Modelo de Apelação contra Sentença em Reconhecimento e Dissolução de União Estável com Partilha de Bens

Publicado em: 11/12/2024 CivelProcesso Civil Familia
Recurso de apelação interposto por Raidouglas Pereira de Souza em face de sentença que julgou parcialmente improcedente a partilha de bens em ação de reconhecimento e dissolução de união estável. O documento explora fundamentos jurídicos com base no CPC/2015, no Código Civil e na Constituição Federal, alegando esforço comum na aquisição de bens durante a convivência. O Apelante pleiteia a reforma da sentença ou sua anulação, destacando jurisprudências e elementos probatórios que sustentam o pedido.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Processo nº: __________

APELAÇÃO

RAID. P. de S.**, já qualificado nos autos da ação de reconhecimento e dissolução de união estável com partilha de bens, vem, por meio de seu advogado, com fundamento no CPC/2015, art. 1.009, interpor a presente APELAÇÃO em face da sentença proferida nos autos em epígrafe, requerendo o seu regular processamento e posterior remessa ao Egrégio Tribunal de Justiça.

PREÂMBULO

Apelante: Raidouglas Pereira de Souza

Apelada: Alexandra Pinheiro de Sousa

Origem: ___ª Vara Cível da Comarca de __________

DOS FATOS

Trata-se de ação de reconhecimento e dissolução de união estável cumulada com partilha de bens, ajuizada pelo Apelante em face da Apelada. O Apelante alegou que conviveu em união estável com a Apelada desde fevereiro de 2022, durante a qual adquiriram, por esforço comum, bens como um sítio e um imóvel urbano.

Em sua defesa, a Apelada contestou o período de convivência e afirmou que os bens mencionados pelo Apelante não foram adquiridos por esforço conjunto, mas sim com recursos próprios e de bens que ela já possuía antes da união.

Na sentença, o juízo de primeiro grau decidiu pela improcedência parcial do pedido de partilha, reconhecendo que os bens não foram adquiridos por esforço comum, decisão esta que o Apelante entende ser injusta e contrária às provas dos autos.

DO DIREITO

A sentença recorrida desconsiderou elementos probatórios que demonstram a existência de esforço comum na aquisição dos bens durante a união estável. O CPC/2015, art. 373, I, estabelece que cabe ao autor o ônus de provar os fatos constitutivos de seu direito, o que foi devidamente cumprido pelo Apelante.

Ademais, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 226, §3º, reconhece a união estável como entidade familiar, devendo ser facilitada sua conversão em casamento, bem como protegidos os direitos patrimoniais decorrentes dessa relação.

O Código Civil Brasileiro de 2002, em seu art. 1.725, dispõe que, na união estável, salvo contrato escrito entre os conviventes, aplica-se o regime da comunhão parcial de bens, o que implica a presunção de esforço comum"'>...

Para ter acesso a íntegra dessa peça processual Adquira um dos planos de acesso do site, ou caso você já esteja cadastrado ou já adquiriu seu plano clique em entrar no topo da pagina:


Copyright LEGJUR
Todos os modelos de documentos do site Legjur são de uso exclusivo do assinante. É expressamente proibida a reprodução, distribuição ou comercialização destes modelos sem a autorização prévia e por escrito da Legjur.
Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de apelação interposta por Raidouglas Pereira de Souza em face da decisão proferida pelo juízo da ___ª Vara Cível da Comarca de __________, que julgou parcialmente improcedente o pedido de partilha de bens em ação de reconhecimento e dissolução de união estável cumulada com partilha de bens. O apelante sustenta a existência de esforço comum na aquisição dos bens durante o período da união estável e pleiteia a reforma da sentença para que seja reconhecido seu direito à partilha.

Fundamentação

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, todas as decisões judiciais devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade. Assim, passa-se à análise dos fatos e fundamentos jurídicos do caso em tela.

1. Da União Estável e Regime de Bens

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 226, §3º, reconhece a união estável como entidade familiar, sendo aplicável, salvo disposição em contrário, o regime da comunhão parcial de bens, conforme disposto no art. 1.725 do Código Civil. Este regime presume o esforço comum na aquisição de bens durante a convivência, cabendo à parte contrária a prova inequívoca de que os bens foram adquiridos exclusivamente com recursos próprios.

