Modelo de Impugnação aos Embargos de Terceiro em execução sobre imóvel com alegação de fraude à execução e má-fé da embargante, requerendo improcedência dos embargos, manutenção da penhora e condenação em honorár...

Publicado em: 17/06/2025 Processo Civil
Modelo de impugnação aos embargos de terceiro opostos em ação de execução sobre imóvel, fundamentada na ausência de prova da boa-fé da embargante, na existência de ciência da demanda judicial e na regularidade da constrição, com pedido de improcedência dos embargos, manutenção da penhora e condenação da parte embargante ao pagamento das custas e honorários advocatícios, conforme CPC/2015 e súmulas do STJ.
← deslize para o lado para ver mais opções

IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS DE TERCEIRO

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ___ do Tribunal de Justiça do Estado de ___.

2. PREÂMBULO (QUALIFICAÇÃO DAS PARTES E IDENTIFICAÇÃO DO PROCESSO)

Processo nº: ____________
Embargado: A. J. dos S., brasileiro, casado, empresário, inscrito no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, portador do RG nº X.XXX.XXX, residente e domiciliado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, CEP ___, endereço eletrônico: [email protected].
Embargante: M. F. de S. L., brasileira, solteira, professora, inscrita no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, portadora do RG nº X.XXX.XXX, residente e domiciliada na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, CEP ___, endereço eletrônico: [email protected].
A. J. dos S., por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar sua IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS DE TERCEIRO opostos por M. F. de S. L., nos autos em epígrafe, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

3. SÍNTESE DOS FATOS

Os presentes embargos de terceiro foram opostos por M. F. de S. L. em face da constrição judicial incidente sobre o imóvel localizado na Rua ___, nº ___, objeto da execução promovida por A. J. dos S. contra C. E. da S.. A embargante alega ser legítima proprietária do bem, sustentando que a constrição é indevida, pois teria adquirido o imóvel anteriormente à penhora, inexistindo fraude à execução ou má-fé. Requer, assim, a desconstituição da penhora e a liberação do bem.

4. DOS FATOS

A constrição judicial recaiu sobre o imóvel de matrícula nº ___, situado na Rua ___, nº ___, em razão da execução movida por A. J. dos S. contra C. E. da S.. A embargante, M. F. de S. L., alega ter adquirido o referido imóvel por meio de escritura pública lavrada em ___/___/___, com registro em ___/___/___, antes da efetivação da penhora.

Entretanto, verifica-se dos autos que, à época da alienação, já tramitava ação capaz de levar o alienante à insolvência, sendo certo que a embargante tinha ciência da existência da demanda. Ademais, não houve registro de penhora na matrícula do imóvel antes da alienação, o que, em tese, afastaria a presunção de fraude à execução, conforme entendimento consolidado na Súmula 375/STJ.

Ressalta-se, ainda, que a embargante não logrou demonstrar a inexistência de má-fé na aquisição do imóvel, tampouco produziu prova inequívoca acerca da legitimidade da posse e propriedade, limitando-se a alegações genéricas. O ônus da prova, neste caso, compete à embargante, nos termos do CPC/2015, art. 373, I.

Por fim, a constrição judicial foi regularmente processada, inexistindo vício formal ou material que justifique a desconstituição da penhora, razão pela qual os embargos de terceiro devem ser julgados improcedentes.

5. DO DIREITO

5.1. DA LEGITIMIDADE E DOS REQUISITOS DOS EMBARGOS DE TERCEIRO

Os embargos de terceiro constituem ação autônoma de conhecimento, com rito especial, destinada à proteção de bens de terceiro alheio à relação processual, que sofre ou está na iminência de sofrer constrição judicial (CPC/2015, art. 674). Para o acolhimento da pretensão, exige-se a demonstração da posse ou propriedade do bem, a condição de terceiro e a ilegalidade da apreensão.

No caso em tela, a embargante não comprovou de forma cabal a sua condição de terceira de boa-fé, tampouco a regularidade da aquisição do imóvel, especialmente diante da existência de demanda judicial capaz de levar o alienante à insolvência.

5.2. DA FRAUDE À EXECUÇÃO E DA BOA-FÉ

O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente (Súmula 375/STJ). No presente caso, embora não houvesse registro de penhora à época da alienação, restou evidenciado que a embargante tinha ciência da demanda executiva, circunstância que afasta a presunção de boa-fé.

