Modelo de Pedido de suspensão do processo de execução por ausência de bens penhoráveis do devedor, fundamentado no CPC/2015, art. 921, III, com esgotamento das diligências e previsão de prescrição intercorrente

Publicado em: 22/05/2025 Processo Civil Direito Penal
Petição dirigida à Vara Criminal requerendo a suspensão do processo de execução pelo prazo máximo de 1 ano em razão da ausência de bens penhoráveis do executado, com base no artigo 921, III do CPC/2015, após esgotamento das diligências e visando resguardar a segurança jurídica, a celeridade processual e evitar a perpetuação indevida do feito, com pedido de arquivamento e início da contagem da prescrição intercorrente ao fim do prazo.
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PETIÇÃO DE SUSPENSÃO DO PROCESSO

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ª Vara Criminal da Comarca de [inserir comarca] do Tribunal de Justiça do Estado de [inserir Estado].

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

Requerente: M. F. de S. L., brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/[UF] sob o nº [inserir], CPF nº [inserir], endereço eletrônico: [inserir e-mail], residente e domiciliada na [endereço completo].
Requerido: A. J. dos S., brasileiro, solteiro, profissão [inserir], portador do CPF nº [inserir], atualmente recolhido no estabelecimento prisional [nome e endereço do presídio], endereço eletrônico: [inserir e-mail, se houver], residente e domiciliado na [endereço completo].

3. SÍNTESE DOS FATOS

O Requerido, A. J. dos S., foi condenado à pena privativa de liberdade de 4 (quatro) anos, encontrando-se atualmente preso. No curso do processo, foram realizadas tentativas de satisfação do crédito mediante pedido de penhora e bloqueio de bens, todas restando infrutíferas, conforme certidões negativas constantes nos autos.

Diante da ausência de bens penhoráveis, não se vislumbra, neste momento, a possibilidade de efetivo prosseguimento da execução, sendo imprescindível a suspensão do processo nos termos legais. Ressalta-se a urgência do presente pedido, haja vista a necessidade de resguardar direitos processuais das partes e evitar a perpetuação indevida do feito, em consonância com os princípios da celeridade e eficiência processuais.

Destaca-se que já foram esgotadas as diligências cabíveis para localização de bens do Requerido, sem sucesso, motivo pelo qual se faz necessária a suspensão do processo, conforme previsão legal e entendimento jurisprudencial consolidado.

4. DOS FUNDAMENTOS DO PEDIDO (DO DIREITO)

4.1. Da Previsão Legal da Suspensão do Processo

O Código de Processo Civil prevê expressamente, em seu CPC/2015, art. 921, III, a possibilidade de suspensão do processo de execução quando não forem localizados bens penhoráveis do devedor:

"Art. 921. Suspende-se a execução:
III – quando o executado não possuir bens penhoráveis;"

O §1º do mesmo artigo estabelece que a suspensão perdurará pelo prazo máximo de 1 (um) ano, findo o qual, não sendo localizados bens, iniciar-se-á o prazo da prescrição intercorrente (CPC/2015, art. 921, §1º).

4.2. Da Necessidade de Esgotamento das Diligências

A suspensão do processo, nos termos do CPC/2015, art. 921, III, pressupõe o esgotamento das diligências para localização de bens do devedor. No caso em tela, foram realizadas todas as pesquisas e tentativas de bloqueio e penhora, sem êxito, conforme se depreende dos autos.

4.3. Da Vedação à Perenização do Processo

O processo não pode se estender indefinidamente, sob pena de violação aos princípios da razoável duração do processo (CF/88, art. 5º, LXXVIII), da celeridade e da eficiência. A suspensão sucessiva e indefinida do feito é vedada, devendo o processo ser suspenso por até 1 (um) ano, após o qual se inicia o prazo da prescrição intercorrente, conforme entendimento consolidado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

4.4. Da Urgência e da Proteção à Segurança Jurídica

A medida ora requerida visa resguardar a segurança jurídica, evitando prejuízos às partes e garantindo a observância do devido processo legal (CF/88, art. 5º, LIV). A suspensão do processo é medida que se impõe diante da ausência de bens penhoráveis, evitando-se a tramitação desnecessária e ineficaz do feito.

