Modelo de Pedido de Revogação de Medidas Protetivas de Urgência em Caso de Violência Doméstica com Base na Reaproximação Consensual das Partes
Publicado em: 18/10/2024 Direito Penal Processo PenalPEDIDO DE REVOGAÇÃO DE MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de [inserir comarca]
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
L. S. V., brasileiro, solteiro, auxiliar de serviços gerais, portador do CPF nº [inserir], RG nº [inserir], residente e domiciliado na Rua [inserir endereço completo], endereço eletrônico: [inserir e-mail], por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na Rua [inserir endereço do advogado], endereço eletrônico: [inserir e-mail do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no CPP, art. 282, §5º, e Lei 11.340/2006, art. 22, requerer a:
REVOGAÇÃO DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
concedidas nos autos do processo nº [inserir número], nos termos que passa a expor e ao final requerer.
3. SÍNTESE FÁTICA
O Requerente foi alvo de medidas protetivas de urgência deferidas em janeiro de 2024, em favor de L. A. do N., com quem mantinha relacionamento afetivo. As medidas consistiam na proibição de aproximação e contato com a suposta vítima, fixando-se o limite mínimo de 200 metros.
Ocorre que, em março de 2024, por iniciativa da própria suposta vítima, o casal voltou a se encontrar, reatando o relacionamento afetivo, o qual permanece até a presente data, de forma consensual e harmônica.
Desde então, ambos convivem de forma pacífica, sem qualquer intercorrência ou episódio de violência, o que demonstra a superação do conflito que originou a medida protetiva. A manutenção das medidas, portanto, tornou-se desnecessária e desproporcional, não havendo mais risco atual ou iminente à integridade da suposta vítima.
4. DOS FUNDAMENTOS DO PEDIDO
As medidas protetivas de urgência têm natureza cautelar, sendo cabíveis apenas quando presentes os requisitos da necessidade e da adequação, conforme disposto no CPP, art. 282, caput. A sua manutenção deve estar condicionada à existência de risco atual ou iminente à integridade da vítima, o que não se verifica no presente caso.
O retorno espontâneo da convivência entre as partes, a pedido da própria suposta vítima, demonstra a ausência de temor, risco ou ameaça, o que descaracteriza a situação de violência doméstica e familiar prevista na Lei 11.340/2006.
Ademais, a manutenção das medidas protetivas, diante da atual realidade fática, configura restrição indevida aos direitos fundamentais do Requerente, como o direito à convivência familiar e à liberdade de locomoção, garantidos pela CF/88, art. 5º, incisos II e XV.
5. DO DIREITO
Nos termos do CPP, art. 282, §5º, as medidas cautelares, inclusive as protetivas"'>...