Parcelamento Simplificado e Legalidade dos Atos Normativos

A controvérsia discute se a fixação de limite para adesão ao parcelamento simplificado, por atos normativos, fere o princípio da legalidade.


O parcelamento simplificado é uma técnica administrativa que não altera substancialmente o parcelamento ordinário, mas o instrumentaliza de forma menos burocrática.

Súmulas:

  • Súmula 393/STF. Trata da legalidade de atos normativos complementares ao exercício da administração tributária.

Informações Complementares





TÍTULO:
LIMITES PARA PARCELAMENTO SIMPLIFICADO E O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE



1. INTRODUÇÃO

O parcelamento simplificado é uma modalidade importante de quitação de débitos tributários, permitindo ao contribuinte regularizar suas pendências de maneira acessível. Contudo, a imposição de limites para adesão a esse regime por meio de atos normativos, em vez de lei formal, suscita debates sobre a violação ao princípio da legalidade, especialmente no contexto do Direito Tributário. Este documento analisa os fundamentos legais e normativos envolvidos na discussão.

Legislação:  

Lei 10.522/2002: Dispõe sobre o parcelamento de débitos tributários.  

CF/88, art. 150: Estabelece o princípio da legalidade tributária.  

Jurisprudência:  
Parcelamento Simplificado Legalidade  

Ato Normativo Princípio Legalidade  

Tributário Princípio Reserva Legal  


2. PARCELAMENTO SIMPLIFICADO, LEGALIDADE TRIBUTÁRIA, LEI 10.522/2002, ATOS NORMATIVOS, PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL

O parcelamento simplificado, instituído pela Lei 10.522/2002, tem como objetivo facilitar a regularização fiscal dos contribuintes. No entanto, a fixação de limites financeiros para adesão a este regime, frequentemente feita por atos normativos infralegais, pode suscitar controvérsias sobre a conformidade com o princípio da legalidade tributária. Esse princípio, previsto na CF/88, art. 150, exige que toda imposição tributária ou restrição ao contribuinte tenha base em lei formal, vedando o uso de normas infralegais para criar obrigações ou condições.

O debate central gira em torno da legitimidade de delegar à administração tributária a competência para regulamentar aspectos do parcelamento simplificado, sob a justificativa de sua natureza procedimental. Contudo, qualquer regulamentação que imponha limites não previstos em lei suscita questionamentos quanto ao respeito à reserva legal, princípio basilar do Direito Tributário.

Legislação:  

Lei 10.522/2002: Regulamenta o parcelamento simplificado.  

CF/88, art. 150: Veda a instituição de tributos sem lei formal.  

Jurisprudência:  
Limites Parcelamento Tributário  

Legalidade Tributária Lei 10.522  

Princípio Reserva Legal Parcelamento  


3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A fixação de limites para o parcelamento simplificado por meio de atos normativos requer uma análise rigorosa à luz do princípio da legalidade tributária. A delegação de competências à administração fiscal deve ser cuidadosamente delimitada para evitar violação aos direitos do contribuinte e assegurar a conformidade com os preceitos constitucionais de reserva legal.