A boa-fé é princípio geral do direito civil (CCB/2002, art. 113), presumindo-se sua existência, cabendo à parte contrária demonstrar a má-fé. Contudo, a ciência inequívoca da demanda judicial e a ausência de diligência na verificação da situação do imóvel comprometem a alegação de boa-fé da embargante.

5.3. DA IMPOSSIBILIDADE DE DISCUSSÃO DE MATÉRIAS ESTRANHAS AOS EMBARGOS DE TERCEIRO

Os embargos de terceiro têm por finalidade exclusiva a desconstituição da constrição judicial sobre bem de terceiro, não se prestando à discussão de matérias estranhas ao ato constritivo, como questões relativas à prescrição intercorrente ou usu"'>...

Para ter acesso a íntegra dessa peça processual Adquira um dos planos de acesso do site, ou caso você já esteja cadastrado ou já adquiriu seu plano clique em entrar no topo da pagina:


Copyright LEGJUR
Todos os modelos de documentos do site Legjur são de uso exclusivo do assinante. É expressamente proibida a reprodução, distribuição ou comercialização destes modelos sem a autorização prévia e por escrito da Legjur.
Informações complementares

Simulação de Voto

VOTO

Trata-se de embargos de terceiro opostos por M. F. de S. L. em face da constrição judicial incidente sobre imóvel objeto de execução promovida por A. J. dos S. contra C. E. da S.. A embargante sustenta que adquiriu o bem anteriormente à penhora, sem incorrer em fraude à execução ou má-fé, pleiteando, assim, a desconstituição da penhora e a liberação do imóvel.

I. Admissibilidade

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço dos embargos de terceiro, uma vez que a parte embargante ostenta legitimidade e interesse, em conformidade com o artigo 674 do Código de Processo Civil/2015.

II. Dos Fatos e da Prova

Dos autos, verifica-se que a embargante alega ter adquirido o imóvel por escritura pública, devidamente registrada, antes da constrição judicial. Contudo, restou evidenciado que, à época da alienação, já tramitava ação capaz de levar o alienante à insolvência, sendo inequívoca a ciência da embargante acerca da demanda. Ademais, não houve registro de penhora na matrícula do imóvel antes da alienação, o que, à luz da Súmula 375 do STJ, afasta, em regra, a presunção absoluta de fraude à execução, condicionando o reconhecimento da má-fé à demonstração de ciência da demanda executiva.

Entretanto, a embargante não produziu prova suficiente de sua boa-fé objetiva, tampouco comprovou a ausência de má-fé ou desconhecimento da existência da demanda judicial. O ônus da prova incumbia à embargante, nos termos do artigo 373, inciso I, do CPC/2015, o que não foi devidamente cumprido.

III. Do Direito

III.1. Embargos de Terceiro e Fraude à Execução

Conforme dispõe o artigo 674 do CPC/2015, os embargos de terceiro servem à proteção do direito de propriedade ou posse de quem, não sendo parte no processo, sofre constrição sobre seu bem. Para o êxito no pleito, exige-se que o terceiro demonstre cabalmente sua condição de proprietário ou possuidor de boa-fé.

A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, por meio da Súmula 375, estabelece que o reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente. No presente caso, embora não haja registro de penhora, há elementos suficientes nos autos que indicam a ciência da embargante quanto à existência de demanda capaz de levar o alienante à insolvência, circunstância que compromete a alegação de boa-fé.

III.2. Da Boa-Fé e do Ônus da Prova

O princípio da boa-fé é regra fundamental nas relações civis (art. 113 do CC/2002), mas, diante de indícios de ciência da ação executiva, incumbe à embargante comprovar sua inocorrência de má-fé, o que não foi feito de maneira satisfatória nos autos.

III.3. Limites dos Embargos de Terceiro

Ressalto ser incabível, nos embargos de terceiro, a apreciação de matérias alheias à constrição judicial (CPC/2015, arts. 674 e 492), devendo o juízo restringir a análise à legalidade ou não do ato constritivo.

IV. Da Sucumbência

Diante da improcedência dos embargos, impõe-se à embargante o pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do artigo 85, §2º, do CPC/2015 e da Súmula 303 do STJ.

