Modelo de Ação de reconhecimento e dissolução de união estável entre A. J. dos S. e M. F. de S. L., com pedido de partilha igualitária dos bens adquiridos onerosamente durante a convivência com base no Código Civil e juri...

Publicado em: 13/06/2025 CivelProcesso Civil Familia
Modelo de petição inicial para ação judicial que objetiva o reconhecimento e a dissolução de união estável entre as partes, com a partilha igualitária dos bens adquiridos durante a convivência, fundamentada nos artigos 1.723 a 1.725 do Código Civil, princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, solidariedade familiar e igualdade entre companheiros, e jurisprudência do STJ e TJSP. Inclui pedidos de citação, condenação em custas e honorários, além da produção de provas documentais, testemunhais e periciais.
← deslize para o lado para ver mais opções

AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL COM PARTILHA DE BENS

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara da Família e Sucessões da Comarca de [cidade/UF],

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. J. dos S., brasileiro, solteiro, engenheiro civil, portador do CPF nº 000.000.000-00, RG nº 0.000.000 SSP/UF, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliado na Rua das Flores, nº 123, Bairro Centro, CEP 00000-000, [cidade/UF], por intermédio de seu advogado (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, propor a presente AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL COM PARTILHA DE BENS em face de M. F. de S. L., brasileira, empresária, portadora do CPF nº 111.111.111-11, RG nº 1.111.111 SSP/UF, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliada na Avenida das Palmeiras, nº 456, Bairro Jardim, CEP 11111-111, [cidade/UF].

3. DOS FATOS

O autor e a mantiveram relacionamento afetivo, público, contínuo e duradouro, com o objetivo de constituir família, desde janeiro de 2012 até março de 2023. Durante esse período, coabitaram no mesmo domicílio, compartilharam despesas, adquiriram bens em conjunto e foram reconhecidos socialmente como casal, preenchendo todos os requisitos legais para configuração da união estável, conforme CCB/2002, art. 1.723.

A relação foi marcada por mútua colaboração, apoio moral e material, tendo resultado na aquisição de diversos bens móveis e imóveis, todos adquiridos onerosamente na constância da união. O término da convivência ocorreu de forma consensual, sem filhos comuns, mas restando pendente a regularização patrimonial.

O autor buscou, sem êxito, resolver amigavelmente a partilha dos bens, sendo necessária a intervenção judicial para reconhecimento da união estável, sua dissolução e a partilha dos bens adquiridos durante a convivência.

Ressalta-se que os bens a serem partilhados foram especificados desde logo, conforme rol abaixo:

  • Imóvel residencial situado na Rua das Acácias, nº 789, Bairro Jardim, [cidade/UF], adquirido em 2015;
  • Veículo automotor marca Honda, modelo Civic, placa ABC-1234, adquirido em 2018;
  • Conta bancária conjunta nº 12345-6, Banco XYZ, saldo atual estimado em R$ 50.000,00;
  • Demais bens móveis que guarnecem a residência comum.

 

Não há dívidas comuns relevantes, salvo eventuais despesas ordinárias do lar, igualmente partilháveis.

Diante da recusa da ré em proceder à partilha amigável, é imprescindível o reconhecimento judicial da união estável, sua dissolução e a partilha igualitária dos bens adquiridos onerosamente durante a convivência.

Resumo: Os fatos narrados demonstram a existência da união estável, sua dissolução e a necessidade de partilha dos bens adquiridos, fundamentando o pedido judicial.

4. DO DIREITO

4.1. DO RECONHECIMENTO DA UNIÃO ESTÁVEL

A Constituição Federal reconhece a união estável como entidade familiar, conferindo-lhe proteção jurídica (CF/88, art. 226, §3º). O Código Civil, por sua vez, disciplina a matéria nos arts. 1.723 a 1.727, estabelecendo que a união estável é configurada pela convivência pública, contínua e duradoura, estabelecida com o objetivo de constituição de família (CCB/2002, art. 1.723).

No caso em tela, restam preenchidos todos os requisitos legais e fáticos para o reconhecimento da união estável, conforme fartamente comprovado pelos documentos e testemunhas a serem arroladas.