2. Da Prova nos Autos

O art. 373, I, do CPC/2015, atribui ao autor o ônus da prova dos fatos constitutivos de seu direito. O apelante demonstrou, por meio de provas documentais e testemunhais, que os bens mencionados foram adquiridos durante o período da união estável e que houve esforço comum. Por outro lado, a apelada não apresentou provas suficientes para afastar a presunção de comunhão patrimonial.

3. Da Jurisprudência Aplicável

Os tribunais pátrios têm se posicionado no sentido de que bens adquiridos durante a união estável presumem o esforço comum, salvo prova contrária. Nesse sentido, destaco as seguintes decisões:

  • TJSP (28ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "A aquisição de imóvel durante a convivência em união estável presume esforço comum, salvo prova em contrário. Sentença reformada para reconhecer o direito à partilha."
  • TJSP (3ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "A partilha de bens adquiridos durante a união estável deve observar o regime da comunhão parcial de bens, presumindo-se o esforço comum. Recursos não providos."

4. Do Direito à Partilha

Conforme demonstrado, os bens adquiridos durante o período da união estável devem ser partilhados, considerando-se a presunção de esforço comum. A sentença de primeiro grau desconsiderou esses aspectos e as provas apresentadas pelo apelante, configurando evidente injustiça.

Dispositivo

Diante de todo o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988 e no conjunto probatório constante nos autos, voto pelo conhecimento e provimento do recurso interposto, para reformar a sentença de primeiro grau e reconhecer o direito do apelante à partilha dos bens adquiridos durante a união estável.

Condeno a apelada ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015.

É como voto.

Local e data: __________

Assinatura: ____________________________

Magistrado


solicite seu modelo personalizado

Solicite Seu Modelo de Peça Processual Personalizado!

Sabemos que cada processo é único e merece um modelo de peça processual que reflita suas especificidades. Por isso, oferecemos a criação de modelos de peças processuais personalizados, partindo de um modelo básico adaptável às suas exigências. Com nosso serviço, você tem a segurança de que sua documentação jurídica será profissional e ajustada ao seu caso concreto. Para solicitar seu modelo personalizado, basta clicar no link abaixo e nos contar sobre as particularidades do seu caso. Estamos comprometidos em fornecer a você uma peça processual que seja a base sólida para o seu sucesso jurídico. Solicite aqui

Outras peças semelhantes

Modelo de Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável Post Mortem com Pedido de Partilha de Bens entre Herdeiros Menor e Maior

Modelo de Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável Post Mortem com Pedido de Partilha de Bens entre Herdeiros Menor e Maior

Publicado em: 08/11/2024 CivelProcesso Civil Familia

Modelo de petição inicial para Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável post mortem, cumulada com pedido de partilha de bens, ajuizada por filho menor representado por seu responsável legal contra herdeira maior, visando o reconhecimento judicial da união estável havida entre a falecida e seu companheiro, a dissolução da sociedade de fato em razão do óbito, e a partilha do patrimônio amealhado durante a convivência (motocicleta), observando o regime da comunhão parcial de bens e os direitos sucessórios dos filhos. O documento apresenta fundamentos constitucionais e civis, jurisprudências atuais, requerimentos de provas e pedidos acessórios, incluindo nomeação de curador especial ao menor, custas e audiência de conciliação.

Acessar

Modelo de Petição Inicial de Dissolução de União Estável com Pedido de Partilha de Bens e Reintegração de Posse de Imóvel Particular

Modelo de Petição Inicial de Dissolução de União Estável com Pedido de Partilha de Bens e Reintegração de Posse de Imóvel Particular

Publicado em: 10/11/2024 CivelProcesso Civil Familia

Modelo de petição inicial destinada ao reconhecimento e dissolução de união estável entre as partes, cumulada com pedido de partilha de bem móvel (automóvel) adquirido durante a convivência, exclusão de imóvel particular da partilha (adquirido antes da união) e reintegração de posse do referido imóvel em favor do autor. O documento apresenta qualificação das partes, exposição detalhada dos fatos, fundamentação jurídica baseada na Constituição Federal e Código Civil, além de menção expressa a princípios como dignidade da pessoa humana e proteção à família. Inclui jurisprudência recente, detalhamento dos pedidos, indicação de provas e valor da causa. Destinado a ações perante Varas de Família com litígios patrimoniais e possessórios decorrentes da dissolução de união estável.

