Modelo de Petição inicial de ação de cobrança para ressarcimento de metade das despesas com construção de muro divisório entre propriedades vizinhas, fundamentada no art. 1.297 do Código Civil
Publicado em: 28/05/2025 CivelProcesso CivilPETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO DE COBRANÇA
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de [Cidade/UF]
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
A. J. dos S., brasileiro, casado, engenheiro civil, inscrito no CPF sob o nº 000.000.000-00, portador do RG nº 0.000.000-0 SSP/UF, endereço eletrônico [email protected], residente e domiciliado na Rua das Palmeiras, nº 100, Bairro Centro, CEP 00000-000, [Cidade/UF], por seu advogado infra-assinado, com escritório profissional na Rua das Laranjeiras, nº 200, Bairro Centro, CEP 00000-000, [Cidade/UF], endereço eletrônico [email protected], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente
AÇÃO DE COBRANÇA
em face de J. M. da S., brasileiro, casado, comerciante, inscrito no CPF sob o nº 111.111.111-11, portador do RG nº 1.111.111-1 SSP/UF, endereço eletrônico [email protected], residente e domiciliado na Rua das Palmeiras, nº 102, Bairro Centro, CEP 00000-000, [Cidade/UF], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
3. DOS FATOS
O Autor e o Réu são proprietários de imóveis confinantes, situados na Rua das Palmeiras, nºs 100 e 102, respectivamente, separados por um muro divisório. Em [mês/ano], o muro que separava as propriedades encontrava-se em estado precário, apresentando risco de desabamento, o que poderia ocasionar danos materiais e pessoais a ambos os imóveis e seus ocupantes.
Considerando a urgência e a necessidade de garantir a segurança das propriedades, o Autor arcou, sozinho, com todas as despesas referentes à demolição do antigo muro e à construção de um novo, mais resistente e adequado às normas técnicas. O valor total despendido para a realização da obra foi de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), conforme comprovantes de pagamento e notas fiscais anexas.
O Autor procurou o Réu para que este ressarcisse metade do valor gasto, ou seja, R$ 10.000,00 (dez mil reais), uma vez que, nos termos do direito de vizinhança, ambos os proprietários são responsáveis pela construção e conservação do muro divisório. Todavia, o Réu recusou-se a efetuar o pagamento, restando ao Autor buscar a tutela jurisdicional para ver reconhecido seu direito ao ressarcimento da quantia correspondente à metade das despesas realizadas.
Ressalta-se que o Autor notificou extrajudicialmente o Réu para o ressarcimento, não obtendo êxito na solução amigável da controvérsia.
Assim, diante da inércia do Réu, não restou alternativa ao Autor senão propor a presente ação de cobrança.
Resumo: O Autor arcou integralmente com a construção do muro divisório, direito de ressarcimento pela metade do valor, recusa do Réu em pagar, necessidade de tutela jurisdicional.
4. DO DIREITO
O direito do Autor encontra amparo no CCB/2002, art. 1.297, §1º, que dispõe:
“Os intervalos, muros, cercas e os tapumes divisórios, tais como sebes vivas, cercas de arame ou de madeira, valas ou banquetas, presumem-se, até prova em contrário, pertencer a ambos os proprietários confinantes, sendo estes obrigados, de conformidade com os costumes da localidade, a concorrer, em partes iguais, para as despesas de sua construção e conservação.”
Assim, a legislação civil presume o condomínio sobre o muro divisório entre imóveis vizinhos, atribuindo a ambos os proprietários a responsabilidade solidária pela sua construção e manutenção. O princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422) e da função social da propriedade (CF/88, art. 5º, XXIII) reforçam a necessidade de colaboração entre vizinhos para a preservação da segurança e integridade dos imóveis.
O Réu, ao se recusar a arcar com metade das despesas, afronta não apenas o dispositivo legal acima citado, mas também os princípios da solidariedade e da equidade, que regem as relações de vizinhança. O Autor, ao agir preventivamente, evitou danos maiores e preservou o interesse comum, sendo legítima sua pretensão ao ressarcimento proporcional.
O CPC/2015, art. 319, autoriza a propositura da presente ação, estando presentes todos os requisitos legais para o processamento do feito.
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