4.2. DA DISSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL

A dissolução da união estável pode ser requerida judicialmente, nos termos do CCB/2002, art. 1.725, e do CPC/2015, art. 319, sendo cabível a partilha dos bens adquiridos na constância da convivência, sob o regime da comunhão parcial de bens, salvo estipulação diversa.

4.3. DA PARTILHA DE BENS

O patrimônio amealhado durante a união estável deve ser partilhado igualitariamente entre os companheiros, nos termos do CCB/2002, art. 1.725, salvo prova em contrário quanto ao esforço comum. A presunção de esforço comum é aplicável aos bens adquiridos onerosamente na constância da união, conforme entendimento consolidado do STJ e Súmula 380/STF.

Os bens especificados nesta inicial foram adquiridos durante a união estável, com recursos advindos do esforço comum do casal, razão pela qual devem ser partilhados em igualdade de condições.

4.4. DOS PRINCÍPIOS APLICÁVEIS

O princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), da solidariedade familiar e da igualdade entre os companheiros orientam a solução do presente caso, garantindo a proteção dos direitos patrimoniais e existenciais decorrentes da união estável.

Fechamento: Os fundamentos legais, constitucionais e principiológicos apresentados demonstram a procedência do pedido de reconhecimento e dissolução da união estável, be"'>...

Para ter acesso a íntegra dessa peça processual Adquira um dos planos de acesso do site, ou caso você já esteja cadastrado ou já adquiriu seu plano clique em entrar no topo da pagina:


Copyright LEGJUR
Todos os modelos de documentos do site Legjur são de uso exclusivo do assinante. É expressamente proibida a reprodução, distribuição ou comercialização destes modelos sem a autorização prévia e por escrito da Legjur.
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável com Partilha de Bens proposta por A. J. dos S. em face de M. F. de S. L.. O autor alega ter mantido união estável com a ré de janeiro de 2012 a março de 2023, período durante o qual teriam convivido publicamente, com intuito de constituir família, adquirindo bens comuns e compartilhando despesas. O término da convivência deu-se de forma consensual, restando pendente a partilha dos bens adquiridos onerosamente durante a união.

A parte autora requer: (i) o reconhecimento judicial da união estável; (ii) sua dissolução; e (iii) a partilha igualitária dos bens adquiridos na constância da união.

Voto

1. Fundamentação

1.1. Do reconhecimento da união estável

A Constituição Federal, em seu artigo 226, §3º, reconhece a união estável como entidade familiar, impondo ao Estado a proteção de sua constituição. O Código Civil, por sua vez, nos artigos 1.723 e seguintes, delimita os requisitos para a caracterização da união estável: convivência pública, contínua e duradoura, com objetivo de constituição de família.

Os autos demonstram, por meio dos elementos probatórios colacionados, que as partes coabitaram por mais de 10 anos, mantiveram relação pública e notória, compartilharam despesas e adquiriram bens em conjunto, preenchendo os requisitos legais e fáticos para o reconhecimento da união estável, conforme jurisprudência consolidada do STJ (REsp Acórdão/STJ, 3ª Turma).

1.2. Da dissolução da união estável

A dissolução da união estável pode ser requerida judicialmente, conforme previsto no art. 1.725 do Código Civil e art. 319 do CPC/2015, sendo cabível a partilha dos bens adquiridos na constância do relacionamento, em regra, sob o regime da comunhão parcial de bens, salvo estipulação em sentido diverso, o que não foi alegado pelas partes.

1.3. Da partilha de bens

Os bens adquiridos onerosamente durante a convivência, conforme rol especificado na inicial, devem ser partilhados igualitariamente entre os companheiros, nos termos do art. 1.725 do CCB e da Súmula 380 do STF, que presume o esforço comum na aquisição do patrimônio amealhado durante a união estável.

No caso concreto, não se verifica prova em sentido contrário à presunção de esforço comum para a aquisição dos bens, motivo pelo qual a partilha deve seguir a regra da igualdade, conforme entendimento do STJ (REsp Acórdão/STJ).

1.4. Dos princípios constitucionais

O princípio da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, CF/88), da igualdade entre os companheiros e da solidariedade familiar impõem ao julgador a proteção do ente familiar decorrente da união estável, garantindo às partes a justa partilha do patrimônio adquirido em comum.

