Modelo de Habeas Corpus visando a Liberdade Provisória de Paciente Preso Preventivamente por Suposto Descumprimento de Medidas Protetivas da Lei Maria da Penha

Publicado em: 14/03/2025 Direito Penal Processo Penal
Petição de habeas corpus apresentada por advogado(a) em favor de paciente preso preventivamente sob alegação de descumprimento de medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006). O documento fundamenta o pedido de liberdade provisória com base na ausência de requisitos específicos para a prisão preventiva previstos no Código de Processo Penal (arts. 312 e 313), destaca o princípio constitucional da presunção de inocência e pleiteia, subsidiariamente, a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão (art. 319 do CPP). Inclui jurisprudências pertinentes ao caso e solicita a manifestação do Ministério Público e a imediata soltura do paciente.
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HABEAS CORPUS

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE [CIDADE/ESTADO]

Impetrante: Nome completo do advogado(a), OAB/UF nº [número], com endereço profissional na [endereço completo], e-mail [endereço eletrônico], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 5º, LXVIII, da Constituição Federal de 1988 e nos arts. 647 e 648 do Código de Processo Penal, impetrar o presente:

HABEAS CORPUS

Em favor de [RÉU], brasileiro, estado civil, profissão, portador do RG nº [número] e CPF nº [número], residente e domiciliado na [endereço completo], atualmente preso na [local de custódia], contra ato coator praticado pelo(a) MM. Juiz(a) da ___ Vara Criminal da Comarca de [cidade/estado], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

PREÂMBULO

O presente habeas corpus visa garantir a liberdade do paciente, que se encontra preso preventivamente por suposto descumprimento de medidas protetivas de urgência previstas na Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), sob a alegação de que teria violado a ordem judicial de afastamento da vítima.

DOS FATOS

O paciente foi preso preventivamente sob a acusação de descumprimento de medidas protetivas de urgência concedidas em favor de sua ex-companheira, conforme previsto na Lei 11.340/2006, art. 24-A. A prisão foi decretada com fundamento na suposta necessidade de garantir a ordem pública e proteger a integridade da vítima.

Contudo, o paciente é primário, possui residência fixa e ocupação lícita, não havendo nos autos elementos concretos que justifiquem a excepcionalidade da prisão preventiva. Ademais, não há indícios de que sua liberdade comprometeria a aplicação da lei penal ou representaria risco à segurança da vítima.

DO DIREITO

A prisão preventiva, medida de natureza excepcional, deve observar os requisitos previstos no CPP, art. 312, quais sejam: garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e aplicação da lei penal. Além disso, deve estar fundamentada em elementos concretos que demonstrem a necessidade da custódia cautelar.

No caso em tela, não estão presentes os requisitos do CPP, art. 312, tampouco a adequação prevista no CPP, art. 313, III. O paciente é primário, possui residência fixa e ocupação lícita, o que evidencia a possibilidad"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Introdução

Trata-se de habeas corpus impetrado em favor do paciente que se encontra preso preventivamente por suposto descumprimento de medidas protetivas de urgência previstas na Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha). A prisão foi decretada sob a justificativa de garantir a ordem pública e proteger a integridade da vítima. A defesa argumenta que o paciente é primário, possui residência fixa e ocupação lícita, e que não há elementos concretos para justificar a manutenção da prisão preventiva, pleiteando sua substituição por medidas cautelares diversas.

Dos Fatos

O paciente foi acusado de descumprir medidas protetivas de urgência concedidas em favor de sua ex-companheira, conforme previsto no art. 24-A da Lei nº 11.340/2006. A prisão preventiva foi decretada com base na necessidade de garantir a ordem pública e a proteção da vítima. No entanto, a defesa sustenta que o paciente não apresenta risco à aplicação da lei penal, tampouco à segurança da vítima, sendo possível a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.

Do Direito

A análise da presente ordem de habeas corpus deve observar os fundamentos constitucionais e legais aplicáveis. A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, inciso LVII, consagra o princípio da presunção de inocência, o qual determina que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Ainda, o art. 93, IX, da Constituição estabelece que toda decisão judicial deve ser fundamentada.

No âmbito infraconstitucional, o Código de Processo Penal, em seus arts. 312 e 313, dispõe que a prisão preventiva é medida de natureza excepcional, cabível apenas quando demonstrada a necessidade concreta para garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal ou aplicação da lei penal. Além disso, o art. 319 do CPP prevê a adoção de medidas cautelares diversas da prisão, desde que estas sejam suficientes para atender às finalidades do processo penal.

Análise Hermenêutica

A prisão preventiva deve ser aplicada somente em casos onde a gravidade concreta dos fatos e o risco efetivo à ordem pública ou à segurança da vítima estejam devidamente demonstrados. No caso em análise, o paciente é primário, possui residência fixa e ocupação lícita, não havendo elementos concretos que indiquem sua periculosidade ou risco de reiteração delitiva.

A jurisprudência consolidada pelo Superior Tribunal de Justiça e pelos Tribunais de Justiça estaduais reconhece a possibilidade de substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas, desde que ausentes os requisitos do art. 312 do CPP. Ressalta-se que a manutenção da prisão preventiva sem fundamentação concreta viola o princípio da presunção de inocência e os direitos fundamentais do indivíduo.

Voto

Ante o exposto, com fundamento no art. 5º, incisos LVII e LXVIII, da Constituição Federal, e nos arts. 312, 313 e 319 do Código de Processo Penal, voto no sentido de:

  1. Dar provimento ao pedido de habeas corpus, determinando a imediata soltura do paciente;
  2. Subsidiariamente, caso não se entenda pela concessão da liberdade plena, determinar a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas, previstas no art. 319 do CPP, tais como monitoramento eletrônico, proibição de se aproximar da vítima e comparecimento periódico em juízo.

Por fim, destaco que eventual descumprimento das medidas cautelares poderá ensejar o restabelecimento da prisão preventiva, nos termos da legislação aplicável.

Conclusão

Dessa forma, conheço do pedido de habeas corpus e voto pela procedência parcial, com a adoção das medidas anteriormente descritas.

[Local], [Data].

___________________________
Nome do Magistrado
Juiz de Direito


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