRIO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

[Nome completo do autor], brasileiro(a), estado civil, profissão, portador(a) do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliado(a) na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por intermédio de seu advogado, com endereço profissional na [endereço completo do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO INDENIZATÓRIA

em face de [Nome completo da financeira], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

PREÂMBULO

A presente demanda tem como objetivo a reparação de danos materiais e morais sofridos pelo autor em razão de fraude envolvendo boletos bancários falsificados, que foram pagos pelo autor acreditando tratar-se de cobranças legítimas emitidas pela ré, mas que, na verdade, beneficiaram terceiros fraudadores. A responsabilidade da ré decorre de sua falha na prestação do serviço, especialmente no que tange à segurança das informações e à proteção do consumidor, conforme preceitua o Código de Defesa do Consumidor (CDC).

DOS FATOS

O autor celebrou contrato de financiamento de veículo com a ré, comprometendo-se a realizar o pagamento das parcelas mensais por meio de boletos bancários emitidos pela instituição financeira. Durante o curso do contrato, o autor recebeu boletos que aparentavam ser legítimos, contendo informações que conferiam verossimilhança, como o nome da ré e os dados do contrato.

Confiando na autenticidade dos boletos, o autor realizou os pagamentos regularmente. No entanto, posteriormente, foi surpreendido com a informação de que os valores pagos não foram destinados à ré, mas sim a terceiros fraudadores que falsificaram os boletos, utilizando-se de informações sigilosas que deveriam estar sob a guarda e proteção da ré.

Apesar de o autor ter agido de boa-fé, a ré se recusa a reconhecer os pagamentos realizados e a adotar medidas para mitigar os prejuízos sofridos, alegando que não recebeu os valores e que a responsabilidade seria exclusivamente do autor ou de terceiros.

DO DIREITO

A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), que estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor pelos danos causados ao consumidor em decorrência de falhas na prestação do serviço (CDC, art. 14). No presente caso, a fraude ocorreu em razão de falha na segurança dos serviços prestados pela ré, que permitiu o vazamento de informações sigilosas do autor.

O artigo 14, §3º, do CDC prevê excludentes de responsabilidade apenas nos casos de culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro, o que não se aplica ao caso em tela, uma vez que a fraude foi facilitada por falhas internas da ré, configurando o chamado fortuito interno, que não exclui a responsabilidade do fornecedor.

...

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RELATÓRIO

Trata-se de ação indenizatória ajuizada por [Nome completo do autor] em face de [Nome completo da financeira], na qual o autor pleiteia reparação por danos materiais e morais sofridos em razão de fraude envolvendo boletos bancários falsificados. Alega que a ré, na qualidade de instituição financeira, falhou no dever de segurança, facilitando o evento danoso. A ré, por sua vez, sustenta a inexistência de responsabilidade, atribuindo os prejuízos à culpa exclusiva de terceiros ou do próprio autor.

FUNDAMENTAÇÃO

De acordo com o artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988, é obrigatório que todas as decisões judiciais sejam fundamentadas. Nesse sentido, passo à análise dos fatos e fundamentos jurídicos aplicáveis ao caso.

1. Da Responsabilidade Objetiva

A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), uma vez que estamos diante de uma relação de consumo. Nos termos do art. 14 do CDC, o fornecedor de serviços responde objetivamente pelos danos causados aos consumidores, independentemente de culpa, quando ocorrer falha na prestação do serviço.

No caso em tela, a fraude foi facilitada por falhas de segurança no sistema da ré, configurando o chamado fortuito interno, que, segundo jurisprudência consolidada (Súmula 479/STJ), não exclui a responsabilidade do fornecedor.

2. Da Boa-Fé Objetiva

O princípio da boa-fé objetiva, previsto no art. 422 do Código Civil, impõe às partes o dever de agir com lealdade e diligência. A ré, ao não adotar medidas eficazes para proteger as informações sigilosas de seus clientes, violou esse princípio, devendo reparar os prejuízos causados ao autor.

3. Dos Danos Materiais e Morais

Os danos materiais restam evidenciados pelos valores pagos indevidamente pelo autor, que devem ser devidamente restituídos. Quanto aos danos morais, estão configurados diante do abalo psicológico, da angústia e do transtorno sofridos pelo autor, decorrentes da falha na prestação do serviço pela ré.

4. Da Jurisprudência

A jurisprudência majoritária inclina-se no sentido de reconhecer a responsabilidade objetiva das instituições financeiras por fraudes decorrentes de falhas internas. Nesse sentido, destaco:

  • TJSP (1ª Turma Cível) - Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP: "Fraude que teve início a partir de contato com canal oficial da instituição financeira. (...) Culpa da financeira requerida evidenciada."
  • TJSP (18ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Evento danoso que extrapola os limites da relação objetiva - Prática de ato voluntário próprio pelo autor que explicita assunção de risco."

É importante ressaltar que, embora existam decisões que excluam a responsabilidade do fornecedor em casos de culpa exclusiva do consumidor (fortuito externo), tal hipótese não se aplica ao caso em análise.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, julgo procedente o pedido formulado por [Nome completo do autor], nos seguintes termos:

  1. Condeno a ré ao pagamento de indenização por danos materiais no valor de R$ [valor], devidamente corrigidos e acrescidos de juros legais a partir do desembolso pelo autor.
  2. Condeno a ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ [valor], a ser arbitrado com base nos princípios da razoabilidade e proporcionalidade.
  3. Condeno a ré ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Localidade], [data]

[Nome do Magistrado]

Juiz de Direito


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