Modelo de Manifestação requerendo prosseguimento da penhora sobre metade ideal de coproprietária G. D. do N. em cumprimento de sentença por dívida condominial com base no CPC e CCB
Publicado em: 11/06/2025 CivelProcesso CivilMANIFESTAÇÃO – REQUERIMENTO DE PROSSEGUIMENTO DA PENHORA SOBRE A METADE IDEAL DE G. D. do N.
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ____________ – Tribunal de Justiça do Estado de ____________.
2. IDENTIFICAÇÃO DO PROCESSO E DAS PARTES
Processo nº: [inserir número]
Exequente: [Nome abreviado conforme regra]
Executado(a): [Nome abreviado conforme regra]
Terceira interessada/coproprietária: G. D. do N.
3. SÍNTESE DOS FATOS
Trata-se de cumprimento de sentença referente à cobrança de despesas condominiais, no qual foi determinada a penhora de imóvel de copropriedade da executada e de G. D. do N.. O v. acórdão de fls. reconheceu a possibilidade de extensão da penhora à metade ideal pertencente à coproprietária, em razão do caráter propter rem da dívida condominial, nos termos do art. 1.345 do CCB/2002, bem como da aplicação do CPC/2015, art. 109, §2º e §3º.
O acórdão também ressalvou a possibilidade de intervenção de G. D. do N. como assistente litisconsorcial, destacando que a ausência de sua participação na fase de conhecimento não impede a extensão dos efeitos da sentença à sua esfera patrimonial.
Considerando a decisão colegiada e a ausência de óbices processuais, vem o exequente requerer o prosseguimento da penhora sobre a metade ideal pertencente à coproprietária, observando-se as garantias legais e os direitos dos demais interessados.
4. DO DIREITO
4.1. DA POSSIBILIDADE DE PENHORA DA METADE IDEAL DO IMÓVEL
O Código de Processo Civil autoriza expressamente a penhora da fração ideal pertencente ao coproprietário alheio à execução, em consonância com o disposto no CPC/2015, art. 843, caput e §2º:
“Tratando-se de penhora de bem indivisível, o equivalente à quota-parte do coproprietário alheio à execução recairá sobre o produto da alienação do bem, reservando-se o correspondente à sua quota-parte calculado sobre o valor da avaliação.”
No caso, o imóvel objeto da constrição é indivisível e pertence, em copropriedade, à executada e à terceira interessada G. D. do N.. Assim, é plenamente viável a penhora da metade ideal pertencente à coproprietária, devendo ser resguardado o direito de percepção do valor correspondente à sua quota-parte no produto da alienação, conforme entendimento consolidado na jurisprudência.
Ressalte-se que a natureza propter rem da obrigação condominial impõe a responsabilidade ao proprietário ou possuidor do imóvel, independentemente de sua participação na fase de conhecimento, conforme preconiza o CCB/2002, art. 1.345 e o CPC/2015, art. 109, §2º e §3º.
4.2. DA EXTENSÃO DOS EFEITOS DA SENTENÇA E DA INTERVENÇÃO DA COPROPRIETÁRIA
O acórdão de fls. foi categórico ao admitir a extensão dos efeitos da sentença à coproprietária G. D. do N., mesmo não tendo ela participado da fase de conhecimento, nos termos do CPC/2015, art. 109, §3º.
O dispositivo legal assim dispõe:
“Estendem-se os efeitos da sentença proferida entre as partes originárias ao adquirente ou cessionário.”
Ademais, facultou-se à coproprietária a possibilidade de intervenção como assistente litisconsorcial, garantindo-se o contraditório e a ampla defesa, em respeito aos princípios constitucionais do devido processo legal e da legalidade (CF/88, art. 5º, LIV e II).
4.3. DO CARÁTER PROPTER REM DA OBRIGAÇÃO CONDOMINIAL
A obrigação condominial é de natureza propter rem, vinculando-se ao imóvel e não à pessoa do devedor, de modo que o débito acompanha o bem, sendo o proprietário ou possuidor responsável pelo adimplemento, nos termos do CCB/2002, art. 1.345"'>...
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