Modelo de Contrarrazões à Apelação em Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais devido a Excesso na Legítima Defesa da Posse
Publicado em: 20/10/2024 CivelProcesso CivilCONTRARRAZÕES À APELAÇÃO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE [UF]
Processo nº: [número do processo]
Apelante: [nome do réu/apelante abreviado conforme regras]
Apelado: [nome do autor/apelado abreviado conforme regras]
2. PRELIMINARMENTE
Não há preliminares a serem arguidas neste momento processual.
3. SÍNTESE DOS FATOS
Trata-se de ação de indenização por danos morais e materiais proposta por M. F. de S. L. em face de C. E. da S., em razão de conduta abusiva praticada pelo réu sob o pretexto de exercício da legítima defesa da posse, que ultrapassou os limites legais e constitucionais, resultando em prejuízos físicos, psicológicos e patrimoniais à autora.
Após regular instrução processual, sobreveio sentença que julgou procedente o pedido inicial, reconhecendo o excesso na legítima defesa da posse e condenando o réu ao pagamento de indenização por danos materiais e morais.
Inconformado, o réu interpôs recurso de apelação, pleiteando a reforma da sentença, sob alegações genéricas e dissociadas dos fundamentos da decisão recorrida.
4. DOS FATOS
O conflito entre as partes teve origem quando a autora, legítima possuidora de imóvel contíguo ao do réu, foi surpreendida com atos de violência e destruição de bens praticados por este, sob a alegação de estar defendendo sua posse. Contudo, restou provado nos autos que a autora jamais invadiu ou ameaçou a posse do réu, sendo vítima de agressões físicas e verbais, além da destruição de parte de seu patrimônio.
O réu, ao agir de forma desproporcional e violenta, extrapolou os limites da legítima defesa da posse, configurando abuso de direito, nos termos do CCB/2002, art. 187, e violando os princípios da razoabilidade e da dignidade da pessoa humana, previstos na CF/88, art. 1º, III.
A sentença proferida em primeiro grau foi clara ao reconhecer o excesso na conduta do réu, com base em provas testemunhais e documentais robustas, que demonstraram o nexo de causalidade entre a conduta ilícita e os danos sofridos pela autora.
5. DO DIREITO
O recurso de apelação interposto pelo réu não merece prosperar, pois não impugna de forma específica os fundamentos da sentença, limitando-se a repetir argumentos já refutados pelo juízo a quo, em flagrante violação ao princípio da dialeticidade, previsto no CPC/2015, art. 1.010.
Como bem delineado na sentença, a legítima defesa da posse, prevista no CCB/2002, art. 1.210, §1º, deve observar os critérios de moderação e proporcionalidade. No caso em tela, o réu "'>...