4.5. Da Competência e dos Requisitos da Petição Inicial

O presente pedido é dirigido ao juízo competente, com a devida qu"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

1. Relatório

Trata-se de pedido de suspensão do processo formulado por M. F. de S. L., em face de A. J. dos S., nos autos de execução criminal, sob fundamento de ausência de bens penhoráveis do executado, atualmente recolhido em estabelecimento prisional. A requerente informa que todas as tentativas de bloqueio e penhora de bens restaram infrutíferas, conforme certidões negativas constantes dos autos, postulando, assim, a suspensão do feito nos termos do artigo 921, III, do CPC/2015.

2. Fundamentação

2.1. Dos fatos e do direito aplicável

Conforme relatado, esgotaram-se todas as diligências possíveis para localização de bens penhoráveis do executado, sem êxito. Os autos registram certidões negativas de bens, bem como pesquisas infrutíferas junto aos sistemas eletrônicos competentes.

O artigo 921, inciso III, do Código de Processo Civil de 2015 prevê expressamente a possibilidade de suspensão do processo de execução quando não forem localizados bens penhoráveis do devedor:

“Art. 921. Suspende-se a execução:
III – quando o executado não possuir bens penhoráveis.”

O §1º do mesmo artigo estabelece que a suspensão perdurará pelo prazo máximo de 1 (um) ano, findo o qual, não sendo localizados bens, inicia-se o prazo de prescrição intercorrente. Tal entendimento é reiterado pela jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo:

“A suspensão da execução perdurará pelo prazo máximo de um ano. Decorrido este prazo, sem a localização bens penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos sem nova interrupção do prazo prescricional. Incabível o deferimento de pedidos sucessivos de suspensão da execução, pois o processo não pode se estender indefinidamente.”
[TJSP, 12ª Câmara de Direito Privado, AI Acórdão/TJSP]

Ressalto, ainda, que o princípio da razoável duração do processo (art. 5º, LXXVIII, da CF/88) e o princípio da eficiência (art. 37, caput, da CF/88) exigem que os processos não se perpetuem indefinidamente, devendo o magistrado zelar pela efetividade e celeridade processuais.

O artigo 93, IX, da Constituição Federal, impõe ao magistrado o dever de fundamentação das decisões judiciais, nos seguintes termos:

“Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade...”

No caso concreto, restam comprovados o esgotamento das diligências e a ausência de bens penhoráveis do executado, preenchendo-se, assim, os requisitos legais para a suspensão do processo pelo prazo de um ano, conforme já assentado pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Tribunal de Justiça local.

2.2. Da proteção aos princípios constitucionais

A medida ora analisada visa resguardar a segurança jurídica (art. 5º, caput, CF/88), bem como garantir a observância do devido processo legal (art. 5º, LIV, CF/88), evitando prejuízos às partes e a tramitação inócua do feito.

Destaco, por oportuno, que não é possível o deferimento de sucessivas suspensões do processo, sob pena de eternização da demanda executiva e afronta à segurança jurídica, devendo o processo ser suspenso por até 1 (um) ano, iniciando-se, após, a contagem do prazo prescricional, nos termos do art. 921, §1º, do CPC/2015.

3. Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento no artigo 921, III e §1º, do Código de Processo Civil, bem como nos princípios constitucionais da razoável duração do processo, eficiência e segurança jurídica, julgo procedente o pedido e defiro a suspensão do presente processo executivo pelo prazo máximo de 1 (um) ano, contado a partir desta decisão.

Decorrido o prazo de suspensão, sem a localização de bens penhoráveis, determino o arquivamento dos autos, com início da contagem do prazo da prescrição intercorrente, nos termos do art. 921, §1º, do CPC/2015.

Intimem-se as partes acerca desta decisão.

Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.

4. Conclusão

É como voto.


[Comarca], [data].

___________________________________
Magistrado(a)


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