Modelo de Contestação em Ação de Divórcio Litigioso com Pedido de Partilha de Bens e Arbitramento de Aluguel

Publicado em: 06/04/2025 CivelProcesso Civil Familia
Contestação apresentada por Â. B. M. à Ação de Divórcio Litigioso movida por sua cônjuge, com foco na homologação do divórcio, partilha do único bem comum (veículo Chevrolet Onix 1.0) e pedido de arbitramento de aluguel pelo uso exclusivo do imóvel comum pela autora. A peça fundamenta-se no CPC/2015 e no Código Civil, com base no regime de comunhão parcial de bens, e apresenta jurisprudências para reforçar os pedidos.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE NOVA SANTA ROSA – ESTADO DO PARANÁ

Processo nº: (número do processo, se já existente)

Â. B. M., brasileiro, casado, engenheiro agrônomo, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX e do RG nº X.XXX.XXX, residente e domiciliado na Rua X, nº Y, Bairro Z, Nova Santa Rosa/PR, endereço eletrônico: [email protected], por seu advogado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na Rua Tal, nº 123, Bairro Centro, Nova Santa Rosa/PR, endereço eletrônico: [email protected], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no CPC/2015, art. 335, apresentar a presente:

CONTESTAÇÃO

à AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO movida por C. G. MÜNCHEN, já qualificada nos autos, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor:

I – PRELIMINARMENTE

O contestante não apresenta preliminares processuais a serem arguidas neste momento, reconhecendo a regularidade formal da petição inicial, nos termos do CPC/2015, art. 319.

II – DOS FATOS

O requerido confirma que contraiu matrimônio com a autora em 30 de novembro de 2019, sob o regime de comunhão parcial de bens, e que dessa união nasceu a menor H. M. MÜNCHEN, em 07 de maio de 2020.

O casal encontra-se separado de fato desde 16 de outubro de 2024, conforme alegado pela autora. Contudo, o requerido discorda de parte das alegações apresentadas na inicial, especialmente no que tange à omissão quanto à ocupação exclusiva do imóvel comum pela autora e à ausência de proposta concreta de partilha do único bem do casal: um veículo Chevrolet Onix 1.0, avaliado em R$ 36.000,00.

Além disso, a autora permanece residindo no imóvel que servia de lar conjugal, de propriedade comum do casal, sem qualquer compensação financeira ao requerido, o que enseja o pedido de arbitramento de aluguel proporcional à sua cota-parte, até que se efetive a partilha.

III – DO DIREITO

1. DO DIVÓRCIO

O requerido não se opõe ao pedido de divórcio, reconhecendo que a separação de fato tornou insustentável a continuidade da vida conjugal. A Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional 66/2010, art. 226, § 6º, estabelece que:

“O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.”

Assim, o divórcio é direito potestativo de qualquer dos cônjuges, não se exigindo mais a comprovação de culpa ou prazo mínimo de separação. O requerido, portanto, anui ao pedido de dissolução do vínculo conjugal.

2. DA PARTILHA DE BENS

O regime de bens adotado foi o da comunhão parcial, nos termos do CCB/2002, art. 1.658, segundo o qual comunicam-se os bens adquiridos onerosamente na constância do casamento. O único bem comum identificado é o veículo Chevrolet Onix 1.0, avaliado em R$ 36.000,00, cuja partilha deverá ser feita de forma igualitária (50% para cada cônjuge).

O requerido concorda com a partilha do veículo, mas requer que seja realizada de forma equitativa, mediante avaliação atualizada e, se necessário, venda judicial do bem, com posterior divisão do produto da venda.

3. DO ARBITRAMENTO DE ALUGUEL PELO USO EXCLUSIVO DO IMÓVEL COMUM

Embora não mencionado na inicial, a autora permanece residindo no imóvel que servia de lar conjugal, de propriedade comum do casal. O requerido, por sua vez, foi compelido a sair do imóvel, arcando com despesas de moradia própria, en"'>...

