Modelo de Petição Inicial de Ação de Obrigação de Fazer com Pedido de Indenização por Danos Morais com Base na LGPD contra Banco XYZ

Publicado em: 22/03/2024 Civel
Petição inicial proposta por A.J. dos S., fundamentada na Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709/2018), objetivando a exclusão de informações irrelevantes inseridas em contrato de financiamento habitacional pelo Banco XYZ. A ação requer a correção dos dados pessoais pela instituição financeira, com base nos princípios da finalidade e necessidade (art. 6º, I e II da LGPD), além de pleitear indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 devido à violação de direitos da personalidade do autor. O documento contém detalhamento dos fatos, fundamentação jurídica, jurisprudências relevantes e pedidos específicos.

PETIÇÃO INICIAL

PREÂMBULO

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de __________.

A. J. dos S., brasileiro(a), estado civil __________, profissão __________, portador(a) do CPF __________, residente e domiciliado(a) na __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado infra-assinado, com fundamento na Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709/2018), propor a presente:

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

Em face de Banco XYZ S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ __________, com sede na __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor celebrou contrato de financiamento habitacional com o Réu, no qual foram inseridas informações pessoais que extrapolam a finalidade do contrato, expondo indevidamente aspectos da vida privada do Autor. Consta no contrato declarações como: "não há convivência em união estável", "não é amigo de servidor público ou parente de servidor público", entre outras informações que não possuem qualquer relação com a finalidade do contrato.

Essas informações, além de irrelevantes para a relação contratual, violam o direito à privacidade do Autor, configurando tratamento inadequado de dados pessoais, em afronta à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), especialmente aos princípios da necessidade e da finalidade (LGPD, art. 6º, I e II).

O Autor, ao tomar ciência da inclusão dessas informações, tentou administrativamente corrigir os dados, mas não obteve êxito, sendo compelido a buscar a tutela jurisdicional para ver resguardados seus direitos.

DO DIREITO

A Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709/2018) estabelece que o tratamento de dados pessoais deve observar os princípios da finalidade e da necessidade (LGPD, art. 6º, I e II), ou seja, os dados coletados devem ser estritamente necessários para o cumprimento da finalidade específica do contrato.

No caso em tela, a inclusão de informações sobre a vida privada do Autor, como estado civil, relações pessoais e vínculos com servidores públicos, extrapola os limites da finalidade do contrato de financiamento habitacional, configurando tratamento inadequado e desproporcional de dados pessoais.

Ademais, a LGPD assegura ao titular dos dados o direito de solicitar a correção de dados incompletos, inexatos ou desatualizados (LGPD, art. 18, III). O Réu, ao se recusar "'>...

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Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação de obrigação de fazer cumulada com pedido de indenização por danos morais, ajuizada por A. J. dos S., em face de Banco XYZ S.A., sob o fundamento de que houve tratamento indevido de dados pessoais, em desconformidade com os princípios e disposições da Lei Geral de Proteção de Dados ( Lei 13.709/2018).

O autor alega que o contrato de financiamento habitacional, celebrado com o réu, incluiu informações irrelevantes e desnecessárias relacionadas à sua vida privada, tais como estado civil e vínculos pessoais, violando os princípios da necessidade e da finalidade previstos na LGPD. O autor pleiteia, além da correção dos dados, indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00.

O réu, devidamente citado, apresentou contestação alegando que os dados coletados são necessários para a análise de crédito e que não houve violação aos direitos do autor.

Fundamentação

Nos termos do artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988, é dever do magistrado fundamentar todas as suas decisões. Passo, portanto, à análise dos fatos e do direito aplicável ao caso.

1. Do tratamento de dados pessoais

A Lei Geral de Proteção de Dados ( Lei 13.709/2018) estabelece que o tratamento de dados pessoais deve observar os princípios da necessidade e da finalidade (art. 6º, I e II). Esses princípios exigem que os dados coletados sejam estritamente necessários para o objetivo pretendido, e que a finalidade esteja claramente definida e limitada ao que é imprescindível para o cumprimento da relação jurídica.

Constatou-se que as informações adicionadas ao contrato, como "não há convivência em união estável" e "não é amigo de servidor público ou parente de servidor público", extrapolam a finalidade do contrato de financiamento habitacional e não são essenciais para o cumprimento do contrato. Assim, verifica-se o tratamento inadequado de dados pessoais, em afronta aos princípios mencionados.

2. Do direito à correção de dados

O artigo 18, III, da LGPD assegura ao titular dos dados o direito de solicitar a correção de dados incompletos, inexatos ou desatualizados. O réu, ao se recusar a corrigir os dados do autor, violou esse direito, configurando conduta ilícita.

3. Dos danos morais

A exposição indevida de informações pessoais sensíveis do autor configura violação a direitos da personalidade, nos termos do Código Civil, artigo 11, §1º, III. A inclusão de informações irrelevantes no contrato de financiamento habitacional expôs, de maneira desnecessária, aspectos da vida privada do autor, causando-lhe constrangimento e violando sua dignidade.

Entendo que a conduta do réu enseja reparação por danos morais, haja vista a violação ao direito à privacidade do autor, protegido constitucionalmente (art. 5º, X, da CF/88).

Dispositivo

Ante o exposto, e com fundamento no artigo 93, IX, da Constituição Federal, julgo procedente a presente ação para:

  1. Determinar que o réu, no prazo de 10 (dez) dias, proceda à exclusão das informações irrelevantes e desnecessárias do contrato de financiamento habitacional, em conformidade com o artigo 18, III, da LGPD;
  2. Condenar o réu ao pagamento de indenização por danos morais ao autor, no valor de R$ 10.000,00, acrescido de correção monetária e juros moratórios desde a data da citação;
  3. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, arbitrados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, conforme artigo 85, §2º, do CPC/2015.

Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.

__________, ___ de __________ de 20__.

Juiz(a) de Direito


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