V. Conclusão e Dispositivo

Ante o exposto, julgo improcedentes os embargos de terceiro opostos por M. F. de S. L. e, por consequência:

  • Mantenho a penhora sobre o imóvel objeto da execução;
  • Condeno a embargante ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015;
  • Deixo de determinar a produção de outras provas, diante da suficiência dos elementos constantes dos autos para o julgamento da demanda.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

VI. Fundamentação Constitucional

O presente voto está em conformidade com o artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que exige decisões judiciais fundamentadas, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos que as embasam, garantindo-se o contraditório, a ampla defesa e o devido processo legal.

VII. Ementa

EMBARGOS DE TERCEIRO – Imóvel adquirido anteriormente à penhora – Existência de demanda judicial capaz de levar o alienante à insolvência – Ciência inequívoca da embargante acerca da demanda – Ausência de prova de boa-fé – Manutenção da penhora – Embargos julgados improcedentes – Condenação da embargante em custas processuais e honorários advocatícios – Art. 93, IX, CF/88; arts. 674 e 373, I, CPC/2015; Súmula 375/STJ.

VIII. Certificação

É como voto.

Cidade/UF, ___ de ____________ de 2025.

_______________________________________
Magistrado(a)


solicite seu modelo personalizado

Solicite Seu Modelo de Peça Processual Personalizado!

Sabemos que cada processo é único e merece um modelo de peça processual que reflita suas especificidades. Por isso, oferecemos a criação de modelos de peças processuais personalizados, partindo de um modelo básico adaptável às suas exigências. Com nosso serviço, você tem a segurança de que sua documentação jurídica será profissional e ajustada ao seu caso concreto. Para solicitar seu modelo personalizado, basta clicar no link abaixo e nos contar sobre as particularidades do seu caso. Estamos comprometidos em fornecer a você uma peça processual que seja a base sólida para o seu sucesso jurídico. Solicite aqui

Outras peças semelhantes

Você está prestes a dar um passo crucial para aperfeiçoar a sua prática jurídica! Bem-vindo ao LegJur, seu recurso confiável para o universo do Direito.

Ao adquirir a assinatura do nosso site, você obtém acesso a um repositório completo de modelos de petição. Preparados por especialistas jurídicos com vasta experiência na área, nossos modelos abrangem uma ampla gama de situações legais, permitindo que você tenha uma base sólida para elaborar suas próprias petições, economizando tempo e garantindo a excelência técnica.

Mas a LegJur oferece muito mais do que isso! Com a sua assinatura, você também terá acesso a uma biblioteca abrangente de eBooks jurídicos, conteúdo atualizado de legislação, jurisprudência cuidadosamente selecionada, artigos jurídicos de alto nível e provas anteriores do Exame da Ordem. É tudo o que você precisa para se manter atualizado e preparado na sua carreira jurídica.

Na LegJur, temos o objetivo de fornecer as ferramentas essenciais para estudantes e profissionais do Direito. Quer você esteja se preparando para um processo, estudando para um concurso ou apenas buscando expandir seu conhecimento jurídico, a LegJur é a sua parceira confiável.

Investir na assinatura LegJur é investir na sua carreira, no seu futuro e no seu sucesso. Junte-se a nós e veja por que a LegJur é uma ferramenta indispensável no mundo jurídico.

Clique agora para fazer a sua assinatura e revolucione a maneira como você lida com o Direito. LegJur: seu parceiro para uma carreira jurídica brilhante.

Assine já e tenha acesso imediato a todo o conteúdo
Veja aqui o que o legjur pode lhe oferecer

Assinatura Mensal

Assine o LegJur e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos! Cancele a qualquer hora.

R$ 29,90

À vista

1 mês

Acesse o LegJur por 1 mês e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 39,90

Parcele em até 3x sem juros

3 meses

Equilave a R$ 39,96 por mês

Acesse o LegJur por 3 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 119,90

Parcele em até 6x sem juros

6 meses

Equilave a R$ 32,48 por mês

Acesse o LegJur por 6 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 194,90

Parcele em até 6x sem juros

12 meses + 2 meses de Brinde

Equilave a R$ 24,90 por mês

Acesse o LegJur por 1 ano e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 349,90

Parcele em até 10x sem juros

A cópia de conteúdo desta área está desabilitada, para copiar o conteúdo você deve ser assinante do site.