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Informações complementares

Segue abaixo a simulação de um voto do magistrado, em formato HTML, baseado no documento apresentado:

Simulação de Voto

RELATÓRIO

Trata-se de ação de divórcio litigioso ajuizada por C. G. München em face de Â. B. M. A autora pleiteia a dissolução do vínculo conjugal, bem como o reconhecimento de direitos patrimoniais oriundos do regime de comunhão parcial de bens.

O requerido, em contestação, concorda com o divórcio, mas apresenta discordância parcial em relação à partilha de bens e argumenta sobre o uso exclusivo do imóvel comum pela autora, requerendo o arbitramento de aluguel proporcional à sua cota-parte até a efetiva partilha.

FUNDAMENTAÇÃO

Passo à análise das questões postas, à luz dos fatos e dos fundamentos constitucionais e legais, em conformidade com o princípio da motivação das decisões judiciais, disposto na CF/88, art. 93, IX.

I – Do Divórcio

A CF/88, art. 226, § 6º, com a redação dada pela Emenda Constitucional 66/2010, assegura o direito potestativo ao divórcio, bastando a vontade de uma das partes para sua decretação. A exigência de comprovação de culpa ou prazo de separação foi abolida.

Dessa forma, é imperioso reconhecer o direito da autora à dissolução do vínculo conjugal, conforme pleiteado e corroborado pela concordância expressa do requerido.

II – Da Partilha de Bens

O regime de bens adotado pelas partes é o de comunhão parcial, nos termos do CCB/2002, art. 1.658, segundo o qual comunicam-se os bens adquiridos onerosamente na constância do casamento.

O único bem comum identificado é o veículo Chevrolet Onix 1.0, avaliado em R$ 36.000,00. Entendo que a partilha deve ser igualitária (50% para cada cônjuge), podendo ser realizada mediante alienação judicial, caso não haja consenso entre as partes.

III – Do Arbitramento de Aluguel pelo Uso Exclusivo do Imóvel Comum

O requerido alega que a autora ocupa exclusivamente o imóvel comum do casal, enquanto ele arca com custos de moradia própria, configurando enriquecimento sem causa. O CCB/2002, art. 884 veda tal situação, sendo cabível o arbitramento de aluguel proporcional à cota-parte do requerido.

A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e de outros tribunais estaduais tem reconhecido o direito ao arbitramento de aluguel em casos semelhantes, como se observa no julgamento dos seguintes precedentes:

“Aquele que permanece no imóvel comum deve pagar aluguel ao outro, proporcional à sua meação, desde que haja resistência à saída ou à fruição do bem pelo outro cônjuge.” (DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 12. ed. São Paulo: RT, 2021, p. 443)

Portanto, entendo ser legítimo o pedido do requerido para que seja arbitrado aluguel mensal relativo à ocupação exclusiva do imóvel pela autora, a partir da separação de fato (16/10/2024) até a efetiva partilha.

IV – Dos Pedidos Formulados

Os pedidos formulados pelo requerido encontram respaldo no ordenamento jurídico e nos princípios da equidade e da isonomia, devendo ser acolhidos em parte, conforme a fundamentação apresentada.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, com fundamento na CF/88, art. 93, IX, julgo procedente em parte o pedido, para:

  1. Homologar o divórcio das partes, com a dissolução do vínculo conjugal;
  2. Determinar a partilha igualitária do bem comum (veículo Chevrolet Onix 1.0), nos termos do CCB/2002, art. 1.658, podendo ser realizada mediante alienação judicial;
  3. Arbitrar aluguel mensal proporcional à cota-parte do requerido (50%) sobre o imóvel comum ocupado exclusivamente pela autora, a partir da data da separação de fato (16/10/2024) até a efetiva partilha;
  4. Condenar as partes ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios de forma proporcional, considerando a sucumbência recíproca.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Nova Santa Rosa/PR, ___ de ____________ de 2024.

Juiz de Direito

### Observação: O texto acima é uma simulação de voto fundamentado em normas constitucionais e legais, com base no documento fornecido. Para fins acadêmicos ou de estudo, pode ser adaptado conforme a necessidade.


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