1.5. Da fundamentação do voto e motivação obrigatória

Atendendo ao dever constitucional de fundamentação das decisões judiciais, insculpido no artigo 93, IX, da Constituição Federal, apresento as razões acima para o deslinde da controvérsia, com base nos fatos apurados, na legislação vigente e na jurisprudência dominante.

2. Dispositivo

Pelo exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido, nos termos do art. 487, I, do CPC, para:

  1. Reconhecer a existência da união estável entre as partes, no período de janeiro de 2012 a março de 2023;
  2. Decretar a dissolução da união estável;
  3. Determinar a partilha igualitária dos bens adquiridos onerosamente durante a convivência, nos termos especificados na inicial;
  4. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da causa, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015;
  5. Autorizo a expedição de ofícios necessários para regularização da titularidade dos bens partilhados.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

3. Considerações Finais

O presente voto encontra-se devidamente motivado, nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal, considerando os fatos comprovados nos autos, a legislação vigente e a jurisprudência dominante.

É como voto.


[Nome do Magistrado]
Juiz(a) de Direito

[Comarca], [data]


solicite seu modelo personalizado

Solicite Seu Modelo de Peça Processual Personalizado!

Sabemos que cada processo é único e merece um modelo de peça processual que reflita suas especificidades. Por isso, oferecemos a criação de modelos de peças processuais personalizados, partindo de um modelo básico adaptável às suas exigências. Com nosso serviço, você tem a segurança de que sua documentação jurídica será profissional e ajustada ao seu caso concreto. Para solicitar seu modelo personalizado, basta clicar no link abaixo e nos contar sobre as particularidades do seu caso. Estamos comprometidos em fornecer a você uma peça processual que seja a base sólida para o seu sucesso jurídico. Solicite aqui

Você está prestes a dar um passo crucial para aperfeiçoar a sua prática jurídica! Bem-vindo ao LegJur, seu recurso confiável para o universo do Direito.

Ao adquirir a assinatura do nosso site, você obtém acesso a um repositório completo de modelos de petição. Preparados por especialistas jurídicos com vasta experiência na área, nossos modelos abrangem uma ampla gama de situações legais, permitindo que você tenha uma base sólida para elaborar suas próprias petições, economizando tempo e garantindo a excelência técnica.

Mas a LegJur oferece muito mais do que isso! Com a sua assinatura, você também terá acesso a uma biblioteca abrangente de eBooks jurídicos, conteúdo atualizado de legislação, jurisprudência cuidadosamente selecionada, artigos jurídicos de alto nível e provas anteriores do Exame da Ordem. É tudo o que você precisa para se manter atualizado e preparado na sua carreira jurídica.

Na LegJur, temos o objetivo de fornecer as ferramentas essenciais para estudantes e profissionais do Direito. Quer você esteja se preparando para um processo, estudando para um concurso ou apenas buscando expandir seu conhecimento jurídico, a LegJur é a sua parceira confiável.

Investir na assinatura LegJur é investir na sua carreira, no seu futuro e no seu sucesso. Junte-se a nós e veja por que a LegJur é uma ferramenta indispensável no mundo jurídico.

Clique agora para fazer a sua assinatura e revolucione a maneira como você lida com o Direito. LegJur: seu parceiro para uma carreira jurídica brilhante.

Assine já e tenha acesso imediato a todo o conteúdo
Veja aqui o que o legjur pode lhe oferecer

Assinatura Mensal

Assine o LegJur e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos! Cancele a qualquer hora.

R$ 29,90

À vista

1 mês

Acesse o LegJur por 1 mês e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 39,90

Parcele em até 3x sem juros

3 meses

Equilave a R$ 39,96 por mês

Acesse o LegJur por 3 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 119,90

Parcele em até 6x sem juros

6 meses

Equilave a R$ 32,48 por mês

Acesse o LegJur por 6 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 194,90

Parcele em até 6x sem juros

12 meses + 2 meses de Brinde

Equilave a R$ 24,90 por mês

Acesse o LegJur por 1 ano e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 349,90

Parcele em até 10x sem juros

A cópia de conteúdo desta área está desabilitada, para copiar o conteúdo você deve ser assinante do site.