Acessar

Modelo de Contestação à Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável com Impugnação à Partilha de Bens e Pleito de Extinção Parcial do Processo em Razão de Perda de Objeto e Conexão Processual

Modelo de Contestação à Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável com Impugnação à Partilha de Bens e Pleito de Extinção Parcial do Processo em Razão de Perda de Objeto e Conexão Processual

Publicado em: 08/11/2024 CivelProcesso Civil Familia

Modelo de contestação apresentada pelo réu em ação de reconhecimento e dissolução de união estável, na qual se reconhece parcialmente o pedido de existência da união estável, impugnando, porém, a partilha de bens em razão da alienação do imóvel comum e depósito judicial do valor da meação. O documento destaca preliminares de conexão, litispendência e perda superveniente do objeto, requerendo a extinção parcial do feito com base no CPC/2015, art. 485, VI, e a reunião dos processos para evitar decisões conflitantes. Fundamenta-se nos arts. 1.723 e 1.725 do Código Civil, além de princípios processuais e jurisprudência atualizada, e pleiteia a improcedência dos pedidos de partilha e reconhecimento de união em período não comprovado.

Acessar

Você está prestes a dar um passo crucial para aperfeiçoar a sua prática jurídica! Bem-vindo ao LegJur, seu recurso confiável para o universo do Direito.

Ao adquirir a assinatura do nosso site, você obtém acesso a um repositório completo de modelos de petição. Preparados por especialistas jurídicos com vasta experiência na área, nossos modelos abrangem uma ampla gama de situações legais, permitindo que você tenha uma base sólida para elaborar suas próprias petições, economizando tempo e garantindo a excelência técnica.

Mas a LegJur oferece muito mais do que isso! Com a sua assinatura, você também terá acesso a uma biblioteca abrangente de eBooks jurídicos, conteúdo atualizado de legislação, jurisprudência cuidadosamente selecionada, artigos jurídicos de alto nível e provas anteriores do Exame da Ordem. É tudo o que você precisa para se manter atualizado e preparado na sua carreira jurídica.

Na LegJur, temos o objetivo de fornecer as ferramentas essenciais para estudantes e profissionais do Direito. Quer você esteja se preparando para um processo, estudando para um concurso ou apenas buscando expandir seu conhecimento jurídico, a LegJur é a sua parceira confiável.

Investir na assinatura LegJur é investir na sua carreira, no seu futuro e no seu sucesso. Junte-se a nós e veja por que a LegJur é uma ferramenta indispensável no mundo jurídico.

Clique agora para fazer a sua assinatura e revolucione a maneira como você lida com o Direito. LegJur: seu parceiro para uma carreira jurídica brilhante.

Assine já e tenha acesso imediato a todo o conteúdo
Veja aqui o que o legjur pode lhe oferecer

Assinatura Mensal

Assine o LegJur e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos! Cancele a qualquer hora.

R$ 29,90

À vista

1 mês

Acesse o LegJur por 1 mês e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 39,90

Parcele em até 3x sem juros

3 meses

Equilave a R$ 39,96 por mês

Acesse o LegJur por 3 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 119,90

Parcele em até 6x sem juros

6 meses

Equilave a R$ 32,48 por mês

Acesse o LegJur por 6 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 194,90

Parcele em até 6x sem juros

12 meses + 2 meses de Brinde

Equilave a R$ 24,90 por mês

Acesse o LegJur por 1 ano e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 349,90

Parcele em até 10x sem juros

A cópia de conteúdo desta área está desabilitada, para copiar o conteúdo você deve ser assinante do site.